quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Basta amar


O homem luta em vão por direitos, através da política, formulando leis. Pois a Bíblia nos ensina que o homem não consegue evoluir, baseado nas leis ou sob ameaças de sistemas rígidos. Alguns poucos que detém o poder acabam se denominando “homens da lei” e oprimem os demais, pregando o que não praticam. Isto acontece até hoje com os exemplos de governos corruptos, tanto de direita como de esquerda. Essa injustiça é produto dos meios injustos cujos fins não os justificam, como os embates entre irmãos em nome de uma causa. Na verdade, o homem luta em vão para conter sintomas do desamor, que também se vê quando se valoriza uma causa acima de uma vida. Quando um ativista apaixonado defende sem mansidão uma bandeira que ele julga justa, é capaz de provocar ódio e conflitos que colocam em risco muitas vidas. Com a melhor das intenções, esse idealista comete um grave erro e atrasa as reais conquistas, defendidas por Jesus: “amem uns aos outros”. Jesus não incentivou luta armada para abolir a escravidão nem incitou as esposas oprimidas pelos maridos para que conquistem igualdade feminina pela “queda de braço”. Porque essas bandeiras são como estratégias débeis de uma medicina equivocada, que se concentra na cura dos sintomas e deixa a doença avançar. A doença social que gera o sofrimento de muitos, inclusive a fome, é o desamor. Uma vez que o homem consegue amar ao próximo como a si mesmo, todas os direitos humanos são alcançados. Acontece que a campanha para a revolução do amor não é fácil, pois exige o sacrifício do perdão. Mudar-se primeiro, combater o mal em si, para mudar o mundo. Então, há que haver muita coragem. Até para caber o coração que ama, é preciso ter muito peito para amar. Sabendo ser o amor sofredor, reside na fé a coragem que o homem precisa ter para amar, ou seja, para encarar o sofrimento inerente ao amor. Não é possível o exercício do amor incondicional sem a consciência do amor incondicional de Deus ou sem admitir a própria iniqüidade e, verdadeiramente arrependido, sentir-se perdoado por Ele. Amar a Deus acima de tudo é pré-requisito para este amor ao próximo que exige o sacrifício do perdão. É necessário sentir a identidade com Deus, assumir a imagem e semelhança a ser resgatada na peregrinação da fé, na justificação de Jesus Cristo, de maneira que possamos adquirir confiança o bastante para nos entregar de amor ao próximo. Faz-se necessário cumprir a jornada determinada por Jesus: e quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Mateus 10:38.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Fraude


Que o sistema eleitoral do Brasil é suspeito, não temos dúvida. Sabemos que não somos o país mais avançado do mundo para servir de vanguarda, junto com a Venezuela, revolucionando o sistema de votação com urnas eletrônicas que nenhum outro país aceita. Fôssemos avançados em educação, ainda assim, não justificaria arriscar a autenticidade da democracia com urnas vulneráveis, passíveis de serem violadas, segundo afirmam especialistas. Acontece que o teatro que os poderes fazem em curiosa tabelinha com a mídia poderia nos manter nesse engano por muito tempo, afinal somos um povo acomodado. Tanto que um candidato à presidência com muito potencial de vencer morre de desastre de avião, durante a campanha, meses depois que uma lei assegura sigilo de investigação, e ninguém cobra das autoridades maiores explicações. Tanto que um delegado da Polícia Federal que prendeu poderosos corruptos, recuperou bilhões para o governo, é esmagado pelo STF, pasme, acusado de ter vazado informações sobre as investigações. Ora, que zelo é esse pela imagem dos corruptos? E a integridade dos brasileiros? E a justiça? E o dinheiro público? Qual é a ordem de valores? Só porque os ladrões têm dinheiro, são banqueiros? Que cegueira é essa, justiça? Porém, mesmo com esse quadro nebuloso, tenho otimismo, pois creio na justiça de Deus. E não acho que foi por acaso que esse mesmo delegado pode ter sido vítima de fraude nas eleições para deputado. Se for comprovada, acredito que sim, será revelado um grande golpe contra este País. Já é voz corrente em Brasília que o Brasil está “loteado” por grupos econômicos associados a políticos e outras autoridades. Isso desanima qualquer trabalhador honesto. Mas Deus não vai deixar assim. Tenho fé.

sábado, 18 de outubro de 2014

Exemplos


Li uma frase esses dias que me ajudou muito a meditar sobre o atual comportamento político de alguns brasileiros, principalmente nas redes sociais: “Ensinamos com o que sabemos e educamos com o que fazemos”. A troca de acusações e os ataques dos candidatos acabam estimulando os seus seguidores a discutirem política no mesmo tom, ou pior... O que vemos é um comportamento tirano, em vez da boa convivência com a democracia. Observando isso, precisamos ampliar o debate sobre Educação. Valorizamos o tema, mas o resumimos aos investimentos na área de ensino e formação profissional. Penso que a responsabilidade dos governos sobre a educação popular é mais ampla, quando se trata do preparo que produz um comportamento individual ou coletivo mais adequado para a boa convivência social. O amor ao próximo não anula as divergências nem o debate produtivo, ao contrário, eleva o nível e mantém o foco na busca da verdade e na seleção das melhores ideias e não na competição humana em que um tenta desqualificar o outro com ataques e acusações. Acho necessária uma maior valorização e proteção da cultura da família, tão prejudicada pelas estratégias de consumismo. A família ainda é o ambiente ideal para o amparo e a educação de crianças e jovens. Considero importante para os governos utilizar melhor suas verbas publicitárias e, em vez de fazer auto-propaganda, promover valores humanos voltados para a proteção às crianças. Faltam mensagens de educação ambiental que estimulem a cidadania no conjunto de tudo que é exposto à sociedade. Pois a escolha da mídia obedece ao mercado que visa o lucro. Cabe às instituições públicas equilibrar e combater essa tendência que atenta contra a vida. Como sou contra a censura, defendo a competição das ideias e acho que cabe ao poder público a defesa das virtudes, contra as mensagens que induzem o homem ao erro. A propaganda pública deveria servir para a construção de uma sociedade melhor, transmitindo com argumentos e exemplos as boas maneiras de convivência, essenciais para a democracia. Isso é educação pública, desde que se faça pela cidadania, sem interferência de ideais partidários. Mais importante que isso, no entanto, considero o bom exemplo das autoridades. Um mau exemplo dado por um líder político pode não ser seguido pelo povo, mas causa desânimo e tristeza a muitos cidadãos honestos e cumpridores dos seus deveres. Alimenta a cultura de "tirar vantagem em tudo". Os bons exemplos, entretanto, podem produzir um grande entusiasmo e mobilizar toda a nação para um caminho melhor. Tem uma frase do Caetano que sempre estimulou meu otimismo e que ajuda a enxergar a misericórdia de Deus: "é incrível a força que as coisas parecem ter quando precisam acontecer". O nosso bom Deus haverá de nos dar essa nova história que precisamos tanto. Sonho, oro por isso e acredito que todo o povo brasileiro ainda dará exemplo de verdadeira cidadania, portanto, de uma política sadia, clara, justa, baseada no amor ao próximo.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O perdão


Se você tem dificuldade de reconhecer um erro, cuidado. Seu ego pode estar lhe escravizando e você não percebe. Quando cometemos um erro, nossa consciência acusa. Sentimo-nos mal com o que fizemos. Porém, muitos são os argumentos para adoçar esse gosto ruim, minimizar o peso, disfarçar o cheiro. Se estamos rodeados de bajuladores, ainda temos empurrões externos que nos ajudam na cegueira crônica. Um “amigo” invejoso também nos empurra: “você está certo, siga em frente, seja firme”. Os argumentos de agüentar a pressão usam o termo coragem de maneira incorreta. Coragem tem quem enxerga os próprios atos com uma avaliação isenta, sem a predileção pela satisfação egocêntrica. Coragem é de quem consegue sair de si para se olhar com o olhar das vitimas dos seus atos egoístas. Se você prefere se confortar na afirmação de que “os outros que se lixem”, deve saber que está vivendo sem se deixar lapidar, sem crescer, sem evoluir... A lixa de que se fala, lembremos, é a ação de Deus (ou da vida, como muitos preferem falar) para nos lapidar. A disciplina de Deus para o nosso aperfeiçoamento. Costumo dizer, quando alguém fala de uma pessoa que melhorou seu comportamento: “Deus disciplina a todos”. Mas tem quem resista porque recusa a disciplina, rebelando-se e procurando manter o jeito de ser, com dificuldade para reconhecer os erros. O problema é que consegue adiar uma mudança, mas não cancela o infortúnio que seus pecados cavaram e que só se agravam, quanto mais passa o tempo ou você tenta maquiar. Considero de grande pedagogia para a evolução humana o processo eleitoral do Brasil. O PT alcançou muito avanço na área social, melhorou a vida dos mais humildes brasileiros, mas errou por outro lado, permitindo a continuidade e até o agravamento da corrupção. Não reconhecer esse erro está sendo o grande problema para se manter no poder. Uma parcela significativa dos militantes do PT, que adora o partido como se a ideologia fosse seu deus, pratica a idolatria. Ou seja, coloca o partido acima da verdade e da justiça. A Palavra de Deus diz que devemos amar a Deus acima de tudo e ao próximo, como a si mesmo. Se colocamos uma agremiação na frente de tudo, agiremos contra nós mesmos, desvalorizando a vida e a liberdade humana. A postura de alguns militantes é tirana, pois discutem política com disposição para ofender um eleitor comum. Não podemos prever o que vai acontecer, mas digo com experiência de muitas eleições e acompanhamento de pesquisas qualitativas que, se o PT reconhecer os erros e pedir perdão por eles, uma parcela decisiva da população pode lhe dar a vitória. E se não der, pelo menos o partido manterá saúde para as próximas eleições.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Com paciência...


É no enterro da semente que cresce uma árvores cheia de frutos e mais sementes. Foi na crucificação de Jesus que floresceu a fé com frutos de paz, esperança e amor. Concluo, portanto, que é na derrota da sinceridade, da honestidade e das boas intenções, que creio germinar novas forças pelo bem comum. Não sabemos interpretar os caminhos de Deus, mas vislumbro que Ele amadureça o amor no coração da humanidade com sutileza, sem pressa, transformando o mal no bem, a morte na vida, a derrota de algumas batalhas na vitória da guerra, com o seu poder e sabedoria ilimitados. É comum aos cristãos serem humilhados, maltratados, torturados, martirizados... Porque o coração que está em Deus atrai atrocidades, ódio, zombarias, mas perdoa e nesse perdão reside a semente da mudança. O ato de perdoar frutifica amor que gera e multiplica as boas ações. Tenho plena fé em Jesus Cristo, portanto na salvação de quem se arrepende dos pecados, e na preservação deste mundo, quando o mal perecer. Porque o nosso Rei tem o controle de tudo e, embora a impiedade e a ganância transmitam a fugaz sensação de vitória, desviando valores, distorcendo a interpretação sobre a elegância e paciência de Jesus, o bem vem brotando... Século a século, geração a geração...

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O imponderável


A excessiva valorização das pesquisas eleitorais quantitativas, da forma como é apresentada para os eleitores pela mídia, desvia o debate político para uma espécie de corrida, produzindo uma visão superficial do processo. Os candidatos investem tempo, dinheiro e esforços para dizer “estou na frente”, “vou para o segundo turno”, “estou subindo, vou chegar, vou passar”... Em vez de se posicionar sobre os diversos temas da administração pública e, principalmente, de tornar claro o espírito do pretendido governo. Esse comportamento flagra que até os candidatos e seus assessores se perdem no processo, observando como torcedores, a movimentação dos números na estatística da opinião pública. Vejo que alguns se abalam com os resultados das pesquisas da semana. São os mesmos que festejaram os da semana anterior. O candidato que diz “não acredito em pesquisas” é o mesmo que adora falar delas, quando está na frente. Porque não é o caso de acreditar ou não. Os institutos não manipulariam os resultados porque qualquer pesquisa feita pelos próprios candidatos ou encomendadas pelo órgão de comunicação rival desmascarariam os números forjados. As pesquisas encomendadas por alguns candidatos, sim, quando o instituto não preza pela reputação e prefere o dinheiro imediato do que a credibilidade da empresa. Já vi muitos casos de candidato pedir para alterar números com o intuito de mostrar até aos assessores mais próximos, como forma de encorajá-los na disputa e, assim, não perder apoio de prováveis oportunistas, do tipo que fugiria ao primeiro sinal de naufrágio. O cerne da questão é que uma pesquisa quantitativa é mera fotografia (ou radiografia) de um momento. Todos sabemos que política é dinâmica e que os fatos acontecem. Um fato novo pode mudar o resultado. Um acerto ou (e principalmente) um erro de comunicação pode mudar o quadro, de repente. Uma descoberta, por exemplo... A conclusão de uma investigação... Ou mesmo uma fatalidade, como a do Eduardo Campos. Devemos lembrar que a política é como a vida, ainda mais intensiva: o imponderável pode mudar os rumos das coisas a qualquer momento. Tenho orado muito pelo Brasil e sinto no coração (venho dizendo isto, neste blog, desde o ano passado) que Deus vai oferecer ao país uma grande transformação, a partir destas eleições. Assim, como espero em Deus o porvir nesta terra e no Reino dos Céus, tenho fé de que o Brasil será uma grande nação, um exemplo para todo o mundo.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O amor desprende

A verdade, a liberdade, a coragem e o amor estão ligados de tal forma que, sem um, os outros não existem, e todos dependem da fé. Pegando carona na reflexão do Papa Francisco que, na Albânia, alertou contra “aqueles que, como no sistema comunista vivido em seu passado recente, têm medo da verdade e da liberdade, fazendo de tudo para banir Deus do coração do homem”. É, portanto, presumível que um regime totalitário não se estabeleça pela verdade nem pode alcançar o amor. Getúlio Vargas foi um ditador medíocre, mas brilhou em três anos e meio, quando eleito pelo povo, por quem, pode-se dizer, foi amado. O amor do povo e pelo povo o engrandeceu tanto e lhe deu tanta coragem que, diante da iminência de um novo golpe ditatorial, renunciou à própria vida, atrasando o golpe por dez anos, segundo historiadores, provocando, portanto, a própria morte para o bem da nação brasileira. O amor nos dá esse desprendimento, diferente do egoísmo que promove o apego e o medo da verdade. Quero deixar claro que não concordo com o suicídio, mas ressalto aqui a provável motivação de Getúlio. Essa história é bem diferente daquelas em que os governantes se apegam ao poder de tal forma que parecem cães com o osso, capazes de morder quem tem o potencial de lhes derrotar. Ou daqueles para quem vale tudo nas eleições e são capazes de caluniar, difamar, ou seja, na comparação feita por Jesus, o mesmo que matar os adversários, para conseguir chegar ao poder. Todas as revoluções armadas que aconteceram na história da humanidade foram seguidas de retaliações, injustiças, repressão. Quem conquista pela força tenta manter o poder pela força. Mas o medo da verdade se enxerga principalmente nos governos corruptos, para os quais a imprensa é inimiga, a oposição precisa ser "comprada", o povo precisa ser manipulado e ninguém pode ameaçar a manutenção do poder. A ganância humana pode levar o nível dos homens às profundezas do centro da Terra, ao próprio inferno, e não tem limites porque, quanto mais amor ao dinheiro, mais corrupto, mau e cego. Há uns meses, o Papa alertou que “a primeira coisa na definição de corrupto é alguém que rouba, que mata”. O caminho do egoísmo é matar o outro. Porque, para quem cultiva o ego, os outros existem para lhe satisfazer e, quando não o fazem ou ameaçam não fazer, precisam morrer, não servem mais. Veja que o egoísmo é o caminho para a corrupção, pois é assim que poucos roubam de muitos. Políticos, servidores públicos e empresários corruptos promovem injustiça em proporções devastadoras, além de darem mau exemplo e desanimar a muitos no caminho da honestidade e do amor ao próximo. Uma nação que deseja liberdade deve buscar a Deus, viver na verdade que trás consigo a justiça com amor, ou seja, sem ódio ou vingança. Apenas nessa liberdade plena, que só se alcança com a fé, sem medos portanto, é que se pode viver sob a lei do amor.