sábado, 28 de julho de 2012

Poder ajudar

Só tem um sentido para conquistar o poder: ajudar. Um pouco mais de discernimento, coragem, audácia e amor ao próximo que lhe motive a servir a uma comunidade é o que lhe transforma em líder. Saber que isso lhe foi dado para que possa ajudar as pessoas já lhe faz um líder sábio. Realizar essa tarefa sem reclamar das perseguições, das injustiças próprias do mundo, com perseverança e fé – isso o transforma num líder sábio, vitorioso e amável. Agora, chegar ao ponto, por tanto amor, de morrer para salvar pessoas... Isso já seria a glória de Deus no filho: o verdadeiro poder.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O erro...

Por mais prudência que se tenha, não dá pra evitar o erro, uma gafe, um desastre, seja numa curta fala, um gesto, um discurso, um telefonema, um emeio, uma publicação, uma entrevista na TV... Diante disso, o que fazer? Primeiro, reconheça e não culpe ninguém por isso. Quem errou foi você. Depois, ache graça porque todo erro tem uma dose de humor, principalmente os que cometemos por não ter controlado a vaidade, o exibicionismo próprio da humanidade. Por último, aprenda realmente com o erro, faça dos limões limonada e carregue a experiência consigo. O perdão de quem se ofendeu? Você pode pedir, mas não pode cobrar. Portanto, queira, mas não dependa dele pra continuar vivendo. O julgamento popular, já que é candidato e vai depender da aprovação para se eleger? É possível que seja favorável, se você reconheceu o erro com sinceridade, mas não dá pra prever. Seria contar com o imponderável que só pertence a Deus. Mas creia, a melhor maneira de lidar com o erro não é tentar escondê-lo.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Obra espiritual

Concentrados num modelo ordinário de administração, os governantes se esquecem de exercer uma liderança maior sobre seu povo, na cidade, estado ou nação que governam. A pasta da Comunicação é uma das mais importantes e, no entanto, é comumente reduzida ao mero serviço de assessoria, como se servisse apenas para divulgar as demais realizações. Ora, então não seria o discurso uma obra? Deus criou o mundo com a Palavra: “Haja luz”. E quando enviou o seu filho para a redenção da humanidade, Ele era o verbo. “Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós” (João 1:14). A obra de Cristo, que é o maior exemplo de liderança, é a Palavra que faz enxergar, liberta e dá Vida: Pão para o espírito. E os governantes insistem em concentrar investimentos em obras físicas, quando poderiam promover o bem, evitar a propagação do mal, unir mais a população e alcançar outros feitos com obras de comunicação, cujos frutos seriam gerados por toda a eternidade.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Pesquisas...

Repito aos candidatos: não valorizem publicamente qualquer pesquisa. Não se envaideçam das que lhe apresentam na frente dos adversários, nem reclamem das que lhe mostram com desvantagem. Valorizar pesquisa é desvalorizar a própria candidatura. O que importa ao eleitor? Quem está na frente ou quem tem as melhores propostas? Então, trate as pesquisas divulgadas pela mídia pelo valor que elas têm, de mero medidor de resultado perecível, um instantâneo da opinião pública. Os dados que realmente importam ao marketing, aqueles que apontam tendências e indicam caminhos a serem tomados, nem são divulgados, não interessam aos jornais que só querem informar quem está na frente e atrás. Mas o que ganha eleição é o posicionamento político do candidato, as propostas do partido ou coligação, a sensibilidade com que você percebe os problemas e reais necessidades da população. Candidato que fala de pesquisa quando está em primeiro tem que engolir a valorização que fez quando estiver por baixo. Tão certa quanto a chegada da noite no final do dia, é a humilhação de quem se vangloria.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Identidade

Certa vez, um amigo se candidatou a deputado e me pediu um logotipo em nível de colaboração, o que eu não poderia negar. Por conhecê-lo e saber mais ou menos a sua plataforma política, arrisquei três criações e o enviei para que ele escolhesse o que o agradava mais. Ele gostou de todos os layouts e, então, mandou produzir os adesivos diferentes, em quantidades iguais. Diluiu seu investimento publicitário, não prezou pela identidade, gastou contra a própria campanha. Senti-me culpado. Depois disso, nunca mais deixei para o cliente a escolha e passei a mostrar um só layout, sempre o que considerar mais adequado, mediante as suas necessidades e público-alvo. Identidade visual é primordial numa campanha e o olho clínico não decide pelo próprio gosto, mas por indispensável empatia.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Reagir bem

Hoje, no Twitter, o notório psicólogo Flávio Gikovate escreveu o seguinte post: “Perceber mais claramente as injustiças sociais e o grau de maldade de que os humanos são capazes não é nada fácil e costuma gerar tristeza”. Dois posts depois, ele conclui: “Penso que o grande desafio da maturidade consiste em poder observar a realidade como ela é e continuar a agir de acordo com sua consciência”. Digo mais: é preciso perdoar a quem lhe faz maldade e lhe ofende. Perdoe-o e o ame. Vai ver que se anula o que lhe foi feito e você fica gigante, diante dos fatos. Não se deixe vencer pelo mal. Vença-o com o bem. Pague o mal com o bem. Não se deixe cair na armadilha de responder com ódio. Responda com amor. Você foi criado com essa aptidão. A propósito, na política o resultado é até mais rápido. Pague pra ver.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Tipologia

Em campanha eleitoral, cujo público alvo é diversificado em graus de instrução, é necessário simplificar para o bem da legibilidade, evitando jornadas arriscadas com tipologia criativa demais. Há espaço, no entanto, para alguma ousadia, se for contemplada uma boa estratégia de segmentação da propaganda. Os tipos podem acompanhar o conteúdo de mensagens diferentes que determinem a fronteira, por exemplo, entre os jovens da periferia e os de classe média alta. Outro exemplo é separar em conteúdo e estética o material a ser distribuído entre os idosos, adultos e os jovens. O candidato pode conversar na intimidade com públicos diferentes, demonstrando plena identidade e conhecimento de suas aspirações e problemas, e, nesse caso, a identidade visual será um reforço de harmonia, respeitando a sensibilidade do segmento. Para cada tipo, uma tipologia. Para cada público, uma mensagem. Há que respeitar, no entanto, uma regra inviolável: fale diferente com públicos diferentes, mas jamais perca a coerência.

sábado, 14 de julho de 2012

Frutificar

Por descuido ou insistente influência do mal, as pessoas, comumente, matam umas às outras. Aos poucos, vão reduzindo o próximo, desbotando e destruindo o projeto de Deus para a vida de cada um. Pensei nisso hoje, quando estava num café, no centro de Ourinhos(SP), e vi uma criança da calçada sorrir pra mim. Ela brincava com o nada, enquanto sua mãe se distraia diante da vitrine. Ora, correspondi com o máximo de simpatia que poderia transmitir naquele momento. A criança riu mais ainda e continuou a brincar com o nada, vagando na própria imaginação de riqueza e pureza infantis. Fiquei feliz por ter agido com consciência, pois poderia ter frustrado o seu sorriso, tivesse distraído e não sorrisse também. Não dá pra calcular as conseqüências de uma frustração dessa numa criança. O quanto mataria da sua expectativa de vida, fosse minha cara enfezada em resposta ao sorriso dela. Agora, imagine pior ainda... Se eu tivesse de mal humor e fizesse uma cara de mau... É preciso atentar para isso. Desde a infância, um ser humano é torpedeado por sentimentos maus. Isso vai matando pouco a pouco a sua esperança. O que se pode esperar disso? É preciso urgente tomar consciência da necessidade vital de amar uns aos outros, como nos ensinou o mestre da política, sem querer reduzir a divindade do nosso Senhor Jesus Cristo.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Direção errada

Para o bem de uma boa campanha eleitoral, a hierarquia eleita pelo bom senso exige obediência a uma regra básica. Como a carroça não puxa os bois, a propaganda não pode ser criada, muito menos lançada, antes da elaboração do projeto de marketing. Já é absurdo criar a marca do candidato, incluindo o conceito de campanha, sem o planejamento engenhoso do marketing político que determina, de maneira cirúrgica, o que se deve ou não enfatizar, mediante o que falta e o que sobra no cenário. Lançando mão principalmente da prudência, uma boa estratégia evita gastos desnecessários, tiros no pé ou pela culatra e conseqüentes suicídios. Qual o sentido de investir os recursos de campanha contra a própria candidatura? Pois saiba que isso acontece quando se investe em propaganda sem estratégia bem elaborada. O feeling (sentimento) é incapaz de precisar sobre a realidade complexa da política. É como um cego iniciar uma caminhada, sem guia, sem consulta, sem recursos de navegação.

domingo, 8 de julho de 2012

Cidade

O que é a cidade, senão sua gente? Seus sonhos, corações e mentes? Abrace-a, candidato! Ame a sua cidade, ou seja, ame o próximo, ame as pessoas que vivem nela. Exercite a piedade, seja misericordioso. Negue-se a si mesmo. Não se preocupe com a sua popularidade, sua performance perante o eleitor. Seja atencioso, ouça o que ele tem para dizer, sofra com ele, quando a história for triste. Isso é compaixão. Se você tiver, verdadeiramente, esses sentimentos, o seu sorriso, gestos, o discurso, tudo que falar, se tornarão doces aos olhos e ouvidos do eleitor, que se sentirá amado. Quanto maior o seu amor, mais carisma terá, mais confiável se apresentará. E o eleitor não vai negar o apoio. Voto é gesto de confiança. Não tente ganhá-lo com fingimento porque grita aos olhos do eleitor o repugnante sorriso falso. Não forje sentimentos. Tenho repetido... Não pareça, seja.

sábado, 7 de julho de 2012

Bondade

Na política, assim como na vida, muita gente ainda não atentou para os benefícios de uma postura generosa: a abnegação, semeando o bem do próximo e, não por isso, mas por conseqüências naturais, colhendo os melhores frutos possíveis. O egoismo é o maior inimigo dessa postura magnânima porque, antes de valorizar o companheiro, o político pensa que pode se declinar por isso, observando tudo como se fosse uma competição desenfreada. Acaba acontecendo algo muito comum: bicho comendo bicho. Assim, não experimentam o que está e sempre esteve à disposição. Partindo da sabedoria cristã, de que líder é quem serve, devemos ressalvar a notória decorrência dos feitos baseados na benevolência. Política não é terra de ninguém, onde tudo vale, quanto mais dissimulado melhor, onde o mal vence, como muitos pensam. Igualmente à vida, a política é regida com justiça. O bem sempre vence, leve o tempo que levar.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Atenção

Você não acredita no que o eleitor fala com você? Nem ouve? Ou ouve com desinteresse? Péssima campanha a que está fazendo, caro amigo. Acredite: campanha é mais apropriada para ouvir o eleitor do que para se fazer ouvido. É o trabalho de conhecer e acumular os sonhos que lhe são transmitidos, as necessidades compartilhadas, as confissões, reclamações, aflições, enfim, o nobre trabalho de coletar opiniões e emoções, de modo a compor a sua plataforma, a atuação política. Durante o processo eleitoral você já pode refletir no discurso o que sua sensibilidade recolheu em visitas aos bairros, ruas, residências. Mas será no governo a maior utilidade desse contato com o público que deve ser estendido pós eleição. Acreditar no que o eleitor fala é prova da sua boa vontade. Mas prova maior é agir de acordo com o que você ouviu, sentiu e viu, durante a proveitosa peregrinação de candidato. Ouvir é mais importante que falar, creia.