A relação do medo com o pecado é o pano de fundo do episódio
bíblico em que Adão e Eva caem na conversa da serpente e desobedecem o Criador.
Eles se envergonham da nudez e vivem um medo, escondem-se, sentem culpa.
Comeram a fruta do conhecimento do bem e do mal e ficaram amedrontados. Foram
expulsos do paraíso e amargaram maldições, herdadas por todos nós, por
conseqüência do pecado original. Adão e Eva viviam em paz e a perderam ao
ignorar uma única proibição do Pai. Muitos a confundem com o sexo e o prazer,
mas não se trata disso. A fruta do conhecimento é o alimento do ego, o que
infla o egoísmo e arrogância humanas, deflagrando atos e palavras más,
autodestrutivas, baseadas no vão conhecimento que resulta desobediência. Quando
hoje alguém contesta a existência de Deus, lança mão da "vaidade de algum falso conhecimento” e
cita a ciência, como se esta se opusesse ao Criador de tudo. Não se dá conta que a ciência cresceu nos últimos 2013 anos, muito mais que nos 15 mil anos antes de Cristo ressuscitar e viver entre nós. O homem é
arrogante quanto mais acredita na própria inteligência, enquanto não se dá
conta de sua insuficiência e dependência de Deus. Essa arrogância é um dos sintomas do medo. Ninguém em
harmonia com o Criador busca parecer ser superior a outro, pois antes
reconhece a igualdade, vista pelos olhos divinos. A competição entre os homens também é
produto desse medo. Cada um se sente ameaçado pelo outro e se torna injusto por medo da
injustiça, por não se dar conta da presença de um balizador que tem o
controle de tudo e promove justiça com Amor. O homem é um covarde e, portanto,
perigoso, quanto mais distante estiver de Deus. Existem, porém, os que se dizem
ateus, mas são cheios de Deus, e o amam em espírito, provavelmente. Cito aqueles que possuem
uma forte evidência dos dons de Deus e assumem uma postura digna, amam a
verdade, detestam a mentira e toda e qualquer injustiça. Geralmente ligados à
arte ou à ciência e contribuem sobremaneira para o bem da humanidade. Penso que
essas pessoas existam por grandeza de Deus, que não quer uma evidência de
vantagens para aqueles que falam Dele, que dizem que O amam. Amar a Deus em espírito
e obedecer os seus preceitos, mesmo que não saibam ou não digam que se trata de
obediência, é a postura que produz coragem, o agir do coração.
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Superação e redenção
Depois que o Rei Davi, de Israel, cometeu o pecado contra seu heróico
oficial Urias, marido de Betsabá, ofendendo principalmente a Deus, muitas foram
as tragédias na sua vida, pois Deus o perdoou (ele confessou o pecado,
admitiu), mas não o livrou de graves conseqüências. Seu filho, de quem Betsabá
estava grávida, morreu sete dias depois de nascer, conforme profetizado por
Natã, e muitas outras contrariedades aconteceram na família de Davi, depois da
morte injusta de Urias. Mas ele superou todas elas com muito amor, demonstrando
o caminho da salvação sob a graça de Deus, tendo um segundo filho com Betsabá, Salomão, que se tornou o rei de Israel. Durante seu ministério, Jesus disse
que veio para salvar o mundo e não para condená-lo e inúmeros foram os casos de
conversão e superação dos pecados, desde que ressuscitou. São histórias
impressionantes com um padrão fabuloso, quando observamos os exemplos bíblicos e
testemunhos cristãos. A pessoa é pecadora (como todos somos), enfrenta muitos
problemas, tudo parece impossível de superar, mas ela confessa o pecado,
entrega sua vida a Jesus e passa a viver um resgate moral, a caminho da
santidade. Uma história parecida com a de São Paulo que teve seus olhos cegados
por Jesus, enquanto perseguia cristãos, e recuperou a visão ao se entregar. Transformou-se
num importantíssimo apostolo e, pelos textos do Novo Testemunho, um dos homens
mais brilhantes da história da humanidade (ele é o autor de Coríntios 13,
diga-se de passagem). Toda história com Jesus tem a superação como enredo. Não
se trata de uma redenção imediata ou sem um processo de confissão,
arrependimento, dor e privações (caminho da cruz) e vitória repleta de amor. Quando vejo Brasília ser execrada por muitos, creio que meu sonho
possa ter sido compartilhado por Deus, de que a capital brasileira será a nova Jerusalém, uma cidade
escolhida para superar sua história de corrupção, cuja fama lembra a da
pecadora que teve seus pecados perdoados, quando lava os pés de Jesus com
lágrimas e os enxuga com os cabelos, ungindo depois com perfume. E o Brasil, este paraíso natural, tem tudo
para ser a salvação da humanidade pelo seu grande potencial de produzir alimentos e pela abundância de água potável. E
disse Jesus: “Eu lhes digo que, da mesma forma, haverá mais alegria no céu por
um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam
arrepender-se" (Lucas 15:7).
Autoridade 2
Um exemplo louvável de autoridade é a história de Davi, da
Bíblia. Ainda jovem, foi ungido por Deus para ser rei de Israel, pelas mãos do
profeta Samuel. Era um espanto, diante de tantos outros, inclusive seus irmãos,
fortes guerreiros, Deus ter escolhido justo aquele franzindo pastor de ovelhas.
Mas Deus disse a Samuel que vê o coração e não as aparências.
Qualquer outro no lugar de Davi teria mudado a postura e assumido uma pose de
futuro rei e começaria a tratar a todos, inclusive seus irmãos, como súditos...
Davi fez o contrário, continuou sua rotina de pastor e contemplava toda a
criação de Deus com poesias, tocava harpa e criava canções. No episódio em que
presenciou todo o povo de Israel ser humilhado pelo gigante filisteu, Davi se
ofereceu a enfrentar e, para espanto de todos, matou Golias. Teve senso de
oportunidade e agiu pelo bem do seu povo, confiando e sendo fiel a Deus. A
partir desse episódio, Davi ganha fama de valente e o rei Saul, considerado o
israelense mais alto da sua época, começa a viver um inferno, sentindo uma
crescente inveja de Davi. Saul tentou matar Davi várias vezes e, quando Davi
teve chance de matar Saul, facilmente, não o fez, antes teve prudência. O medo
e a inveja turvam o coração de Saul e suas ações destrutivas vão abreviando seu
reinado. Davi foi leal ao rei Saul e esperou pacientemente. Numa derrota em que
seus filhos morrem, Saul se suicida e, finalmente, Davi assume o reino de
Israel. Referenciado na Bíblia como o homem segundo o coração de Deus, Davi tinha
como características marcantes a sensibilidade que refletia numa enorme compaixão,
e as capacidades de perdoar e de reconhecer seus próprios erros.
domingo, 27 de outubro de 2013
Autoridade
Quando li em “O Monge e o Executivo” sobre a diferença entre
exercer a liderança pelo poder e pela autoridade, sem me dar conta da amplitude disso, parecia que eu havia desenterrado um tesouro. Foi emocionante
ver aquela pérola porque muito da minha indignação com alguns políticos era ver
como eles mudavam depois de eleitos. Era triste perceber como tratavam os
assessores com ameaça de demissão, submetendo-os a humilhações e exigindo
bajulo, em vez de buscar verdadeira lealdade, o que só se obtém estimulando a
dignidade. Via que preferiam subjugar do que liderar, na verdade. E o referido
livro me abria janelas para entender melhor a situação. Certa vez dei uma
palestra sobre esse assunto para uma equipe de governo e alguém que estava presente,
ao final, desdenhou o tema, chamando o livro de “auto-ajuda”. Ora, não podemos
considerar auto-ajuda um livro que revolucionou o RH de muitas empresas e tem
tudo para inspirar a mudança de paradigmas também na política, aliás, uma
emergência no Brasil. Eu diria que é de alta ajuda, até porque é baseado nos
ensinamentos do Alto, dados por Jesus Cristo. Hoje, oito anos depois que li o
livro, gostaria de repassar o conceito de autoridade, essa autêntica liderança
que muitos têm e poucos sabem usar. A autoridade é dada por Deus em atributos
que vão de carisma ao discernimento, e desenvolvida pela pessoa com atos e
palavras que lhe acrescentem admiração, credibilidade, etc. O líder diz uma
coisa e aquilo tem uma influência tão grande que muito acontece pelo fato dele
ter dito e não precisa ser necessariamente uma ordem. É a capacidade da palavra
se tornar ação. No desenvolvimento da autoridade, creio que tem fatores
essenciais que se resumem nas ausências de ambição pessoal e de vaidade. Um
verdadeiro líder deve saber esperar a sua vez, e não buscar freneticamente pelo
momento. Deve ter senso de oportunidade, mas jamais ser um oportunista. Deve
estar pronto para servir e jamais querer ser servido. Deve pensar no bem das
pessoas, no quanto pode ser útil à sociedade, nunca em si mesmo ou em como pode
se beneficiar com isso ou aquilo. Você se vê como um verdadeiro líder quando se
sensibiliza mais com o que sofrem os pequenos diante da opressão dos grandes do
que com o que fazem contra você. Um bom líder não tem ego. É necessário ter
combatido esse mal. Pessoas que não aceitam criticas ou derrotas possuem o ego
inflado, são péssimos líderes. Um líder está pronto quando sabe ouvir criticas
e nunca procura humilhar ninguém.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Minha contradição
Tenho poucos leitores neste despretensioso blog, um deles ou
o único é você. Mas saiba que o estimo muito e peço desculpa por um deslize meu
que só hoje percebi. Justamente, quando critiquei a presidente pela contradição
(a respeito do pré-sal), vi que me contradisse. Andei publicando algumas notas
em que cometi um erro crasso, suspeitando ou julgando pessoas, quando deveria
ter me mantido no debate das idéias. Portanto, peço desculpa a você. Iniciei
este blog, seguindo uma orientação da fé, de que deveria prestar serviços
gratuitos à sociedade. Uma das coisas que pensei foi compartilhar minha visão e
experiência com marketing político, conhecimentos práticos adquirido ao longo
de 25 anos. Porque era uma atividade profissional que me rendia um bom
dinheiro, imaginei que teria um valor equivalente, na prestação de serviços voluntários.
Se conseguisse estimular uma só pessoa a ingressar na política com a intenção
de fazer o bem, encorajando-a de que é possível e necessário ser um político
honrado, melhorando a fauna da atividade no Brasil, ficaria satisfeito. Essa
idéia me estimulou a continuar... Mas eu não poderia prestar um desserviço,
cometendo o erro que muitos cometem, de combater pessoas, em vez de combater o
mal. Fica aqui o meu pedido de perdão e um compromisso de que terei mais
cuidado, daqui pra frente.
Contradição
As promessas de campanha já se tornaram piadas no Brasil e é
compreensível que muita coisa que o candidato quer fazer não consiga, e que,
durante a campanha, a vontade externe em forma de compromisso de fazer, depois a
impotência (pois o poder não é tão grande assim como ele pensava) não o deixa
realizar. Exemplificando, acho aceitável que um político queira fazer uma
ponte, diga que vai fazer, quando candidato, e não consiga realizar a obra,
como governante, porque depende de verbas, apoio da câmara, etc. É um desastre, uma tolice política, mas ele pode ter achado que conseguiria fazer. Agora, é bem
diferente você ser eleito com um posicionamento, um discurso claro sobre um
tema importante, justamente em oposição ao posicionamento do
adversário, e quando for eleito, mudar a posição. Não é questão de evolução,
mudança de pensamento ou incompetência, é um combate ao próprio posicionamento, uma traição a si e ao eleitor. Alem de levantar suspeitas
sobre seu real interesse, ainda compõe uma história de fraude eleitoral. Uma
falsidade ideológica, no sentido político mesmo. O que mudou? O que estimula a insensatez, caso a sua decisão lhe prejudique junto à opinião pública? O que vale perder a identidade política? O que
é mais importante que a sua reputação no universo político?
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Quarta via
Brincando do tradicional jogo das cadeiras e alternando as
fatias de domínio sobre os rumos do País, os grandes grupos econômicos já se definiram
entre duas vias de acesso e uma de manutenção do Planalto. As pré-candidaturas
anunciadas até agora não apresentam uma identidade com a vontade popular que se
revelou no levante do gigante, os movimentos de protesto que ganharam as ruas
este ano. A classe política não se comoveu, não ouviu o clamor. Há uma
insensibilidade própria da arrogância estimulada por vitórias aparentes (ou momentâneas) da hipocrisia,
que grande parte dos políticos parece não se dar conta de que algo se quebrou.
Para ilustrar, lembro a fala de um deputado que disse no calor das
manifestações: “vocês fazem isso, mas depois votam na gente”. A direita
brasileira nem lança mais candidatura, conformada e confiante de que as vestes
das esquerdas a escondem bem e, assim, não quer nem se desgastar. Por conta disso, as três
vias não se diferenciam em quase nada e estão aí na prateleira como marcas conhecidas,
sem nada de novo para oferecer. Falta uma genuína candidatura que precisa
surgir do clamor popular, sem apoio "caro" de grupos econômicos. Para uma campanha limpa, transparente, financiada pelo próprio povo.
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Liderança e servidão
Disse Jesus Cristo, o maior de todos, que o líder é aquele que
serve e não o que é servido. É muito importante, ao critério de quem deseja
fazer boas escolhas na política, atentar para esse ponto e identificar líderes
servidores. Na relação com Deus, por exemplo, são muitos os “fiéis” que tentam manipular o Todo Poderoso para satisfazer os seus
desejos humanos. Barganham com promessas, fazem chantagens emocionais e por aí
a fora, para que suas vontades sejam atendidas. É um espelho do que muitos
fazem na política, em busca do poder para resolver seus problemas particulares.
O verdadeiro fiel a Deus é o que se sabe servo, ciente do seu verdadeiro papel,
e busca a vontade de Deus para sua vida, aceitando o tempo certo para as coisas
acontecerem. O líder servidor na política é aquele que busca obedecer à vontade
de Deus para a população, observando as verdadeiras necessidades do seu povo, trabalhando
para que sejam atendidas. Penso que os desejos e as dificuldades existem para
que o homem se esforce em tentativas e encontre o fracasso nas escolhas
egoístas. Assim, descubra que não sabe o que quer. E entenda a necessidade de
buscar a Deus. Pois há sempre um problema no caminho que o convence de sua insuficiência,
mostra que os valores ensinados pelo mundo e, principalmente, o dinheiro não pode
tudo, e o homem nota que, sem Deus, não dá pra continuar. Engana-se, contudo,
aquele que, ao buscar o Criador, vai encontrar todas as soluções para os seus
problemas, como prometem os produtos da empresa Tabajara (de Casseta &
Planeta). A primeira coisa que Deus ensina é sobre a autenticidade e fidelidade. Ou seja, aconteça o que acontecer, continue amando a Deus acima de tudo e amando ao próximo, verdadeiramente. Isso lhe fará
um bem maior do que pode imaginar. Deus nos ensina a aceitar sua vontade,
inclusive na disciplina, que é perfeita e agradável, claramente vista ao longo
do tempo. Com isso, Ele ajuda o seu seguidor a ter paciência e a suportar a dor
e, confiando em sua bondade e poder, encontrar alento até na tristeza, por
esperança de que o mal passará e virão momentos de felicidade. O verdadeiro
seguidor de Jesus imita a sua postura (a caminho da perfeição do Mestre) e
enfrenta agressões e humilhações, sem revidar e sem perder a paz interior.
Lembre-se que Jesus foi humilhado, torturado e crucificado e ainda pediu ao Pai
que perdoasse os seus algozes. Por isso, o seguidor de Cristo deixa de ser um
condutor do mal e passa a ser um semeador do bem. Deus não mima seus filhos,
fortalece-os na fé. E a fé frutifica paz, esperança e amor. E o amor faz do
fiel um servidor, útil à sociedade. Penso, portanto, que os ensinamentos
cristãos formam verdadeiros líderes, disciplinados na servidão e despidos de ambição pessoal. O amor cristão daria a qualquer político um real sentido para sua história de liderança.
sábado, 12 de outubro de 2013
Vocação política
A atividade política tem sido vista como uma espécie de
universo em que a astúcia impera sobre a ética, e o respeito é sucumbido pela
cobiça. No Brasil, a política é tão execrada pela sociedade que muitas pessoas
evitam participar para não perderem sua boa reputação, não apenas com medo de calúnias em
disputa, mas com verdadeira fobia de se deixar corromper, tão forte é a ideia da
lama que assola a atividade. Com isso, como temia Luther King, somos
ensurdecidos pelo silêncio dos bons. Mas há um equívoco que sustenta essa
realidade indesejada, achar que qualquer pessoa cairá nas armadilhas do poder.
O ponto delicado que determina as ações e a postura do homem público está na autenticidade
de sua motivação. O homem ou mulher que, por vaidade ou ambição pessoal,
ingressa na política é normalmente tragado pela tentação de manipular as
pessoas para a realização do seu desejo pessoal. Nessa empreitada em que a
ética não é prioridade, percebem-se artifícios diversos que vão de falsos
discursos à prática de corrupção, na disputa de liderança e no seu exercício. A
motivação genuína, ao meu ver, é quando há uma inquestionável vocação, mostrada
pelo amor e respeito ao próximo, ingredientes indispensáveis a um líder e que
refletem obediência, ou, temor a Deus. Povos que tiveram líderes autênticos,
quanto mais foram marcantes suas histórias, adquiriam uma confiança na ética e
na sociedade, o que frutifica um forte espírito de cidadania. O Brasil é
carente de bons líderes na sua breve história e os sucessivos escândalos estimulam
o povo a desacreditar na virtude, impelindo a Nação a uma péssima imagem de si
própria, cristalizando cada vez mais uma cultura egoísta e desleixada com o que
é público. Tenho nutrido, contudo, a esperança de que estamos num momento especial,
em que tudo se converge para uma mudança de paradigma na política brasileira. O
povo tem dito “chega”, os governos têm relutado em ouvir e acatar. Mas temos
eleições no ano que vem e podemos sonhar.
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Preservação
Quando conversei com o presidente nacional do PV, o deputado
federal José Luís Penna, no início
de setembro, dei os parabéns a ele por ter mantido o partido distante de
escândalos, coisa muito difícil no Brasil. Ele me respondeu: “foi a custo de
sangue”. Então imaginei a pressão que deve ter sofrido para fazer alianças e para que aceitasse apoios que,
normalmente, disfarçam negociatas. Na política, é raro um apoio desinteressado. E vender a alma para o
diabo é uma prática comum entre os que buscam o poder a todo custo. No início,
pode até ser por idealismo que o político busque os apoios para realizar seus
sonhos de fazer o bem ao povo, mas a prática de reunir oportunistas e de se
comprometer com pagamentos de favores vai transformando o “líder” num escravizado. Mesmo que
ele ainda continue acreditando que é um idealista, suas manobras semearam a
inevitável colheita, e seus compromissos vão acorrentar suas ações
governamentais, caso consiga o que queria a qualquer preço. Se aceitar certos
apoios é danoso a uma história de liderança, imagine para quem busca por isso
freneticamente e não guarda reservas quanto ao preço. Reitero meus parabéns a
Penna e continuo admirando o PV, uma rara reserva partidária brasileira,
praticamente em extinção, tanto quanto o verde que o partido e ativistas
internacionais defendem. Pensar diferente, nadar contra a corrente, é um
desafio, pois que o mais fácil seria seguir os exemplos comuns entre os dirigentes
partidários que se justificam “todo mundo faz”. Não quero defender o falso
moralismo fariseu que diz “diga com quem andas que te direi quem és”. Porque acredito
no poder transformador do perdão e dos bons exemplos. Cristo andava com os
pecadores e estes não o modificaram, aliás se transformaram. O bem vence o mal.
Desde que o bem não queira o bem a qualquer custo.
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Fraude
Dois casos chamaram a atenção do público brasileiro, esta
semana, dando certo gosto de decepção sobre duas pré-candidaturas, de Marina Silva e de Eduardo Campos (PSB). Marina, por indícios de fraude na formação do novo
partido, Rede Sustentabilidade. Campos, pelo uso de imagens de uma faculdade
particular, mostrada na TV como se fosse escola pública de Pernambuco. Não
quero aqui julgar os dois candidatos, mas comentar sobre o gosto amargo de sinais de fraudes, principalmente neste ano em que o Brasil sonha com sensíveis mudanças
políticas, por vias democráticas, através do voto nas eleições do ano que vem. Notícias como essa dão gosto ruim
na expectativa de quem deseja dignidade à Nação brasileira. Qualquer fraude
tira a legitimidade moral de uma candidatura, lembra o que é feito há muito tempo por
políticos gananciosos que buscam o
poder a qualquer custo. E quem usa todas as “armas” para alcançar o poder,
também o faz para se manter e não aceita limites para a própria arrogância e
egoísmo. Eles não aceitam perder e quem perde com isso são os eleitores. Creio, no entanto, que apesar das baixas, o processo eleitoral do ano
que vem pode revelar uma força política com métodos que reflitam grande
respeito ao povo, legitimando uma candidatura sem mácula, sem vícios, capaz de
estimular o povo brasileiro no verdadeiro espírito de cidadania. Esse candidato
já iniciaria seu governo com uma obra espiritual, fazer o povo brasileiro
acreditar na virtude e num futuro bem melhor.
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Bom combate
No artigo anterior, fiz uma reflexão a céu aberto sobre o
efeito de um pequeno ato contra alguém e como isso deve se propagar nos corações
humanos. Penso que somos condutores de energias, negativas e positivas. Se alguém
nos faz um mal e não sabemos lidar com isso, guardando mágoas, não perdoando o
ofensor, ficamos com aquela energia represada em nosso coração. De alguma
maneira vamos deixar escapar e, quase sempre, isso acontece com as pessoas que
mais amamos. Brigamos por nada, ofendemos a fundo, e não nos livramos daquela
energia, mas disseminamos a outros condutores que, se não souberem perdoar, conduzirão
a outros. Tenho defendido, dizendo a pessoas que me permitem esse tipo de
conversa que é preciso matar o mal no peito. Não podemos devolver ao ofensor
com a mesma moeda porque estaríamos aceitando e ampliando o mal. Matar o mal no
peito é exercer o que São Paulo chamava de “bom combate”. Normalmente, o que se
ofende em nós é o ego (pai do orgulho e da vaidade), a origem do mal em nós. É
uma parte do nosso ser que quer competir com Deus, saber mais que Ele o que é
certo e o que é errado, e ser o nosso próprio deus. Combatendo o ego, você estará
realizando o bom combate. Difícil de ser abatido, ele sempre tenta voltar a prevalecer. Quando você recebe nova ofensa, o
ego quer se levantar, tentando aproveitar o momento de fraqueza para governar. Se
você se revoltar com a ofensa (ou mesmo uma indiferença), trata-se dele lhe
dizendo “você não merece isso, devolva a ofensa, vamos nos vingar”. O mundo
estimula as pessoas a alimentarem o ego. A propaganda, normalmente, usa esse
artifício para vender produtos, status, etc. Mas é o pior que se pode fazer a
um ser humano. O ego é o próprio inferno na vida da pessoa, o causador de
intrigas, de um comportamento soberbo e da postura reativa. Preciso acrescentar
que não é fácil combater o ego, esse primeiro passo para melhorar os seus
relacionamentos. É preciso se entregar a Jesus Cristo de corpo e alma. Pois Ele
é o único capaz de lhe capacitar para essa luta que parece impossível aos olhos
humanos. Chamo de entrega o amor, aquele amor louco para o qual você diz “estou
na sua mão”. Ame a Deus acima de tudo, entregue-se a Ele, e deixará
gradativamente de fazer o mal, de semear contra a obra de Deus.
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