terça-feira, 24 de junho de 2014
Pela virtude
A credibilidade dos políticos está abalada. A cada eleição, cresce a
abstenção de eleitores, certamente, com poucas esperanças de alcançar um bom
resultado com a eleição de candidatos. O desânimo de grande parte dos brasileiros é visível. Isso se deve aos erros da
própria classe política que vê passiva ruir a sua autoridade, não importa o
mandato, o cargo, o status... Político, no Brasil, virou termo pejorativo. O
que mais me faz lamentar é o quanto considero nobre a atividade, não só pelo
que se pode fazer, mas também pela exigência de espírito cívico. Um bom político
precisa reunir vocações e conhecimentos interdisciplinares. Precisa ter
sensibilidade para lidar com as relações humanas. Deve ser articulado para se
comunicar, pois a comunicação é sua principal ferramenta. São inúmeros os
atributos que formam um bom líder político e a sabedoria também é necessária,
acompanhada de seus anexos invioláveis e não menos importantes, como a
humildade, a coragem e a sinceridade. Mas, acima de todas essas
características, e certamente o que justifica todas as outras, é necessário a
um bom líder o amor. O amor, no seu significado mais amplo, que se distingue
pelo amor a Deus, acima de tudo, e ao próximo como a si mesmo. É esse amor que
se destaca no espírito de cidadania e leva o líder a se sacrificar pelo bem de
muitos. Esse amor político, na minha opinião, é o que mais tem faltado a alguns
que, em vez de buscar o bem comum, acabam entrando na política por motivos
egoístas ou caindo nas armadilhas do poder. O oportunismo desonesto tem sido uma característica predominante. Quem age com desonestidade não
cresce no amor e, portanto, impede a própria sensibilidade. Quem enxerga mal age
mal. Turva, enfim, a real missão da atividade política. Devido a esse
comportamento, geralmente motivado pela ambição egoísta, a população brasileira
está desanimada e acaba se referindo ao político como bandido. Isso é
lamentável porque a ausência de credibilidade política rouba a esperança do
povo. Se os corruptos só roubassem dinheiro, não fariam tão mal à sociedade.
Mas, quando agem com egoísmo e desonestidade, acabam roubando também a alegria,
a esperança e o ânimo para a manutenção das virtudes, afetando a cultura de
todo um povo. O mal exemplo é um dos piores males porque contagia outras pessoas,
ensina muitos a cometerem o mesmo erro. A Bíblia fala da inveja dos ímpios,
como um perigoso aspecto humano, em potencial. O bom homem vê o ímpio
“prosperar”, isso porque as riquezas iludem, e sente inveja, o desejo de ser
igual para obter aquele aparente benefício. Imagine isso em proporções
midiáticas, como ocorre no Brasil, em que o povo assiste na TV, lê nos jornais,
ouve no rádio, sobre os escândalos e nada ou quase nada, acontece com os
responsáveis. Repetida projeção de políticos e empresários desonestos, enriquecendo-se
ilicitamente, protegidos pela impunidade... Fica difícil para um cidadão
honesto manter sua postura, que, apesar de ser prudência, não deixa de ser um sacrifício por respeito ao
próximo. Mesmo assim, a maioria mantém. O temor a Deus, portanto, é
indispensável para que o caos não se instale e o país não entre em colapso.
Fico triste com essa realidade. Não são todos os políticos que são desonestos,
mas os que o são acabam manchando a imagem de toda a classe. Creio, entretanto, que
Deus ouviu o clamor do nosso povo e já está trabalhando para mudar o Brasil.
Tenho fé que a nossa Nação dará exemplo a todo o mundo, de superação e transformação
da sua realidade. Pois Jesus é especialista em regeneração.
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