sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Mendigos

O que acontece com um ser humano que o isola da sociedade a ponto de o transformar em mendigo? Incapaz de se adaptar a uma atividade profissional e, certamente, rejeitado pela comunidade, onde não cabe viver de caridade... O mendigo é um ser humano diferente que toda a empatia que Deus me deu não compreende. O que consigo enxergar é que são seres vivendo na lei do amor e, por falta de amor dos homens, vivem de forma precária, passam fome, passam frio e outras necessidades. Porque a sociedade não ouve o verdadeiro Rei que diz "amem uns aos outros, ajudem o próximo a carregar o fardo, repartam o pão". Somos uma sociedade que ouve outras ordens, sabe lá de quem, como “seja melhor que o outro”, “tenha mais que o outro”, “passe o outro pra trás ou ele passa você”. Assim, as pessoas correm atrás do dinheiro, de coisas e status e vão perdendo vidas numa corrida sem sentido, ou melhor, no sentido do túmulo com coisas que não podem carregar. Mesmo assim, enquanto não morremos, ainda preferimos nos entregar às ilusões, mesmo sabendo que seremos cobrados: o que fizemos? Se acumulamos matéria em detrimento de vidas, que valor isso tem para a alma? Que tipo de saldo teremos na vida eterna? Francamente... As nossas comunidades não assimilam a lei do amor porque parecem não saber a que Deus servem ou a maioria dos seus membros serve ao dinheiro, em vez de usá-lo para promover a vida e a justiça. Quem vive sob a lei do amor vive de caridade e para a caridade, mas a troca não flui e, se a pessoa não tem fé, não conhece Deus, o desânimo lhe abate. O amor de Deus, porém, sustenta o sofredor que deve manter a esperança. Precisamos aprender muito com os mendigos, inclusive com a solidariedade que parece ser corrente entre eles, em pequenas comunidades debaixo de pontes e viadutos. Alguns deles precisam de luz, evidentemente, mas a sua pobreza não quer dizer isso. A pobreza só aponta um dos problemas mais graves, a injustiça social. Mais ainda, as ordens do Criador para cuidarmos do Planeta não estão sendo obedecidas. O meu sonho é que o Brasil seja a primeira Nação a se entregar ao Rei, reparando o desamparo e a humilhação de tantos.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Alerta!


O despreparo das forças policiais brasileiras reflete no que a imprensa está chamando de “capacidade de converter movimentos pacíficos em atos explosivos”. As academias policiais já foram denunciadas no passado pela forma desumana com que semeiam agressividade entre os policiais, a pretexto de prepará-los para enfrentar a violência urbana. E o que vemos nas ruas é um abuso de autoridade amparado por péssima orientação técnica, e não exatamente o cumprimento do dever, pois que a segurança pública não se alcança com opressão, principalmente contra os jovens pobres, geralmente negros. Sabemos que colhemos tudo que plantamos e tem sido plantado no procedimento policial: ódio, agressividade, medo (o que é pior), todos esses sentimentos  potencializados pela cultura preconceituosa, injusta, reativa, retrógrada. Sabemos que a covardia se manifesta com agressividade desmedida, quanto mais diante de traços de inocência e vulnerabilidade. Por isso, o Estado se mostra covarde porque são os jovens da periferia as vítimas preferenciais dessa violência militar que dissemina ódio e motiva futuros agentes da selvageria. Como podemos reclamar da violência urbana, se é a própria sociedade que a produz com as injustiças? O que podemos esperar, se maltratamos crianças e jovens pobres, cerceando direitos básicos, como educação, alimento e moradia? As provocações nas abordagens policiais agravam ainda mais a situação. Não estou aqui criticando os policiais, os quais considero igualmente vítimas do sistema. Ganham mal para trabalhar em péssimas condições, enfrentando perigo de morte. Os policiais, enquanto pessoas, merecem toda a nossa solidariedade. Estou apontando esta crítica para o sistema que tenta proteger o “capital”, cada vez mais exibicionista, soberbo e opressor, em detrimento de dignidade e vidas humanas, em flagrante desrespeito. O comportamento da polícia em relação aos jovens do “rolezinho” aconteceu para nos alertar e deixar pairando no ar uma pergunta: a gente vai mudar esta política social ou vai esperar que a crise se agrave?

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Visibilidade


É muito comum ouvirmos alguém dizer que “fulano não vai pra frente porque não faz por merecer”. Esse tipo de julgamento não só varre a injustiça para debaixo do tapete como pisa no amor. Porque fulano precisa de condições e de exemplos, mas também precisa de ajuda. Fulano não é como sicrano que teve um caminho pavimentado pela sorte, ao contrário, foi traído, roubado, agredido, perseguido. Foi desmotivado a lutar por inúmeras derrotas. Quando fulano pediu ajuda, oprimiram-no ainda mais. Pior que a omissão de socorro é a falsa ajuda. Fulano pode perder esperanças. Se Ele não buscar a Deus, vai morrer infeliz. Porque o desespero é o inferno. O quadro fica mais triste quando lembramos que somos 90% de Fulanos e apenas 10% de sicranos, numa visão bem otimista. A injustiça provoca revolta e a revolta é perigosa, ainda mais que a ganância. Os políticos e membros das elites executadas depois das revoluções armadas sentiram isso na carne. Antes mesmo da revolução francesa, sabíamos que não existem castelos seguros, rodeados de miséria. Os sinais são claros de que existe um vulcão do tamanho do território nacional em erupção. Vamos manter a nossa omissão por egoísmo, esperando que os insensatos continuem instigando a revolta popular a ponto de haver uma reação desmedida? Sabemos as conseqüências disso... Sugiro que saibamos aproveitar este ano eleitoral para repensar os valores e mudar os rumos, refletindo no voto uma nova consciência. O ideal é uma "revolução" de cima para baixo, partilhando benefícios porque só quem tem é quem pode dar. Não baseada na revolta que toma, mas no amor que doa. O exemplo de um cidadão honesto ninguém vê, ele é quase anônimo, nem os vizinhos notam. Mas uma pessoa que tem visibilidade pode dar bons exemplos que seriam vistos por muitos, comovendo uma grande parte das pessoas, promovemos a esperança de que o mundo pode ser bem melhor. Ser um sinal do Reino de Deus é agir assim, dando exemplos de perdão, bondade, ou seja, comovendo com atos de amor. O Papa Francisco tem feito isso com maestria. Mas o Brasil carece urgente de que alguns políticos tomem consciência. Ou que as pessoas dispostas a se sacrificar para o bem de muitos cheguem ao “poder ajudar”, e ajudem o Brasil a se enxergar melhor e se sentir honrado. Sem honra não pode haver felicidade.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Coincidências?


Muitos são os sinais de Deus, de poder infinito e glória e misericórdia, o Senhor que é puro Amor. Mas poucos ou quase ninguém se sensibiliza porque o nível baixo de amor turva a percepção. Corações endurecidos, vistas cansadas, mãos egoístas, é o que temos e somos, portanto, rebeldes, obstinados, desobedientes. Em nota antiga deste blog, publiquei “Sinais de Deus”, citando as “coincidências” dos números de gols relacionados com os tempos de jogo do Brasil na Copa das Confederações. Para mim, foi um sinal claro de que Deus chama a atenção para a necessidade de mudanças na política brasileira. Importante lembrar que foi justamente um pouco antes e durante esse campeonato que aconteceram os movimentos populares por todo o País, reivindicando respeito dos governantes e parlamentares. Logo depois, o Papa Francisco esteve aqui e ganhou a paixão dos brasileiros, andando no Rio de Janeiro de carro popular (não blindado) e vidro aberto... Agora, vejo um novo e maravilhoso sinal de Deus no resultado da mega sena da virada. A soma dos números sorteados 30, 47, 53, 38, 20 e 36 dão 224, igual ao valor do prêmio, R$ 224,6 milhões. Entendo que as pessoas resistem a essas maravilhosas demonstrações de poder, tratando-as como meras coincidências. Assim, fica mais fácil continuar tocando a vida na zona de conforto materialista. Lamento muito, pois tenho vontade de gritar a todos: “Deus quer a nossa atenção” e me sinto sem força suficiente para alcançar a quadra de onde eu moro. Alguns dias antes do Natal, fui tocado de que deveria jogar na mega sena. E pensei, sinceramente, que era para um propósito prático, imediato. Mas vejo hoje que talvez tenha sido só para chamar minha atenção para os resultados. Não temos a capacidade para alcançar os planos de Deus, pensamos pequeno, somos mesquinhos. E aproveito para pedir desculpa ao leitor. Senti-me envergonhado pela precipitação registrada na nota anterior a esta. Mas estou em paz com Deus, portanto, ciente que, se cometi uma falta grave, Ele já me perdoou. Viver na fé é uma constante esperança de que algo grande aconteça a qualquer momento. Não acontecendo, somos provados. Prefiro pensar também que a minha barbeiragem da referida nota acaba grifando esta, como desdobramento do tema, chamando mais ainda a atenção para o sinal divino. Peço ao leitor que medite com o coração mole, sensível ao amor de Deus.