Nos bastidores, em que se desenham candidaturas majoritárias, muitas lideranças são interrompidas no crescimento, muitas sementes são impedidas de se lançarem ao solo carente, esse cenário político empobrecido de idealismo e de verdadeiro compromisso com o povo. O
Brasil precisa de mais políticos de bastidores desprendidos, idealistas, que saibam valorizar os jovens talentos, que saibam estimular a participação popular, que não se prendam a interesses, que não tenham medo
de alimentar a ascensão de alguém livre dos vícios, ou seja, fora da "panela". Porque é disso que o nosso país precisa. O verdadeiro líder é o que promove o
crescimento da equipe, seja no governo ou na oposição, oferecendo espaço aos mais entusiasmados, sensatos, honestos e, portanto, corajosos. Não se
exerce liderança com repressão. A verdadeira liderança é motivadora,
libertadora... Os partidos brasileiros, com raras ou talvez desconhecidas
exceções, é uma mesa cheia de pratos fartos de gostos variados, mas dominada por uma minúscula panelinha, quase sempre amarga, protegida por estatutos e astutas articulações. A
participação é inibida. Dificilmente, promove-se disputa de chapas para as
candidaturas executivas, a pretexto de não possibilitar racha no partido. Esse
pretexto esconde a manipulação de dirigentes que temem o surgimento de novas
lideranças. Pouquíssimos mandam e retêm o poder interno dos partidos, tolhendo
qualquer manifestação espontânea de liderança nova. Por isso, são sempre os
mesmos que disputam as eleições majoritárias. Mas digo que se algum partido
brasileiro fosse ousado suficientemente para lançar alguém novo à Presidência do
Brasil, com mentalidade totalmente livre do padrão desgastado e infértil, teria
muitas chances de ganhar as eleições deste ano. Enganou-se quem deu como provável
a vitória da Dilma. Se ela se reeleger é porque não surgiu nada novo. Pois o brasileiro
está cansado, desanimado, incrédulo, caminhando a passos largos para a desesperança na política, o que
seria um desastre. Digo "seria" porque mantenho ainda a esperança de uma extraordinária
reviravolta. Digo aos dirigentes partidários, cujas siglas orbitam o PT ou o PSDB: vocês
estão conformados com a condição de coadjuvante dos seus partidos porque não sabem o quanto poderiam colaborar com a nação brasileira, motivando filiações dos jovens e estimulando o surgimento do novo.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
quinta-feira, 10 de julho de 2014
Depois da derrota
A pior maneira de enfrentar uma derrota é procurar um culpado,
apontar erros, fazer cobranças sobre o que já passou... A derrota é
oportunidade para aprender, principalmente, a sermos humildes e mais solidários. A
superação sobre uma derrota se constrói sobre o perdão, jamais sobre a insistência
da troca de acusações. É
preciso perceber a força do imponderável e a incapacidade do homem sobre o seu
próprio destino. As adversidades acontecem com uns e com outros. Num
momento, alguém sofre uma tragédia. No outro, é a vez de outra pessoa. Ninguém está livre
de passar por situações difíceis. Nem pode perder a
esperança de que sua vida pode melhorar, de uma hora para outra. Como diz
Caetano, “cada estrela se espanta à própria explosão”. Não podemos prever o
futuro, mas devemos ter esperança. Devemos ter ciência da nossa fragilidade, mas confiar no apoio de Deus. Ganhar ou perder faz parte
da vida. O que não podemos perder, como nos ensina Jesus Cristo, é a alma. Para
isso, não podemos ter uma atitude destrutiva de acusações, maldizendo irmãos,
culpando e aumentando o fardo de quem já sofre com a própria experiência da
derrota. Nos momentos difíceis, devemos nos abraçar e apoiar uns aos outros.
Sim, estou falando da Seleção Brasileira que tantas alegrias já nos deu. E do
Felipão que chamamos assim, justamente pelo carinho que desenvolvemos por ele.
O técnico “paizão” que estreita vínculos com os jogadores, estimula, aposta,
demonstra lealdade, não pode agora ser apedrejado. O Fred, que tantos gols fez pela
nossa camisa, não pode agora ser massacrado. Os alemães são aplicados,
entrosados, frios emocionalmente. Os brasileiros são criativos, talentosos e
com grande capacidade de improvisação. Ninguém é melhor que ninguém. Os diferentes dons de Deus são distribuídos entre as pessoas. Somos apenas diferentes. O resultado de um jogo, por mais humilhante que seja, não apaga a
tradição do melhor futebol do mundo, provado pelo título de pentacampeão e pela
propalada admiração mundial. Não temos o direito de invejar os estrangeiros. Na
verdade, em nenhum aspecto. Que Deus perdoe nossa ingratidão e continue nos abençoando.
Este ano tem eleição e podemos fazer muitos gols, combatendo a corrupção e
promovendo o bem comum.
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