quarta-feira, 30 de maio de 2012

Trabalho em equipe

Uma boa campanha se faz com gente, não com equipamentos. O trabalho mais importante a que me dedico, depois que fecho uma campanha eleitoral, é selecionar profissionais que correspondam às necessidades. Nessa difícil escolha, a exigência é mais alta para o bom caráter, mais que para a competência individual. Porque a harmonia no trabalho em equipe é prioridade. Sem humildade que frutifica união não há vitória, nem em eleição, nem em nada.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Comunicação

Liderar é comunicar (além de servir). Transmitir o que pensa, o que sente, o que sonha, acender farol e iluminar caminho, apontar direção, inspirar aspiração, valorizar idéias, elevar pessoas, desenvolver gente e lugares... Enfim, fazer acontecer. Isso é papel de político, não fazer negócios.

Foto de campanha

Na hora da fotografia o candidato deve pensar nos seus ideais, respirar com todo o sentimento de amor a seu povo e sua cidade. Porque pensamentos e sentimentos são congelados no olhar, cristalizados no instantâneo, projetados misteriosamente direto ao inconsciente do eleitor.

domingo, 27 de maio de 2012

Extrato

Muita gente enxerga a política de longe e pensa que é diferente da vida. Não sabe que se trata de um extrato e não de um ambiente extraterrestre, onde a dissimulação seria a melhor estratégia. Estou cansado de ver gente não ser convidada para reuniões importantes porque o líder o considera "mentiroso, falso ou fofoqueiro". E só vi falso ganhar eleição quando o opositor é mais falso ainda (rs). É como na vida, onde o sol brilha para os bons e para os maus, mas há sempre uma justiça que faz a colheita corresponder ao plantio. Igualmente, tem seus mistérios, exigindo audácia e prudência ao mesmo tempo. Nem sempre a vitória é boa, muito menos a derrota é totalmente ruim. Pensa na complexidade da vida elevada ao cubo... É a política.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Espírito de liderança

Muitos governantes se sentem desanimados após três anos e pouco de governo... Pensam até em não se candidatar à reeleição. Digo que se trata de frustração de liderança. A missão é liderar e ele perde tempo apenas assinando papéis, administrando a máquina, realizando obras físicas. E a sua principal obra deveria ser de comunicação, a obra espiritual. O legado que então deixaria no coração e na mente do seu povo, uma semente que daria frutos pela eternidade... E ele não semeia. Não lidera pela palavra. Não transmite sentimento, pensamento, sonho, nada... Isso cansa mesmo.

Aparência X essência

Tenho ponderado: manter uma imagem antagônica à realidade do candidato necessita um esforço sobrehumano, quase sempre vão (leia-se desperdício de tempo e dinheiro na campanha). E nem é solução adotar tal imagem. Ora, será que há encanto artificial que seja maior que o natural? O falso superior ao autêntico? A casca remendada mais bela que a projeção da essência? É muito comum se ouvir em qualitativas: "não confio naquele candidato porque o sorriso dele é falso". A evidência da falsa aparência aparece onde e quando menos se espera. O povo percebe e, às vezes, nem sabe dizer porque não confia. Simplesmente, não vota.

Aviso aos militantes...

Lembrete aos traidores em potencial (qualquer um) da política: poucas pessoas sabem o nome dos doze apóstolos. Mas todos lembram o nome de quem traiu Cristo. Não se permita a esse papel desprezível por todos os lados (inclusive por quem suborna). Seja um vigilante atento e tenaz de si mesmo.


Meu amado avô, José Borges, era prefeito de Curaçá-BA quando morreu. Em seu leito de morte, disse a minha avó: "a dor mais insuportável que já senti não é a de agora, é de quando fui traído na política".

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Atributos indispensáveis

Candidatos com quem prefiro trabalhar: os que realmente amam o seu povo, que manifestam carinho especial pela sua equipe, que dão atenção verdadeira aos mais humildes, que não se preocupam em "derrubar" adversários, que não tentam burlar a lei eleitoral para obter vantagens, que dão atenção às crianças e não desprezam forasteiros por não votarem na cidade. Ou seja: candidato mesquinho, nem pensar. Isso estou falando em trabalhar. Votar então, nem se fala...

Baixaria, nem na última hora...

Muitos estrategistas políticos planejam "baixarias" para a reta final com o pensamento curto: "não dá tempo de responderem". Nesse raciocínio, a vitória viria antes da punição. Mas eles se esquecem do real e do viés:

1) A "grosseria" quase sempre provoca a ira dos eleitores contra os supostos autores do "crime eleitoral" que, no caso de panfletos apócrifos, o eleitor atribui sempre ao principal adversário. O tiro sai pela culatra.

2) A eleição passa e a história fica. O recall negativo é mortal em futuras batalhas eleitorais. Achar que eleitor não tem memória é argumento simplista e não leva em conta que sentimentos adormecidos podem ser despertados com uma boa comunicação (creia em palavra mágica).

3) Muita coisa boa, mais produtiva, deixa de ser feita por atenção e esforços desperdiçados no caminho da "maldade". Se você planeja o mal não merece bem algum. Colhe o que semeia.

4) O crime não compensa. Falta sabedoria a quem acha o contrário.

O melhor a fazer é manter a postura, inclusive depois das eleições, no caso de derrota. Perder com dignidade é melhor que ganhar com mentiras, fraudes e baixarias.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Investimento

Em política, assim como na vida, a confiança é o mais valioso capital, adquirido a longo prazo com um único investimento: a lealdade.

A força da verdade

A população das classes C e D, que define a eleição, tem um discernimento encantador. É comum nas qualitativas ouvir expressões como: "está falando mal do adversário por dor de cotovelo, só porque ele está na frente". Então, o candidato atacado por acusações infundadas deve se acalmar e confiar mais na sabedoria popular. Tenha paciência e espere que o tempo revele a necessidade de responder. Às vezes, o público responde às acusações com indiferença ou revolta contra o acusador. A verdade protege aquele que a tem como soberana. Se a mentira parece invencível, creia, é uma ilusão que dura pouco tempo.

domingo, 20 de maio de 2012

Calma...

A maneira com que se reage aos ataques e golpes baixos na política determina a capacidade de superação. Sentir-se vítima e, por isso, revoltar-se e alimentar sentimento de vingança é o caminho mais fácil para a derrota. Faz o jogo do adversário. E não cresce, nem como ser humano.

Conforto não...

Admiro um prefeito que conheci recentemente. Acostumado, na vida, a enfrentar adiversidades, a lutar e a se superar, tomou medidas impopulares no último ano, sabendo o que estava fazendo. Vai para a reeleição com baixa aprovação. E me disse: "pelo menos minha equipe não está arrogante e não corre o risco de se entregar ao comodismo. O medo de perder vai fazer todo mundo trabalhar". É... Na fraqueza que se fortalece. Esse prefeito já é vitorioso, independente do resultado das eleições.

Não brinque com armas

Quando assessores de candidato expõem pra mim planos maldosos contra o adversário, advirto: "não faça porque pode sair pela culatra". Preocupa-se em derrubar adversário quem tem candidato pesado, difícil de levantar. O mesmo serve para outros níveis de competição.

Ordem de valores

Mais importante que uma eleição é a carreira política. Mais importante que a carreira é a vida. Mais importante que a vida é a alma. Não a perca tentando parecer o que não é, agindo contra a própria consciência.

sábado, 19 de maio de 2012

Pesquisa

É importante, numa campanha eleitoral, saber lidar com vantagem e desvantagem nas pesquisas. Aproveitar a vantagem, por exemplo, no exercício de liderança é sempre arriscado, já que resulta num abominável jogo de poder. Digo aos candidatos, mesmo aos que estão na frente: deixe as pesquisas para o marketing elaborar ou corrigir a estratégia. Nunca a use com os militantes nem com o público. Ignore-a em qualquer circunstância.

O saber

Só há uma postura apropriada para compreender e agir bem na política, a de quem nada sabe. Somente pronto para aprender a todo momento é que se alcança a sensibilidade necessária para surfar no dinamismo da política, uma realidade em constante transformação.

A propósito, política é experiência intensiva de vida, uma edição especial da vivência comum, só que em velocidade mais acentuada.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Disciplina divina

Um político me perguntou: "como ser humilde sem parecer demagogo"? Respondi: "sendo e não querendo parecer que é". Ele: "não consigo ver com nitidez a fronteira disso". Eu me senti na obrigação de aconselhar: "desenvolva sua espiritualidade, tenha um relacionamento com o Criador, que ele vai te disciplinar. Ah, sim... Ele cuida disso pra você".


Ninguém espera ouvir isso de um marqueteiro, né?. Devo ter surpreendido o cidadão...

Grandeza e liderança

Arrogância perde voto, digo aos candidatos. Como evitá-la? interessando-se pelas pessoas e não obstinado para que as pessoas se interessem por você. Quem se acha superior já não pode ser. Grandeza só se encontra na humildade e na renúncia a si próprio.


Humildade é a base da verdadeira liderança. Torna-se líder, naturalmente, quem se propõe a servir e terá seguidores, tanto quanto a muitos for útil.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

E a alma?

Falsos marqueteiros entram nocivos na vida do político imprudente, forçando mudanças na natureza, criando um verdadeiro Frankenstein. Se você perde a autenticidade, fica distante da alma, você perde tudo. Será que não enxerga?


Essa atitude esdrúxula se deve a uma idéia de que existem modelos ideais. Não respeita quem nos criou e fez de cada um de nós um ser maravilhoso, desde que não percamos a alma (ou não a vendamos para algum "mago" do marketing).

terça-feira, 15 de maio de 2012

Lealdade

Tenho dito aos candidatos. Seja leal até com os adversários. Tudo o que você faz reflete nas pesquisas qualitativas, com clareza e ternura, de maneira que surpreende tanto discernimento e capacidade de observação do povo, que sempre escolhe o melhor para o momento. Então, seja o melhor. Não queira apenas parecer.


Ser leal com o adversário não é poupá-lo, ou omitir informações à população. O eleitor precisa saber de tudo sobre ele. E o que for da vida pessoal que reflete no comportamento público também precisa ser debatido às claras, sempre com respeito e elegância. Pouca privacidade é o preço de ser público. Nesses casos, o erro é exagerar, querer suscitar ódio contra o rival. Seja equilibrado e, repito, leal. Um leão leal.

sábado, 12 de maio de 2012

Vaidade dá nisso

O político erra na dose quando, provocado pelo adversário, responde de imediato, geralmente com exagero. O tiro sai pela culatra e é letal, pior que o ataque do rival.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Observação do Protógenes

Do amigo deputado: "Rapaz, dinheiro e poder enfraquece o homem, não vale trocar a reputação por isso. Precisa ver o Maluf no elevador comigo... Eu encarando o cara, tranquilo. Ele nervoso, fingindo manipular o celular."

Sacrifício

Cortar da própria carne pelo bem do coletivo é uma experiência obrigatória. Todo político vai viver um dia.

Professor Ulysses

Estávamos sentados eu, Flávio Moraes e o então prefeito Clóvis Chiaradia com Ulysses Guirmarães, em 1990, na Taberna Gaúcha, em Ourinhos. Derrotado por Collor em 1989, à presidência da República, o Senhor Constituinte viajava pelo interior paulista, em busca de votos para se reeleger deputado federal. Por conta disso, tivemos a oportunidade de estar com ele e ganhar, na ocasião do almoço, uma grande aula de política. Além de outras brilhantes observações, o deputado disse algo que, sobremaneira, me chamou a atenção: "o maior inimigo de um político é a sua vaidade". De lá pra cá, convivendo com muitos, posso dizer que só tive confirmação. Percebo que só lidera, verdadeiramente, aquele que serve aos outros, quem se esquece de si e se dedica aos demais. Os que sobem com soberba são tolos, usados por oportunistas para "assinar" os malfeitos. Quem cresce em liderança é aquele que enxerga e realiza o papel de servidor (não confundir com subserviência), com humildade e perseverança. Um grande exemplo foi Jesus Cristo lavar os pés dos seus apóstolos.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Dizer a verdade

Tenho dito aos prefeitos candidatos à reeleição e futuros prefeitos: sabe aquele assessor que lhe incomoda, dizendo coisas que te desagradam porque frustram sua idéia de si mesmo ou aponta obstáculos aos seus planos de poder? Valorize-o e se aconselhe com ele porque é o melhor que você tem. Com certeza, é alguém que não idolatra o poder e tem verdadeira amizade por você. Quem ama o próximo fala a verdade e não o induz ao erro, nem com engano, nem com bajulo.

sábado, 5 de maio de 2012

Idealismo

Tenho falado aos meus clientes, futuros prefeitos e reeleitos, que o pragmatismo está na moda e que isso é um bom sinal para adotar de corpo e alma o idealismo. Não tem sentido ser líder e aceitar a realidade. É do líder transformar, mudar, e pra isso é preciso sonhar, enxergar e agir com fé.