sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Paroano...

Filha de Zuzu Angel, a jornalista e ex-atriz Hildegard Angel, faz desabafo e pede que os anciãos deste Brasil apareçam e se manifestem para evitar um movimento equivocado na revolução prevista. Se não sou um, estou quase lá, portanto, devo me pronunciar: Quando um operário que se fez político brilhante chegou ao poder, queria fazer muito pelo seu povo, mas temeu a classe política, a ausência de apoio dos parlamentares e dos banqueiros, e fez um meio de campo, agradando alguns corruptos e amansando a classe empresarial, conquistando o possível para o povo. O problema é que o exercício da corrupção, mesmo com boas intenções, tem o poder de escravizar e de cegar... E houve um desarranjo visível, a ponto de conquistas importantes serem ofuscadas por lamentáveis escândalos. As boas intenções do início, obtendo resultados razoáveis, diminuindo inclusive a desigualdade, mas não o suficiente pra fazer justiça, ficaram ofuscadas pelo andar da corruagem à frente dos cavalos e pelas perdas de cargas, evasão de recursos que mantiveram os impostos insuportáveis e o Estado inoperante. Então os jovens se revoltaram e a direita destila ódio, seguida por alguns desavisados que não entendem bem a capacidade destruidora de palavras negativas e carregadas jogadas ao léu. Esse atual momento que o Brasil está vivendo, ao meu ver, no entanto, é o caos que constrói. Ou seja, estamos saindo da zona de conforto, mas é pra vencer. Porque no ano que vem ou, como diz lá na Bahia, "paroano", tem eleições e o melhor pode acontecer, uma revolução pacífica que atenderá ao clamor sofrido do nosso povo.

Confiabilidade


A crise de confiança da sociedade brasileira se arrasta por muitos anos e tende a piorar, se não houver uma mudança radical no comportamento dos políticos deste País. Considero carisma como uma capacidade de inspirar confiança na primeira impressão. Este fator é um importante capital político porque a credibilidade é a base da liderança. Ninguém segue a quem não confia. Até o chefe dos ladrões precisa da confiança dos seus comparsas e o “crime organizado” conta com isso para fazer jus ao sobrenome. Mas os políticos deveriam contar com a confiança do povo e não somente dos seus cupinchas ou dos cúmplices que nem precisam ser necessariamente correligionários. Fica a classe política brasileira contando apenas com o apoio da própria classe. Troca acusações de tal maneira que é como se dissesse ao povo: “Ninguém se salva, mas vocês são obrigados a votar, então tampem o nariz e votem”. Mas, no fundo mesmo, ninguém entrega ninguém porque os parceiros empresariais são os mesmos, e gozam de uma aparente paz, sob essa proteção corporativista do sindicato informal dos políticos e dos “fornecedores” do país mais roubado do mundo. Não percebem que o mar está calmo, mas nas profundezas algo está se mexendo em silêncio e os navegantes de óculos escuros e trajes de banho, tomando banho no convés de seus iates, podem ser surpreendidos por um maremoto chamado Acabou. Somente a miopia social pode convencer alguém de viver sem investir na credibilidade. Até nos relacionamentos interpessoais de a confiança é essencial. Entre os casais, a casa cai sem confiança mútua. Uma pessoa confiável é mais feliz porque obtém a colaboração das outras e não passa aperto na convivência social porque todos já conhecem sua gratidão e sabe que não trai ninguém nem age com avareza. Mas a maioria dos políticos brasileiros parece não se importar em ser chamada de ladrão. E, ao mesmo tempo, rouba de si o próprio futuro, rasga ou suja as credenciais que ganhou para defender o bem comum, emporcalha a alma e pavimenta de espinhos um destino desastroso. Deus tenha piedade desses malfeitores. Mas, principalmente e urgentemente, do nosso povo que há muito sofre pela opressão desses poucos. Precisamos da Sua misericórdia, Senhor, para restabelecer a nossa sorte.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Consciência


A relação com a fé que consiste na confiança em Deus, sem o cuidado de guardar dúvidas sobre nós mesmos e nossas convicções, resulta em atitudes imprudentes e nos leva a sérios confrontos com a consciência. Dolorosos confrontos, preciso acrescentar. Estou cheio do Espírito Santo ou cheio de mim? Eis a questão... Creio que a motivação seja o X dessa questão e tenho me baseado nisso para analisar meus atos. O que me leva a fazer isso, vaidade? Se reconheço vaidade, logo declino da decisão, pois que estaria me exaltando e já sei que é nocivo a mim e aos outros. Alguma ambição? Então não faço, pois estaria em busca de algo ilegítimo, não reservado a mim e, portanto, posso passar por cima de outras pessoas para tentar conseguir. O que me faz crer que devo fazer o que tenho feito, e sei que não é muito, é quase nada, na verdade, é que acho que me dou ao sacrifício. Além de buscar minha salvação, e já a experimento pelo ganho de paz, esperança e amor, creio passo pela experiência a céu aberto, como uma espécie de cobaia voluntária, para o benefício de alguém ou de muitas pessoas. Nem sei se poderia conceituar assim, já que não se trata de experiência científica, pois que tudo é subjetivo, alimentado pela fé. Compartilho minhas experiências porque estou entusiasmado com o que provo. O fato de não estar disposto a me preservar de comentários nem críticas me motiva e muito. Estou disposto a confessar meus erros publicamente, isso me dá menos medo de errar perante Deus, pois que já conheço Sua misericórdia e sei que há de me perdoar se eu tomar consciência do erro e me arrepender. Por isso, tenho entrado em polêmica e dado meu testemunho de fé. Tenho aplicado minha fé na vida pessoal, arriscando dia-a-dia minha sobrevivência, sempre esperando em Deus as providências. Não tenho plano de saúde. Não faço seguro de carro. Não corro atrás de dinheiro. Não tenho tido trabalho remunerado e sempre conto com a caridade das pessoas. E agradeço a Deus por ter sobrevivido por mais de um ano e, assim, ter conhecido o seu poder e bondade. Tenho vivido e compartilhado a experiência da fé e espero que isso ajude ou anime alguém no mesmo caminho porque posso dizer que as surpresas são maravilhosas. Estou no deserto, vivendo muitas privações, e tenho amado os oásis que Deus tem me apresentado, abundantes de ensinamentos. Numa fase que não tinha dinheiro para pagar o hotel em que estava hospedado, rejeitei um bom dinheiro para fazer uma campanha política em 2012, o que faria com um pé nas costas, ciente da facilidade de vitória do candidato. Fiz isso para declarar minha opção por Deus, em vez do ilusório poder do dinheiro. Todos os amigos me contestaram, na época. Teve quem me alertasse: “você precisa pensar em seus filhos”, o que poderia me fazer mudar de idéia, mas lembrei da Palavra de Cristo que ensina o contrário: antes Deus. Por saber que para todo mundo isso é coisa de maluco, todos comparam a “rasgar dinheiro”, então não me preocupo de estar sendo vaidoso em contar essa história. Mesmo assim... Me preocupo sim (que ser contraditório somos os humanos). E volto ao tema “motivação”. Quando analiso se é vaidade ou não o que me motiva a fazer algo, será que eu consigo a verdade do meu coração? Será que consigo mesmo separar a vaidade de outras motivações? Porque costumamos nos enganar. Uma coisa é certa, vou meditar muito nesse tema e, quando tiver a resposta, vou declarar a verdade aqui para que o leitor saiba. Serei o primeiro a me declarar culpado, em busca do perdão de Deus e não esconderei isso do leitor. E me retratarei em toda página que teve algum comentário vaidoso meu, caso tome consciência disso. O que quero compartilhar com esta nota, na verdade, é que não é fácil para um pecador. Deus nos fala pela consciência, a qual devemos ouvir atentamente, mas também duvidar das primeiras respostas que podem vir do ego, um enganador. Prudente é esperar sempre que o tempo de Deus nos mostre. E confessar, arrependidos, assim que a consciência nos disser.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Combate ao ego


A desobediência original do homem a Deus, que está ligada ao julgamento humano do que é certo e do que é errado, estabeleceu o ego, uma espécie de “eu” ilusório, alimentado pela vaidade. Um ser paralelo que se faz deus do ser iludido, que parece pertencer a ele, mas o escraviza. Um cobrador de posição social, de prazeres efêmeros, de consumo excessivo. Um aliado dependente do dinheiro e do consumismo, escravizando o ser enganado. É lógico que conduz seu hospedeiro ao precipício, pois que o cega completamente, afastando-o do Criador, mergulhando o coitado num lago de corrupção e imoralidades, e depois à miséria total (veja o filho pródigo). A pessoa egocêntrica é vítima da propaganda enganosa: você pode tudo que deseja. O mundo diz isso porque quer vender "tudo". Hoje sei que depende muito do que você deseja e somente a comunhão com Deus, em constantes orações, o leva a desejar o que Ele deseja pra você. Porque se você deseja algo ilegítimo você terá que passar por cima de outras pessoas para conseguir. O seu ego manda você fazer isso porque o ego o leva a competir com outras pessoas. Mas se fizer isso você está transgredindo a lei de Deus, ou seja, será injusto. Só na postura de competir, você já está desobedecendo a um dos mais importantes mandamentos de Deus: amar o próximo como a si mesmo. Não é possível fazer isso sem confiar em Deus e para confiar plenamente em Deus, precisa se relacionar com Ele, conhecê-lo e deixar que Ele lhe surpreenda, deixar-se nas mãos Dele. Uma vez que você assimila que Deus cuida de todos nós e o que Ele deseja para todos é muito melhor do que nós desejamos, não precisamos ter ambição e podemos nos dedicar ao outro, amar e ajudar a elevar o outro, animar nas virtudes... Ao mesmo tempo, sentir-se parte dos outros, viver harmoniosamente em comunidade, unir-se ao corpo. O ego lhe afasta das pessoas e lhe faz buscar vanglória, promovendo a sua própria exaltação. A ausência dele lhe faz parte de um todo, uma célula do Corpo de Cristo, parte da Igreja, lhe leva a viver em paz, cheio de esperança e amor, no Reino de Deus, mesmo que o mundo esteja em plena guerra. A humildade é o melhor caminho para a felicidade que consiste em assimilar o único sentido para a vida: glória e honra de Deus. “Pois todo o que se exalta será humilhado, e o que se humilha será exaltado". Lucas 14:11. Tenho pra mim que separar o joio do trigo é tirar o ego do ser humano.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Diferenças


Hoje li uma nota de um religioso que me causou tristeza, dizia dos tipos de cristão, usando o termo “cada tipo” e dizendo que todos serão puxados na rede e aqueles que não prestarem serão jogados fora. É verdade que isso está na Palavra de Jesus, mas estranho alguém que esteja em comunhão com Deus usar um tom de ameaça e transparecer até uma torcida para que alguns sejam jogados fora. Muitos são os mistérios da Palavra, mas tenho comigo que a chave está no coração. Um coração orgulhoso lê de um jeito totalmente diferente de um coração pobre, humilde. Na minha experiência pessoal, posso afirmar que Deus me deixou muito, mas muito mesmo, mais tolerante com as pessoas e, digo mais, com uma misericórdia que jamais tive. Pessoas que antes eu via cheias de defeitos, e que chegava a querer distância, hoje enxergo um valor imenso, dou atenção e quero ouvi-las e compreendo os defeitos, que enxergo bem menos, como algo que elas não se deram conta, mas que um dia vão corrigir, se Deus quiser. Mais defeitos vejo em mim, o que pouco via. E sei que não me ofendo mais com as provocações porque combati meu ego. Meu ego era que não gostava do ego dos outros. Então, ao ler uma nota preconceituosa ou ver religiosos com desprezo a alguns que julgam maus, lembro de Cristo dizendo que veio para curar os que precisam. Como confio no seu poder e bondade, sei que Ele salvará a todos, inclusive os orgulhosos que se acham mais cristãos ou mais bondosos que outros, a exemplo dos fariseus que rejeitaram Cristo porque andava com pecadores. Com receio de errar, também arrisco compartilhar minha interpretação sobre separar o joio do trigo, que me parece tirar o mal de todos os corações, e não separar pessoas más das boas. Já que somos todos iguais perante Deus.

domingo, 24 de novembro de 2013

Felicidade

Uma vez que você enxerga a vida acima desta, já vive a sensação da vida eterna, sem desprezar os minutos, mas contemplando a própria vida e, com mais atenção e carinho, a vida do próximo. Saber que tem um Pai maravilhoso que vai lhe conduzir pelo melhor caminho por toda a eternidade... Daí vem a paz. Isso não faz de você insensível, pois que a sensibilidade só aumenta. Mas você parece flutuar e algumas pessoas ainda tentam lhe ancorar “há que pôr o chão nos pés”, mas não funciona porque suas asas batem mais forte. Não pense que me refiro a ilusões, mas ao contrário, diante da verdade, escamas lhe caem dos olhos e tudo fica mais claro. O alumbramento lhe desprende do chão e você encontra sua vocação de servir às pessoas. Pronto, você cuida dos outros porque, de você, quem cuida é Deus. Está sob a Graça. Ter uma visão espiritual nos leva ao otimismo, naturalmente. Reconhecer o amor de Deus, mesmo na adversidade, como fez Jó, faz toda a diferença na intimidade do relacionamento com o Criador e edifica a espiritualidade no caminho apontado por Jesus, o exemplo maior de obediência e humildade. Não agir como um filho mimado de ego inflado, cheio de exigências, dizendo “eu mereço”, ajuda muito na convivência com Deus, como um bom filho, vivendo essa parceria sagrada. A leitura da Bíblia também é indispensável. Porque Deus é transparente e se faz presente na Palavra, e devemos conhecer o Seu caráter e, também, o nosso. Na Bíblia nos identificamos com os personagens e temos uma visão de como Deus nos enxerga. Devemos saber: o problema do mundo sou eu e devo buscar a Justiça de Deus (corrigir-se). A peregrinação da fé se inicia na entrega sincera de amor a Jesus que passa a nos guiar como um psicólogo, confrontando o passado, nos fazendo lembrar dos pecados e nos levando ao arrependimento. Enfim, obtendo o Seu perdão e os ensinamentos diários. É uma experiência extraordinária, sobrenatural e cheia de encantos. Mas nem tudo é alegria e, diante da repreensão, devemos lembrar com carinho da Palavra: “pois o Senhor disciplina a quem ama, e castiga todo aquele a quem aceita como filho". Hebreus 12:6. Ser filho de Deus é a felicidade.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Visão


Ter uma ideia do que o outro sente, enxergar a situação do ponto de vista alheio e sofrer com a dor de outras pessoas fazem parte da sensibilidade de um líder. Ninguém pode servir de guia para um grupo de pessoas se não tiver uma visão avançada e um compromisso emocional com todos. E quanto mais o ser humano enxerga, mais compadece e sofre por experiências além das suas próprias. Esse fator está relacionado a chorar no cinema ou lendo um livro, em igual intensidade de que também ri. Se ontem concordei com um amigo que disse “a felicidade é ignorância”, hoje descordo, depois de uma análise mais profunda desse tema que minha alma abraça com tanta afeição. Se por um lado a empatia nos oferece os olhos do outro e a compaixão, o coração, e isso nos faz sofrer a dor alheia... Por outro, também nos oferece a oportunidade da alegria que não se origina somente da nossa própria visão risonha sobre as coisas boas. A capacidade de enxergar mais amplia as oportunidades de alegrias e tristezas, o que se opõe à apatia (o pior dos mundos). Certa vez conceituei (da série “amar é...”) que o saber é a base de todo amor. Você não ama o que não sabe, eu dizia. Costurando agora o tema desta nota com a “filosofia” de tempos atrás, o que jamais conseguiria sem incluir a metafísica, posso afirmar que a gente não sabe o que ama. Ou melhor, nós amamos muito mais do que sabemos. Ao assimilar o amor é que abrimos a visão para saber e, sabendo, ficamos perplexos pelo quanto amávamos sem saber.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Equilíbrio


A perigosa revolta popular é natural, mediante revelação de uma grande injustiça, algum escândalo envolvendo o dinheiro público, uma violência desmedida, qualquer fato que provoque comoção. Mas é preciso conter o ódio. É necessário manter o equilíbrio porque estamos construindo uma sociedade justa e não podemos, em nome disso, cometer injustiça. Precisamos ser piedosos uns com os outros. Não com o erro, jamais! Mas com as pessoas que erram, devemos ter piedade e amar, querer o bem, desejar que se recupere, não que pague para sempre aquele pecado, porque Cristo nos ensina a perdoar. A cadeia pode ser benéfica a quem precisa tomar consciência, arrepender-se e se corrigir, principalmente quando o ato é de desonestidade, e ainda mais com graves consequências para a sociedade e o futuro de uma nação. Mas não uma multidão destilando ódio, fazendo chacota, humilhando, aumentando o peso do fardo. Esse tipo de ataque, quando a punição é além do merecido, só acirra a resistência e amplia o sentimento de “vitima” do transgressor, ajuda-o a continuar cego. Apenas o perdão tem o poder transformador, capaz de abrir os olhos do pecador (no amolecer do coração) e produzir o arrependimento sincero. Todos nós seres humanos somos vulneráveis ao pecado e o mínimo ato tem a capacidade de nos cegar. Os passos seguintes, por ausência de visão, se não houver ajuda, nos levam direto ao precipício, sem que percebamos. Quando alguém é flagrado por outros no pecado e não reconhece o erro, permanece cego, e é natural que se faça de vítima. Por isso também devemos ter piedade. Jesus Cristo, pendurado na cruz do calvário, em pleno sofrimento, sob humilhação, disse ao Pai “perdoe-os porque não sabem o que fazem”, referindo-se aos seus algozes. E que crime poderia ser considerado pior do que esse, de matar o próprio Deus? Ele fez isso para nos ensinar. Devemos assimilar discernimento de quem sabe de todas as coisas, imitar a sua conduta, e não apenas admirar como se estivesse fora do nosso alcance. Cristo veio ao mundo também para servir de exemplo e, para isso, esvaziou-se de si e se fez homem. Se não conseguimos ter esse nível de discernimento, de separar o pecado do pecador, de detestar o erro, mas amar a quem o comete, corremos o risco de nos odiar a nós mesmos. Porque também somos pecadores. Se por um lado estou feliz pelo avanço da democracia brasileira, em que são condenados por corrupção alguns dirigentes de um partido poderoso, no poder há 12 anos, por outro lado fico triste de ver atos impiedosos (imitando abutres) de muitas pessoas que parecem querer tirar lascas de moribundos. Temos que lembrar que esses prisioneiros são bodes expiatórios. Porque se fosse realmente fazer justiça não existiria suficiente espaço carcerário no Brasil. De qualquer maneira, que a cena triste de pessoas sendo presas sirva de exemplo para que os políticos desta amada Pátria tomem consciência. Para que os jovens acreditem que o crime não compensa e digam: principalmente no Brasil!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Tesouro


Recentemente, pedi a Jesus para me ensinar sobre a prudência e a simplicidade e Ele me ensinou, deixando-me errar. O julgamento humano é falho e lotado de arrogância, porque se baseia em comparação, abominada por Deus, e carregado de uma auto-imagem sempre exagerada e manchada pelo egoísmo, os interesses pessoais. Julgamos muito mal tudo e a todos, quando nos deixamos fazer isso. Quando Jesus diz “seja simples como uma pomba e prudente como uma serpente”, só agora imagino que saiba o que significa, depois de avaliar toda a minha dor por ter sido injusto. Não podemos julgar o próximo, jamais, nem que a sua atitude nos incomode. Nem que pareça que a pessoa dependa da nossa "correção" porque isso é ilusão. O que as pessoas precisam é serem amadas e, portanto, de compreensão e apoio, inclusão, aceitação. Devemos somente apoiar, animando e confiando na sua virtude e no próprio Jesus, dela também o Salvador. Essa atitude parece ser mais forte que uma oração apenas, ainda mais se for acompanhada de orações, suplicando a Deus pelo bem da pessoa. A partir deste aprendizado, que Deus me mantenha atento, simples e prudente, vigiando somente a mim e crendo que todos somos imperfeitos, mas amparados. E que saia da minha mente qualquer coisa que não seja plantada por Ele, qualquer vontade que seja produto de vaidade ou ambição, e não compartilhada pelo Pai. Faço esta oração a céu aberto para animar o leitor a fazer o mesmo. Nada que não venha de Deus nos convém e o que realmente está reservado por Ele para você já é seu, ninguém o rouba porque é tesouro imperecível. Sejamos, portanto, simples como uma pomba e prudentes como uma serpente, como nos ensina o Mestre dos mestres.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Ser e parecer


Não precisa ser a mulher de César para perceber a necessidade de parecer séria. Toda mulher deve honrar o útero, o milagre da maternidade, ser e parecer séria, mesmo antes de se casar. Mesmo antes de ter filho, há que dá a impressão de imaculada, além de ser. Porque a esperança das futuras gerações estão na mulher e no interior do seu ventre, onde deve abrigar o mais puro e cristalino ambiente para a vinda de um novo ser. Para que escandalizar, contudo? Produzir um  falso cenário, sombrio, triste, abominável a Deus, ofender a quem a ama, dando a impressão de não se importar com os sentimentos alheios? Que tipo de voz ouve a mulher, quando se comporta de maneira estranha ao prazer de ser filha de Deus, quando deveria construir bons relacionamentos de amizade, inspirar a fidelidade e a paz de um futuro relacionamento amoroso, pronta para produzir uma descendência abençoada? Que tipo de voz influencia uma mulher a ignorar ou conspirar contra sua própria dignidade? É com profunda tristeza que observo a produção de péssimos filhos por parte de ventres descuidados, sem falar na cultura machista, normalmente transmitida pela própria mãe. Vejo com igual pesar que, antes da maternidade, algumas mulheres não evitam levar a público o mal exemplo, expondo-se em culto aos valores banais de uma sociedade preconceituosa, voltada ao consumismo e à desvalorização da vida. Por que as mulheres pactuam com essa cultura que mata as esperanças sobre o futuro? Por que não vem da mulher a decisão de amadurecer os homens desta geração, exigindo seriedade e compromisso, em vez de elogiar corpos sarados, sem fazer referência alguma à alma? Será que não vem da mulher essa cultura contra a família, que faz delas objetos?

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Vulgaridade


A pretexto de viver com “liberdade”, muitas pessoas se aprisionam abaixo do nível da terra, atolados na vulgaridade. Com escassez de critérios morais, consideram a sensualidade um degrau para a “fama” e o “dinheiro”, objetos de desejo motivados pela competição e a vaidade esdrúxulas que o sistema alimenta na gente para vender mais. Mas tudo que é “forçado” não tem elegância e a pretendida sensualidade se apresenta como dos mais grosseiros gestos, causando mal estar a uns e empurrando outros ao precipício do mal gosto. A verdade é que a imoralidade explorada por alguns programas da mídia brasileira tem desonrado o País perante as outras nações, ao passo que presta um desserviço interno no exercício da irresponsabilidade pedagógica. O entretenimento visto como degrau para o egoísmo se torna desconectado do ideal coletivo de desenvolvimento e dignidade. A busca desvairada por motivos humorísticos suga sangue no poço da ofensa. E não estou nem me referindo ao “politicamente correto” porque detesto essa expressão hipócrita que estimula máscaras para o preconceito, em vez de combatê-lo. É uma ação equivocada (muito usada na medicina imprudente) de interferir no sintoma e esconder a doença debaixo do tapete. Prefiro que as pessoas se manifestem e se corrijam diante da vergonha que passam. Quando critico a exploração ordinária do sexo na mídia, avalio pela ótica do que é belo e agrada ou não. E definitivamente sei do veneno que é o vulgar pelo quanto me causa nojo e, portanto, deixo de ingerir. Mais ainda, alerto a todos ao redor e, por esta oportunidade, o leitor que não se deixe levar pelo convencimento da propaganda desonesta e de programações desatinadas da mídia, que tentam nos vender água suja. A imoralidade sexual não tem origem em si, mas é uma conseqüência da cultura da corrupção. Falsos líderes políticos brasileiros dão mal exemplo e não animam o povo na virtude. Pintam um cenário imoral para se camuflarem nas manchas imundas e ausência de cores. Mas minha tristeza tem fim porque sonho com o Brasil honrado por uma nova geração que deu amostras este ano e no ano que vem deve agir em favor de uma grande transformação. Sonho e peço a Deus que tenha misericórdia do nosso povo, ultrajado pela ganância de poucos.

sábado, 9 de novembro de 2013

Obediência


Creio que a vida nos conduz a uma só direção: à obediência ao Pai. Nada parece ser mais importante que aprender isso e todas as provas que atravessamos nos remete à escolha entre Deus e outros valores. Deus ou nossa vaidade? Deus ou o dinheiro? Deus ou sua mãe? Deus ou seu filho (lembre da prova de Abraão)? Deus ou a sua esposa (ou marido)? Porque o primeiro mandamento é amar a Deus acima de tudo. E isso significa escolher a Deus, diante de qualquer, qualquer que seja, alternativa. A vida ou Deus? Morramos por Deus, pois essa é a glória máxima de um “filho”. Porque assim o fez o Primogênito que devemos seguir. E o feliz paradoxo é que, quanto mais obediente, mais livre. Na tradição bíblica, todos os irmãos devem seguir o primeiro. Jesus é a Palavra encarnada, ou seja, o exemplo que devemos seguir. Ver Jesus e imitá-lo é ouvir o Pai com obediência. A fé não é acreditar que Deus existe. Já disseram: até o diabo acredita na existência de Deus. A fé é conhecer, confiar e amar a Deus. Conhecer o caráter de Deus é primordial. Lampião acreditava em Deus e conhecia o seu poder, por isso dizia: “miro o sujeito e atiro, se eu acerto é porque Deus quis que ele morresse”. Tem razão, em parte. Essa cruel explicação, no entanto, não está em acordo com a bondade de Deus. Conhecer o poder e a justiça de Deus, sem conhecer todo o amor que está em Jesus, produz um justiceiro, não um “filho” porque não terá semelhança com aquele que é puro Amor, seu Criador. Todos seremos disciplinados, creio nisso, a ponto de não sobrar uma maldade sequer no nosso ser. Deus vai deixar Lampião matar, o coronel oprimir, o torturador agir... Porque, se Ele não der liberdade, ninguém conhecerá a maldade que ainda habita em si. Agora, se você se entregar hoje em total amor, renunciar ao livre arbítrio, confessar os pecados, arrepender-se, deitar na mão de Deus e confiar Nele... Esperar que Ele lhe surpreenda... Ler a sua Palavra (na Bíblia Sagrada), conhecer o caráter do Pai e procurar imitar a Jesus... Verá a transformação no seu coração, perderá a malícia e sentirá todo o carinho de Jesus, cuidando pessoalmente do seu espírito. A vida nos leva à obediência, mas até lá toda rebeldia resultará em sofrimento próprio e de muitos. É preferível ser vítima de um grande mal, pois será compensado, do que ser o malfeitor. Que Deus tenha misericórdia de todos que ainda fazem o mal.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

A missão


“A vida é tão rara”, diz Lenine em sua bela música. E por sê-la devemos ao menos respeitá-la. Deduzimos que para cada criatura há um importante propósito e, portanto, sua missão está grafada como destino. Mas será que todos cumprem a sua missão? Quanto aos vegetais e animais irracionais, não tenho dúvida. Mas suspeito que os humanos, pelo menos os que formam a maioria, não a cumpram. E tem uma palavra de oposição à missão que explica sonhos enterrados, pessoas apáticas, andando como zumbis por aí: “Omissão”. Quem se omite o faz por covardia ou conveniência, interdependentes aspectos da mediocridade. Creio que Deus gravou sonhos na alma de cada um de nós, quando ainda estávamos no ventre da mãe. Esses sonhos estão no coração que nos impulsiona, além de pulsar, e nos indica o que nos emociona, quando bate tambor e quer sair pela boca. É como um sensor dizendo “estamos na missão” ou “não, não, que sono”... Penso que o raciocínio, muitas vezes advogado da conveniência, quando nos leva a um caminho antagônico ao que nos faz vibrar, segue algum interesse egoísta. A pessoa que pensa em alguma vantagem financeira ou por ambição de consumir coisas que ilusoriamente lhe preencham o vazio da alma, geralmente, não ouve o coração. Essa pessoa prefere se omitir ou agir mal. A missão é do bem, a pessoa influenciada pelo mundo a ignora e age sorrateiramente para prejudicar o próximo e obter alguma vantagem ou por simples vaidade, sentir-se superior a outra (o que evidencia sentimento de inferioridade). A prova é de fogo... Desde quando nascemos, passamos por um corredor da morte. Os pais dizem coisas para matar nossos sonhos, os irmãos também, os parentes próximos, os distantes e os vizinhos, os amigos do bairro, o bullying escolar, o estranho na rua e, depois, o patrão, chefes, colegas, namorada(o), esposa ou marido, filhos... Poucas pessoas são colocadas no mundo, cuidadosamente, na hora certa, no lugar certo, para lhe encorajar. Essas, caro leitor, quando identificá-las, seja muito grato e abra seu coração. Não é uma pessoa omissa, certamente. Por ouvir o coração, não tem inveja de ver o seu sonho ainda pulsando. É uma pessoa com grande capacidade de amar e, portanto, pode ser o amor da sua vida. Ame a todos como Jesus nos ensinou, mas essas pessoas que lhe ajudam a realizar o seu sonho (a sua missão) considere-as os melhores amigos, construa com elas bons relacionamentos pessoais e saiba que, entre elas, estará o seu grande amor. Chego a achar que só começamos a realizar o nosso sonho, quando cumprimos a primeira missão de achar os verdadeiros amigos.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

As leis e o amor


Toda organização humana tem como base um conjunto de regras ou leis que determinam limites aos membros, de forma que o direito de um não ofenda o direito do outro e, teoricamente, ninguém saia lesado. As pessoas procuram ser justas na formulação dessas regras, mas não evitam o pior. As cidades, por exemplo, são consumidas pela violência, apesar de leis rígidas. Muita gente culpa alguma impunidade, mas até países em que a punição é cruel, com penas de morte, não conseguem inibir atos de desobediência às leis. Por mais justas que as leis aparentam ser, os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres, mais pobres. Artistas e intelectuais de grande importância para a humanidade morrem de fome. Enquanto um mercenário tirano, frio e calculista cria um império e aumenta seu poder de opressão. As leis não impedem, aliás até favorecem pelas suas complexidades, que algumas pessoas se aproveitem delas para exercerem domínio sobre outras. O vereador fluminense, o tal de Russo, que disse “mendigo devia virar ração pra peixe” não pode ser apedrejado, a não ser que jogue a primeira pedra quem se importa com os mendigos. Apenas uma pessoa de classe média poderia tirar um mendigo da miséria e ajudá-lo a resgatar sua dignidade. Imagine se cada dez pessoas se juntarem para ajudar uma... Nos morros cariocas, quando uma família passa necessidade, os vizinhos se unem para fazer uma “inteira”. Isso não está na lei. Na Bahia, amigos se juntam para ajudar alguém que enfrenta um momento difícil com uma “vaquinha”. Também não consta na lei. Essas ações de solidariedade (ou de graça) que se vê em comunidades normalmente pobres são exemplos de organização que poderiam oferecer ao ser humano conceitos verdadeiros para uma nova civilização. A Bíblia nos ensina com o Velho Testamento que ninguém consegue obedecer as leis e, portanto, haja sacrifício para obter perdão e ficar bem (ou mais ou menos) com Deus. O Novo Testamento, no entanto, apresenta o único meio possível para que o homem possa se relacionar com Deus, sob a Sua graça. Para isso, basta reconhecer sua pobreza de espírito (não ter como retribuir) e sua dependência, arrependendo-se dos erros constantemente, até que seu espírito seja totalmente purificado e viva pelo Amor. A partir daí o homem não precisa de lei, pois o Amor lhe motiva a agir com amável elegância. Ao mesmo tempo que nos ensina a conviver com o Criador, a Bíblia nos ensina a viver em comunidade (a igreja de Cristo), amando uns aos outros. Portanto, devemos repensar a nossa sociedade sem graça, cheia de regras retributivas que só geram injustiças e violência. O Reino de Deus já está à nossa disposição. Que o Brasil seja o primeiro país a se submeter à soberania de Jesus Cristo. Esta nota é mais uma da série em que gosto de repetir: não sou de direita nem de esquerda. São lados antagônicos baseados em ideologias cheias de regras que tiveram suas chances e não apresentaram solução na prática. Sou da política do Alto, faço campanha para o Reino de Deus.