segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Indústria da infelicidade


A banalização do sexo, inserido num discurso falido de liberdade, ao meu ver, está a serviço do consumismo. Vejamos há quanto tempo a propaganda tem usado o tema pra vender carros de luxo, roupas caras, assessórios desnecessários e, pasme, até cigarro que, contraditoriamente, provoca impotência sexual. Há quanto tempo o sistema tem promovido a infelicidade geral pra vender mais? Porque o vazio do coração, para quem não sabe da sua origem, exige o consumo de supérfluos e uma busca desvairada por outros prazeres efêmeros, inclusive o sexo banal. Essa busca do sexo incoerente e vazio independe de sentimentos verdadeiros, mas sim do consumo de ingredientes para a aparência, motivos suficientes para a atração de parceiros ou parceiras. É gritante a existência dessa indústria da infelicidade que sustenta o comportamento social moderno, gerando lucros fabulosos para poucos e agravando a injustiça social. Um casal que se ama e, portanto, se basta e forma uma família estruturada dá um prejuízo enorme aos gananciosos, pois precisa de pouco. Não fica competindo com os vizinhos nem disputando superioridade em aparências com conhecidos e parentes. Porque já é feliz. Depois de muitas tentativas frustradas de se saciarem com o sexo casual, na competição das aparências, as vítimas da propaganda recorrem, com os mesmos valores, ao casamento. Ou seja, buscam pretendentes com dinheiro, status, aparência “competitiva”, etc, sem questionar se os sentimentos que os unem são verdadeiros. Esses casais também são vítimas e promotores, ao mesmo tempo, do consumo insano. A infelicidade humana é a base desse sistema que se edificou sobre grave alienação social, sintomatizada pelo desejo exagerado de consumo, competição por posição social e prazeres efêmeros, tudo isso para suprir a ausência de amor. O encontro do verdadeiro amor romântico que promove o casamento inseparável (aquele que Deus une), bem como o amor incondicional pelo próximo, requer um relacionamento de obediência a Deus, em que consiste a verdadeira felicidade, e onde se pode encontrar a verdade sobre si mesmo. Daí a Palavra de Cristo de que o “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”, pois que, por causa do dinheiro, o homem rouba de si a ligação com o Criador para promover a infelicidade com a falta total de amor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário