O mundo tem ensinado o homem a viver cada vez mais seu
individualismo. A ideia de liberdade, de independência, tem guiado muita gente
nas escolhas dos caminhos e do estilo de vida. As metrópoles estão repletas de
homens e mulheres vivendo sozinhos, e de tal forma se acostumam que
dificilmente conseguem mais estabelecer uma união, criar uma família. Pensam
dez vezes, antes de enfrentar uma convivência em que teriam que exercitar a
tolerância, a paciência, a harmonia, enfim, o amor. A cultura consumista da
sociedade que vive do lucro tem o individualismo como motor, pois quanto mais
solitário, o homem resumido a consumidor terá ansiedade para suprir o seu
constante vazio. O prazer do consumo é como uma droga de efeito cada vez mais
rápido. Passada a “onda”, novo consumo é exigido. A convivência em família, em
que a empatia e a solidariedade são bastante exercitadas, acaba atrapalhando a
estratégia de mercado, reduzindo a corrida frenética pelo poder aquisitivo e
pelo consumo. As pessoas se distraem nos seus relacionamentos e freqüentam
menos os supermercados, magazines, relojoarias... O mercado estimula o ego que,
por sua vez, se isola no individualismo, conspira contra a família e mantém o
homem escravo do dinheiro e das coisas (que podem ou não comprar). Estamos no ápice
desse movimento cultural voltado para o consumo exagerado. É quando tudo acontece
para que haja uma onda contrária em prol do equilíbrio e da vida. É quando tudo
pode acontecer para que haja significativa transformação.
sábado, 31 de agosto de 2013
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Amor político
De que adianta você ter fé, aprender a viver com a Palavra
de Deus, mas esconder o que aprendeu, não professar sua fé, não dar exemplos,
não fazer caridade, não levar a todos a boa notícia e não trabalhar para o bem
comum? Que religiosidade vazia é essa? Árvore que não dá sombra e não frutifica
tem as suas folhas secas, nem clorofila produz, jamais será útil, a não ser
como lenha para o fogo. Há que haver generosidade em cada movimento humano de
servidão a Deus. O amor que se cultiva com Deus deve gerar o amor ao próximo,
que tenho chamado atualmente de “amor político”. Na parábola do Bom Samaritano
com que Jesus ensina quem é o próximo, a mim fica claro que se trata do
“desconhecido que necessita de ajuda”. Peço ao leitor que guarde as suas
reservas em relação à política, atualmente promovida em grande parte por
oportunistas, e pense comigo: existe alguma atividade em que se poderia ajudar
o maior numero possível de “desconhecidos que precisam de ajuda” do que a
política? Se a política for uma atividade levada a sério, com obediência
amorosa a Deus e, naturalmente, com amor ao próximo, o quanto poderíamos fazer?
Se as pessoas de bem (honestas) parassem de reclamar e de lutarem apenas pelos
seus próprios interesses e passassem a trabalhar na política pelo bem comum, o quanto
seria diferente esse mundo? Tenho feito campanha política pelo Reino de Deus,
digo atualmente que não sou de esquerda nem de direita, mas do Alto. E você?... Tem amor político?
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Sementes
Penso que a felicidade que todos almejam depende do
equilíbrio e reside na realização do ser em todas as áreas. Não tem
justificativa para alguém sacrificar uma área importante da vida, como a
família ou o amor romântico, em função de uma entrega exclusiva à carreira
profissional. O sucesso profissional não lhe garante a colheita na vida
pessoal. Se você semeou apenas no âmbito profissional, sua colheita pode ser
abundante nesse sentido, mas faltará em outras áreas e não podemos pensar que o
status e o dinheiro obtido profissionalmente (por mais honesto e merecido que
possa ser) seja capaz de forjar uma colheita que dependia de boa semente,
contribuição climática e o tempo do processo produtivo. As frustrações
possíveis em áreas da vida que careceram de investimento podem afetar aquele
setor em que mais você investiu. Porque o ser humano não quer só comida, “nem
só de pão vive o homem”. O homem tem desejos que até desconhece, profundos
desejos da alma. Ele pode nascer, crescer e morrer sem descobrir o que mais
desejava. Daí a necessidade de investir, acima de tudo, na espiritualidade. Uma
pessoa sem o desenvolvimento da espiritualidade, sem um relacionamento com o
Criador, pouco enxerga sobre si mesmo e distorce o que vê ao seu redor. O
melhor de uma espiritualidade autêntica (vivida sem hipocrisia) é aprender a
semear em todas as áreas da vida, e a conviver com a própria impotência,
sabendo esperar e aceitar com resignação, em paz portanto, o que não está ao
alcance das próprias ações. Por isso, quem tem fé trabalha com sossego, sem
estresse. Mas com muita esperança. Pois sabe que tudo pode mudar de uma hora
para a outra, pois conhece o poder e a misericórdia de Deus.
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
Amar-se?
As pessoas vivem aconselhando: Ame-se. Valorize-se. Meu
Deus, será que não vêem que é um discurso maléfico? Não percebem que isso se
ampliou nos anos 80 e carregou multidões a cultivarem o ego? Como se o que
falta ao ser humano é olhar para si, quando na verdade o problema é exatamente
esse: olhar apenas para o próprio umbigo, satisfazer seus interesses mesquinhos
em detrimento do próximo, ser egoísta, passar por cima das pessoas para
alcançar seus objetivos. Veja se não é o egoísmo o nosso maior inimigo. O culto
a si é o mesmo que dizer: o meu deus sou eu. E esse culto, de amar a si mesmo, nos leva a inevitavelmente
dar o tiro que dispara a corrida, a competição: serei melhor que os outros. Ao
competir, não amamos, pois estamos sempre nos comparando ao outro (como Caim o
fez). O melhor conselho é o que contrapõe a esse péssimo “ame-se”, é o que diz:
“ame a Deus acima de tudo”. Quando colocamos Deus no lugar certo, em primeiro
lugar, tudo se acomoda com justiça, inclusive sua dignidade. Até o amor ao
próximo é inerente. Ao desenvolver o amor por Deus, o que só se alcança num bom
e estreito relacionamento de entrega, reconhecemos o amor Dele por nós (que é
melhor do que se amar, saber que é amado por Deus). O que está escrito no
Antigo Testamento, amar ao próximo como a si mesmo, refere-se, ao meu modo
de ver, a um parâmetro que
estabelece a igualdade do amor de Deus a nós, para que não haja competição.
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Ótica
A forma como enxergamos as coisas determina as nossas ações.
Sua interpretação da realidade guia a sua resposta a ela. Por isso é importante
ver além do óbvio. Para isso é preciso fé. Quem prefere o materialismo e se faz
imediatista quase sempre troca o melhor, o que poderia acontecer de melhor,
pelo pior, o que lhe pareceu mais rápido, fácil, perto. Para combater essa
ansiedade que turva o caráter humano e torna os homens fracos, vulneráveis às
armadilhas, é necessário acreditar na virtude e combater a vaidade, o maior
estimulante do imediatismo. É preciso confiar na bondade de Deus, enxergar o
Seu caráter e ter certeza da Sua Justiça. É preciso saber que a bondade pode
atrair hostilidade, pois muitos vão lhe tratar como bobo e, lhe subestimando,
vão lhe enganar, maltratar, perseguir. As pessoas imediatistas e sem fé odeiam
quem confia em Deus. É objeto de ira aquele servo obediente, que age com
elegância, docilidade e perdão, não passa por cima de ninguém e deseja
ardentemente um mundo melhor (o Reino de Deus). Em longo prazo, porém, como diz
o salmista, o ímpio perece e o justo vê as bênçãos de Deus e a prosperidade em
tudo. Enxerguemos, portanto, a vida pelos olhos do coração e, com fé, não vamos
nos sujeitar à sedução da corrupção, da imoralidade, das facilidades. Um bom
líder conduz os seus liderados a dizer não ao que parece fácil. O apoio de
poderosos (dominadores do sistema atual) pode parecer interessante do ponto de
vista imediatista, mas ao negar a oferta desse apoio, um líder se mantém limpo,
isento, capaz de liderar uma grande transformação no sistema.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Misericórdia
A bondade de Deus nos humilha. Quando a gente descobre que
nada do que vivemos de bom a gente merece, que tudo que temos e sentimos vem da
Sua misericórdia que, incondicionalmente, contempla os seus por imenso amor... Deus
nos humilha porque percebemos o seu perdão diário, mesmo quando não imploramos
por ele, no novo dia que renova tudo, dando novas chances aos errantes,
oferecendo oportunidades de sobrevivência e até de salvação para a vida eterna,
sem que a gente mereça. Vendo o seu exemplo de amor, podemos entender o que
disse Cristo, citando o Velho Testamento, em Mateus 9.13: “Vão aprender o que
significa isto: ‘Desejo misericórdia, não sacrifícios’.” Deus nos humilha
quando nos dá a sua infinita misericórdia e nós não agimos do mesmo modo com um
irmão em situação de necessidade. Nosso egoísmo não nos faz enxergar muitas
vezes a bondade de Deus, porque achamos que merecemos tudo o que temos e que
ganhamos. Mas somos mais cegos ainda em não perceber que a única coisa que Deus
deseja de nós é que sejamos misericordiosos uns com os outros. Mas o nosso ego não
permite que vejamos sequer a bondade de Deus, quanto mais a nossa iniqüidade.
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
A chave
Muita gente rejeita a Palavra de Deus, sem saber exatamente o que está
fazendo nem porquê. Muitos materialistas se sentem ofendidos e acusam a Bíblia
de ter sido escrita por homens com o intuito de dominar os demais, usando a
religião. Feministas dizem que as Escrituras ofendem a mulher. Machistas não
aceitam serem chamados de “ovelhas” nem verem heróis chorando e gritando a Deus
por socorro. Não percebem que as palavras que abatem o ego são justamente as
que salvam. Porque a vaidade humana é o problema, o obstáculo para se submeter
a Deus, para aceitar ordens do Criador... Aquele que sabe o que é bom e o que
não é para todos nós... O ego é um engodo sustentado pela hipocrisia. Só um
homem que esconde de si mesmo seus erros (pecados) é que se acha “o cara” e
merecedor de alguma coisa. Quem admite seus próprios erros sabe que não merece
o perdão de Deus e que, portanto, depende do amor, da misericórdia, cuja
justiça foi providenciada pelo Pai no sacrifício do Filho, em ato de infinito amor por todos nós. Uma vez que assimilamos a dependência do amor de Deus, finalmente, o experimentamos. E aprendemos a amar com
o amor que recebemos conscientemente. O homem precisa assumir e confessar os seus
pecados. Davi, o Rei, era o homem segundo o coração de Deus. Quando percebia
que havia errado, logo admitia o erro e se arrependia. Esse era o diferencial
de Davi, o que fez dele um amado rei, a sua humildade. A capacidade de se confessar é a
característica máxima da humildade porque a confissão anula o ego, esse
grande inimigo de todos nós. Uma vez com o ego reduzido, o indivíduo se enche do Espírito Santo e passa se harmonizar no corpo de Cristo (do todo) e lê o Evangelho com discernimento, além de
ganhar sabedoria e, com muito amor, ter um alumbramento, reconhecendo melhor seu
papel na existência e tomando mais conhecimento do caráter de Deus. A confissão
arrependida, ao meu ver, é a chave para o Amor porque estabelece a entrega e
esvazia a tentativa de manipulação. Por isso, também considero a
confissão sincera a chave da porta do Reino de Deus. Trazendo este argumento para o tema do blog,
que é a Arte da Liderança, feliz dos líderes que confessam a Deus os seus pecados
e, ao público, seus erros políticos e administrativos. Porque, arrependido dos pecados, o homem é perdoado e habilitado por Jesus Cristo para a vida eterna, além de construir uma história de honra e bons frutos para ele e os seus
liderados.
sábado, 3 de agosto de 2013
Cordeiros
Para se construir a civilização ideal é preciso ordem,
portanto, mister também a obediência. Não se faz uma Nação com a valorização de
comportamentos individuais rebeldes. Parece ser interessante a imagem de alguém
com rebeldia, desobedecendo as leis, demonstrando sua inconseqüência que muitos
confundem com coragem ou liberdade. Porque parte da gente é má e aprecia a
transgressão, confundimos o desafio às leis com heroísmo. Nesse contexto, as
virtudes são vistas equivocadamente como covardia. Quando um indivíduo enfrenta
um sistema injusto e desafia opressores, é chamado de herói e eleito líder.
Mas, se seus métodos forem violentos, se a sua reação ao sistema é armada, não
espere um sistema justo e pacífico estabelecido por ele, depois de uma
revolução. “Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará”, disse
Jesus em Mateus 24.12. Pela defesa necessária à vida humana, devemos preservar
o sentimento de amor. Devemos tomar cuidado, portanto, para não seguirmos um
movimento político estimulado pelo ódio ou pela vingança. Há que haver um
equilíbrio e uma lembrança constante: precisamos de líderes que saibam obedecer
às leis. Estes prestarão contas ao povo e não serão tentados a uma postura de
tirano, com os egos inflados pela vitória de uma luta liderada por eles. Porque
quem não segue as leis, não segue a ética, não segue os preceitos de Deus. É
preciso ter postura de cordeiro para se sacrificar pelo próximo, para seguir o
bom Pastor e ter liderança sobre o rebanho. Não foi à toa que Cristo fez
analogia do povo de Deus com rebanho de ovelhas. Além de provocar a aversão da
vaidade do ego machista ou feminista, exigindo, portanto, uma mudança interna
para aceitar a realidade espiritual, a analogia revela uma grande
característica: a disposição para seguir o mestre, atributo óbvio entre os
cordeiros, que seguem uns aos outros e obedecem ao pastor, o que se vê também entre
os talmidins, discípulos ou aprendizes.
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Papa do exemplo
Francisco, o Papa, acima de tudo, é um mestre. Seguindo o
exemplo de Jesus Cristo que, com palavras e gestos iluminados, anunciou o Reino
de Deus e nos ensina a viver para a conquista da vida eterna, o Papa Francisco
é um líder servidor e investe seu tempo na produção de imagens e propagação de
palavras de bondade e otimismo, realizando a mais alta missão cristã, de ser um
sinal do Reino anunciado por Cristo. Com exemplo de humildade, ensina-nos a nos
relacionar com respeito
humano e amor constante. Com sensibilidade política, disse inclusive que
participar da política é a mais alta caridade porque visa o bem comum,
Francisco nos ensina a nos engajar e desmistifica a idéia de que política é
ambição pelo poder e que seria contrário aos ensinamentos cristãos. O Papa nos
faz entender que apenas os oportunistas que entram na política com egoísmo é
que usam a atividade nobre para o enriquecimento próprio e, assim, traírem a
Cristo como fez Judas, por um saco de dinheiro. A política é o campo de batalha
para exercer em grande escala o amor ao semelhante que chamo de amor político:
o amor desinteressado por pessoas que você nem conhece, sem esperar nada em
troca. O objeto de ganância chamado poder é visto pelo Papa com a pureza que o
amor estabelece: o “poder ajudar”. Assim, nosso Papa Francisco tem mudado
paradigmas enraizados na civilização humana. Assim, Papa Francisco tem feito
campanha política em prol do Reino de Deus. Para que todos nós saibamos
escolher o nosso lado. Tenho dito, não sou de esquerda nem de direita, sou do
Alto.
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