O homem luta em vão por direitos, através
da política, formulando leis. Pois a Bíblia nos ensina que o homem não consegue
evoluir, baseado nas leis ou sob ameaças de sistemas rígidos. Alguns poucos que
detém o poder acabam se denominando “homens da lei” e oprimem os demais,
pregando o que não praticam. Isto acontece até hoje com os exemplos de governos
corruptos, tanto de direita como de esquerda. Essa injustiça é produto dos
meios injustos cujos fins não os justificam, como os embates entre irmãos em
nome de uma causa. Na verdade, o homem luta em vão para conter sintomas do
desamor, que também se vê quando se valoriza uma causa acima de uma vida. Quando
um ativista apaixonado defende sem mansidão uma bandeira que ele julga justa, é
capaz de provocar ódio e conflitos que colocam em risco muitas vidas. Com a
melhor das intenções, esse idealista comete um grave erro e atrasa as reais
conquistas, defendidas por Jesus: “amem uns aos outros”. Jesus não incentivou
luta armada para abolir a escravidão nem incitou as esposas oprimidas pelos
maridos para que conquistem igualdade feminina pela “queda de braço”. Porque essas
bandeiras são como estratégias débeis de uma medicina equivocada, que se
concentra na cura dos sintomas e deixa a doença avançar. A doença social que
gera o sofrimento de muitos, inclusive a fome, é o desamor. Uma vez que o homem
consegue amar ao próximo como a si mesmo, todas os direitos humanos são
alcançados. Acontece que a campanha para a revolução do amor não é fácil, pois
exige o sacrifício do perdão. Mudar-se primeiro, combater o mal em si, para mudar
o mundo. Então, há que haver muita coragem. Até para caber o coração que ama, é
preciso ter muito peito para amar. Sabendo ser o amor sofredor, reside na fé a
coragem que o homem precisa ter para amar, ou seja, para encarar o sofrimento
inerente ao amor. Não é possível o exercício do amor incondicional sem a
consciência do amor incondicional de Deus ou sem admitir a própria iniqüidade e,
verdadeiramente arrependido, sentir-se perdoado por Ele. Amar a Deus acima de
tudo é pré-requisito para este amor ao próximo que exige o sacrifício do
perdão. É necessário sentir a identidade com Deus, assumir a imagem e semelhança
a ser resgatada na peregrinação da fé, na justificação de Jesus Cristo, de
maneira que possamos adquirir confiança o bastante para nos entregar de amor ao
próximo. Faz-se necessário cumprir a jornada determinada por Jesus: e quem não
toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim. Mateus 10:38.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Fraude
Que o sistema eleitoral do Brasil é
suspeito, não temos dúvida. Sabemos que não somos o país mais avançado do mundo
para servir de vanguarda, junto com a Venezuela, revolucionando o sistema de
votação com urnas eletrônicas que nenhum outro país aceita. Fôssemos avançados
em educação, ainda assim, não justificaria arriscar a autenticidade da
democracia com urnas vulneráveis, passíveis de serem violadas, segundo afirmam
especialistas. Acontece que o teatro que os poderes fazem em curiosa tabelinha
com a mídia poderia nos manter nesse engano por muito tempo, afinal somos um
povo acomodado. Tanto que um candidato à presidência com muito potencial de
vencer morre de desastre de avião, durante a campanha, meses depois que uma lei
assegura sigilo de investigação, e ninguém cobra das autoridades maiores
explicações. Tanto que um delegado da Polícia Federal que prendeu poderosos
corruptos, recuperou bilhões para o governo, é esmagado pelo STF, pasme,
acusado de ter vazado informações sobre as investigações. Ora, que zelo é esse
pela imagem dos corruptos? E a integridade dos brasileiros? E a justiça? E o
dinheiro público? Qual é a ordem de valores? Só porque os ladrões têm dinheiro,
são banqueiros? Que cegueira é essa, justiça? Porém, mesmo com esse quadro nebuloso,
tenho otimismo, pois creio na justiça de Deus. E não acho que foi por acaso que
esse mesmo delegado pode ter sido vítima de fraude nas eleições para deputado.
Se for comprovada, acredito que sim, será revelado um grande golpe contra este País.
Já é voz corrente em Brasília que o Brasil está “loteado” por grupos econômicos
associados a políticos e outras autoridades. Isso desanima qualquer trabalhador
honesto. Mas Deus não vai deixar assim. Tenho fé.
sábado, 18 de outubro de 2014
Exemplos
Li uma frase esses dias que me ajudou muito a meditar sobre
o atual comportamento político de alguns brasileiros, principalmente nas redes
sociais: “Ensinamos com o que sabemos e educamos com o que
fazemos”. A troca de acusações e os ataques dos candidatos acabam estimulando os seus seguidores a discutirem política no mesmo tom, ou pior... O que vemos é um comportamento tirano, em vez da boa convivência com a democracia. Observando isso, precisamos ampliar o debate sobre Educação. Valorizamos o tema, mas o resumimos aos investimentos na área de ensino e formação
profissional. Penso que a responsabilidade dos governos sobre a educação popular é mais ampla, quando se trata do preparo que produz um comportamento individual ou coletivo mais adequado para a boa convivência social. O amor ao próximo não anula as divergências nem o debate produtivo, ao contrário, eleva o nível e mantém o foco na busca da verdade e na seleção das melhores ideias e não na competição humana em que um tenta desqualificar o outro com ataques e acusações. Acho necessária uma maior valorização e proteção da cultura da família, tão prejudicada pelas estratégias de consumismo. A família ainda é o ambiente ideal para o amparo e a educação de crianças e jovens. Considero importante para os governos utilizar melhor suas verbas publicitárias e, em vez de fazer auto-propaganda, promover valores humanos voltados para a proteção às crianças. Faltam mensagens de educação ambiental que estimulem a cidadania no conjunto de tudo que é exposto à sociedade. Pois a escolha da mídia obedece ao mercado que visa o lucro. Cabe às instituições públicas equilibrar e combater essa tendência que atenta contra a vida. Como sou contra a censura, defendo a competição das ideias e acho que cabe ao poder público a defesa das virtudes, contra as mensagens que induzem o homem ao erro. A propaganda pública deveria servir para a construção de uma sociedade melhor, transmitindo com argumentos e exemplos as boas maneiras de convivência, essenciais para a democracia. Isso é educação pública, desde que se faça pela cidadania, sem interferência de ideais partidários. Mais importante que isso, no entanto, considero o bom exemplo das autoridades. Um mau
exemplo dado por um líder político pode não ser seguido pelo povo, mas causa desânimo e tristeza a muitos cidadãos honestos e cumpridores dos seus deveres. Alimenta a cultura de "tirar vantagem em tudo". Os bons exemplos, entretanto, podem produzir um grande entusiasmo e mobilizar toda a nação para um caminho melhor. Tem uma frase do Caetano que sempre estimulou meu otimismo e que ajuda a enxergar a misericórdia de Deus: "é incrível a força que as coisas parecem ter quando precisam acontecer". O nosso bom Deus haverá de nos dar essa nova história que precisamos tanto. Sonho, oro por isso e acredito que todo o povo brasileiro ainda dará exemplo de verdadeira cidadania, portanto, de uma política sadia, clara, justa, baseada no amor ao próximo.
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
O perdão
Se você tem dificuldade de reconhecer um erro, cuidado. Seu
ego pode estar lhe escravizando e você não percebe.
Quando cometemos um erro, nossa consciência acusa. Sentimo-nos mal com o que
fizemos. Porém, muitos são os argumentos para adoçar esse gosto ruim, minimizar
o peso, disfarçar o cheiro. Se estamos rodeados de bajuladores, ainda temos
empurrões externos que nos ajudam na cegueira crônica. Um “amigo” invejoso
também nos empurra: “você está certo, siga em frente, seja firme”. Os
argumentos de agüentar a pressão usam o termo coragem de maneira incorreta.
Coragem tem quem enxerga os próprios atos com uma avaliação isenta, sem a
predileção pela satisfação egocêntrica. Coragem é de quem consegue sair de si
para se olhar com o olhar das vitimas dos seus atos egoístas. Se você prefere
se confortar na afirmação de que “os outros que se lixem”, deve saber que está
vivendo sem se deixar lapidar, sem crescer, sem evoluir... A lixa de que se
fala, lembremos, é a ação de Deus (ou da vida, como muitos preferem falar) para
nos lapidar. A disciplina de Deus para o nosso aperfeiçoamento. Costumo dizer,
quando alguém fala de uma pessoa que melhorou seu comportamento: “Deus
disciplina a todos”. Mas tem quem resista porque recusa a disciplina,
rebelando-se e procurando manter o jeito de ser, com dificuldade para
reconhecer os erros. O problema é que consegue adiar uma mudança, mas não
cancela o infortúnio que seus pecados cavaram e que só se agravam, quanto mais
passa o tempo ou você tenta maquiar. Considero de grande pedagogia para a evolução
humana o processo eleitoral do Brasil. O PT alcançou muito avanço na área
social, melhorou a vida dos mais humildes brasileiros, mas errou por outro
lado, permitindo a continuidade e até o agravamento da corrupção. Não
reconhecer esse erro está sendo o grande problema para se manter no poder. Uma
parcela significativa dos militantes do PT, que adora o partido como se a
ideologia fosse seu deus, pratica a idolatria. Ou seja, coloca o partido acima
da verdade e da justiça. A Palavra de Deus diz que devemos amar a Deus acima de
tudo e ao próximo, como a si mesmo. Se colocamos uma agremiação na frente de
tudo, agiremos contra nós mesmos, desvalorizando a vida e a liberdade humana. A
postura de alguns militantes é tirana, pois discutem política com disposição
para ofender um eleitor comum. Não podemos prever o que vai acontecer, mas digo
com experiência de muitas eleições e acompanhamento de pesquisas qualitativas
que, se o PT reconhecer os erros e pedir perdão por eles, uma parcela decisiva
da população pode lhe dar a vitória. E se não der, pelo menos o partido manterá
saúde para as próximas eleições.
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
Com paciência...
É no enterro da semente que cresce uma árvores cheia de
frutos e mais sementes. Foi na crucificação de Jesus que floresceu a fé com
frutos de paz, esperança e amor. Concluo, portanto, que é na derrota da sinceridade, da honestidade e das boas intenções, que creio germinar novas
forças pelo bem comum. Não sabemos interpretar os caminhos de Deus, mas
vislumbro que Ele amadureça o amor no coração da humanidade com sutileza, sem
pressa, transformando o mal no bem, a morte na vida, a derrota de algumas
batalhas na vitória da guerra, com o seu poder e sabedoria ilimitados. É comum aos cristãos serem humilhados, maltratados, torturados, martirizados... Porque o coração que está
em Deus atrai atrocidades, ódio, zombarias, mas perdoa e nesse perdão reside a semente da mudança.
O ato de perdoar frutifica amor que gera e multiplica as boas ações. Tenho
plena fé em Jesus Cristo, portanto na salvação de quem se arrepende dos pecados, e na preservação deste
mundo, quando o mal perecer. Porque o nosso Rei tem o controle de tudo e, embora a impiedade e a ganância
transmitam a fugaz sensação de vitória, desviando valores, distorcendo a interpretação sobre a
elegância e paciência de Jesus, o bem vem brotando... Século a século, geração a geração...
quarta-feira, 1 de outubro de 2014
O imponderável
A excessiva valorização das pesquisas eleitorais quantitativas,
da forma como é apresentada para os eleitores pela mídia, desvia o debate
político para uma espécie de corrida, produzindo uma visão superficial do
processo. Os candidatos investem tempo, dinheiro e esforços para dizer “estou
na frente”, “vou para o segundo turno”, “estou subindo, vou chegar, vou
passar”... Em vez de se posicionar sobre os diversos temas da administração
pública e, principalmente, de tornar claro o espírito do pretendido
governo. Esse comportamento flagra que até os candidatos e seus assessores se
perdem no processo, observando como torcedores, a movimentação dos números na
estatística da opinião pública. Vejo que alguns se abalam com os resultados das
pesquisas da semana. São os mesmos que festejaram os da semana anterior. O
candidato que diz “não acredito em pesquisas” é o mesmo que adora falar delas,
quando está na frente. Porque não é o caso de acreditar ou não. Os institutos
não manipulariam os resultados porque qualquer pesquisa feita pelos próprios
candidatos ou encomendadas pelo órgão de comunicação rival desmascarariam os
números forjados. As pesquisas encomendadas por alguns candidatos, sim, quando
o instituto não preza pela reputação e prefere o dinheiro imediato do que a
credibilidade da empresa. Já vi muitos casos de candidato pedir para alterar
números com o intuito de mostrar até aos assessores mais próximos, como forma de encorajá-los
na disputa e, assim, não perder apoio de prováveis oportunistas, do tipo que fugiria ao primeiro sinal de naufrágio. O cerne da
questão é que uma pesquisa quantitativa é mera fotografia (ou radiografia) de
um momento. Todos sabemos que política é dinâmica e que os fatos acontecem. Um
fato novo pode mudar o resultado. Um acerto ou (e principalmente) um erro de
comunicação pode mudar o quadro, de repente. Uma descoberta, por
exemplo... A conclusão de uma investigação... Ou mesmo uma fatalidade, como a do
Eduardo Campos. Devemos lembrar que a política é como a vida, ainda mais
intensiva: o imponderável pode mudar os rumos das coisas a qualquer momento.
Tenho orado muito pelo Brasil e sinto no coração (venho dizendo isto, neste
blog, desde o ano passado) que Deus vai oferecer ao país uma grande transformação,
a partir destas eleições. Assim, como espero em Deus o porvir nesta terra e no
Reino dos Céus, tenho fé de que o Brasil será uma grande nação, um exemplo para
todo o mundo.
segunda-feira, 22 de setembro de 2014
O amor desprende
A verdade, a liberdade, a coragem e o amor estão ligados de tal forma que, sem um, os outros não existem, e todos dependem da fé. Pegando carona na reflexão do Papa Francisco que, na Albânia, alertou contra “aqueles que, como no sistema comunista vivido em seu passado recente, têm medo da verdade e da liberdade, fazendo de tudo para banir Deus do coração do homem”. É, portanto, presumível que um regime totalitário não se estabeleça pela verdade nem pode alcançar o amor. Getúlio Vargas foi um ditador medíocre, mas brilhou em três anos e meio, quando eleito pelo povo, por quem, pode-se dizer, foi amado. O amor do povo e pelo povo o engrandeceu tanto e lhe deu tanta coragem que, diante da iminência de um novo golpe ditatorial, renunciou à própria vida, atrasando o golpe por dez anos, segundo historiadores, provocando, portanto, a própria morte para o bem da nação brasileira. O amor nos dá esse desprendimento, diferente do egoísmo que promove o apego e o medo da verdade. Quero deixar claro que não concordo com o suicídio, mas ressalto aqui a provável motivação de Getúlio. Essa história é bem diferente daquelas em que os governantes se apegam ao poder de tal forma que parecem cães com o osso, capazes de morder quem tem o potencial de lhes derrotar. Ou daqueles para quem vale tudo nas eleições e são capazes de caluniar, difamar, ou seja, na comparação feita por Jesus, o mesmo que matar os adversários, para conseguir chegar ao poder. Todas as revoluções armadas que aconteceram na história da humanidade foram seguidas de retaliações, injustiças, repressão. Quem conquista pela força tenta manter o poder pela força. Mas o medo da verdade se enxerga principalmente nos governos corruptos, para os quais a imprensa é inimiga, a oposição precisa ser "comprada", o povo precisa ser manipulado e ninguém pode ameaçar a manutenção do poder. A ganância humana pode levar o nível dos homens às profundezas do centro da Terra, ao próprio inferno, e não tem limites porque, quanto mais amor ao dinheiro, mais corrupto, mau e cego. Há uns meses, o Papa alertou que “a primeira coisa na definição de corrupto é alguém que rouba, que mata”. O caminho do egoísmo é matar o outro. Porque, para quem cultiva o ego, os outros existem para lhe satisfazer e, quando não o fazem ou ameaçam não fazer, precisam morrer, não servem mais. Veja que o egoísmo é o caminho para a corrupção, pois é assim que poucos roubam de muitos. Políticos, servidores públicos e empresários corruptos promovem injustiça em proporções devastadoras, além de darem mau exemplo e desanimar a muitos no caminho da honestidade e do amor ao próximo. Uma nação que deseja liberdade deve buscar a Deus, viver na verdade que trás consigo a justiça com amor, ou seja, sem ódio ou vingança. Apenas nessa liberdade plena, que só se alcança com a fé, sem medos portanto, é que se pode viver sob a lei do amor.
quarta-feira, 17 de setembro de 2014
Evolução?
Tive contato com atrocidades, por ter nascido no sertão da
Bahia, e presenciar na infância certos hábitos dos adultos contra crianças. Um
deles é o desrespeito total à infância, naquela época. As brincadeiras de afogar eram uma
delas. Porque nem sempre a criança que estava sendo forçada a engolir água no
riacho tinha confiança de que sobreviveria àquilo, era uma tortura. Meter medo
em criança, contando histórias de horror ou ameaçando com o sobrenatural, era
outra... Será que é por isso que Euclides da Cunha disse que o sertanejo antes
de tudo é um forte? E faço uma analogia com o hábito de alguns, denunciado por
Luiz Gonzaga em célebre composição, de furar os olhos do Assum Preto “pra ele
assim cantar mió”... Claro que o poeta só é grande quando sofre. Todo
deficiente de um sentido é compensado com o desenvolvimento de outro. Mas o que
é ideal ao ser humano? Ficar cego para ouvir melhor? Ficar surdo para enxergar
com mais clareza? Ficar paralítico para usar melhor o cérebro? Perder um grande
amor para ser cético e, portanto, livrar-se do romantismo? Ser torturado para
endurecer o coração e não chorar por qualquer bobagem? Sofrer muito de ciúme
para se calejar a esse tipo de dor e parar de sonhar com o relacionamento
ideal, banhado de lealdade? Ser “corneado” para se acostumar com a infidelidade
geral? Falir duas, três, quatro vezes, para aprender a não confiar em bancos,
sócios e clientes? É esse o ideal de desenvolvimento do ser humano? Perder algo
pra ganhar outra coisa duvidosa? Ou será que é exatamente a estratégia do mal,
de inibir a credulidade, combater a coragem e endurecer o coração? Quando o
homem depara com um relacionamento com o Criador, tudo isso cai por terra.
Primeiro, o sertanejo forte não se entrega a Deus, pois, como Paulo diz, com
Deus, só na fraqueza que se fortalece. Segundo, quem endurece o coração tem
problemas em compreender a existência do amor incondicional e confiar em Deus.
Terceiro, quem tudo malicia e não se dispõe a perder essa desconfiança não
chega nem à página 2 da caminhada da fé. Quarto, quem aprendeu a driblar a dor
com excessivo senso de humor, não assimila a superação guiada por Cristo que
ensina a não fugir, mas aceitar tudo com resignação. Quinto, essa psicologia do
mundo, de que um vai empregando sofrimento ao outro para que todos se fortaleçam,
tipo preparação para a lei da selva, é contrária ao ideal de Deus que deseja
que vivamos sob a lei do amor que não é a do mais forte nem a do que tem mais
dinheiro. Nem vou enumerar os outros itens para defender que é melhor um Assum
Preto livre e enxergando bem do que o canto que só encanta aos impiedosos.
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Sinal do Reino
Uma vez me contaram uma pretensa piada, de um homem que
disse ao filho, uma criança de cerca de dois anos, para pular de um balcão nos seus
braços. Quando a criança pulava, ele tirava os braços para a criança cair no
chão. O filho, ainda chorando, ouvia do pai, segundo o humorista:
“isso é para você aprender a não confiar em ninguém”. Existe uma sub-cultura alimentada por teorias de psicologia que defende
que a evolução depende das maldades que as pessoas fazem contra as outras.
Então, a exemplo do pai estimulador de reservas, o patrão nervoso dá broncas na
frente dos outros para que o funcionário tímido sinta vergonha e melhore. O cliente do restaurante grita com o garçom,
depois se explica pra namorada: “tenho que fazer isso pra ver se esses caras
ficam mais eficientes; é pro bem dele”. A mulher provoca ciúme no seu admirador para que ele se acostume com esse tipo de cena e não a cobre atitudes preventivas. O homem não telefona para a mulher, quando vai se atrasar,
para que ela não se acostume com essa atitude e exija o mesmo toda vez que ele resolva se desviar do
caminho de casa. Não é isso que Jesus nos ensina. Quando o Mestre nos diz para
ser o sal da Terra, Ele nos anima para ser doce, manso e confiável, para que as
pessoas ao nosso redor sinta o sinal do Reino de Deus. De modo que a
convivência desperte a observação sobre a bondade e a confiança na vida, alimentando,
diante de atitudes nobres, a esperança de algo muito melhor do que a dura
realidade que o mundo nos apresenta hoje. Então, a verdadeira evolução não acontece
com as dificuldades, mas com as demonstrações de amor e solidariedade. A manifestação
de impiedade nos desanima, contribui para que não acreditemos na vida. A
compaixão, ao contrário, nos diz que algo melhor existe e pode predominar. Servir
a Deus, portanto, é ser um sinal do Reino Dele, demonstrando confiabilidade,
bom caráter, aconchego. A criança que confia no pai vai confiar mais facilmente
na Palavra do Pai. O funcionário que vê bondade no patrão arrepende-se de ter
negligenciado em alguns momentos e tenta melhorar, movido pela consciência. O
garçom perdoado pelo cliente tenta melhorar o atendimento, não por medo que
gera revolta, mas por amor. O homem apaixonado por uma mulher honrada se
ajoelha e agradece a Deus pela sorte. Igualmente, a mulher do marido confiável dorme
bem melhor.
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Mais Educação 2
Na nota anterior, defendi que Educação tem mais a ver com
dignidade do que com conhecimento, embora o conhecimento seja fundamental à dignidade humana.
Conhecimento sem amor, contudo, gera arrogância, uma sensação de superioridade
em relação ao semelhante que pareça saber menos. O amor ao próximo, que considero gerar o amor político, motiva a
busca pelo bem comum. Uma boa educação sempre promove o desenvolvimento desse
amor, que está além do respeito. Trata-se de um querer bem que faz o possível pela
dignidade alheia. Ao priorizar a Educação, o Brasil, os estados e os municípios devem investir principalmente nos
professores, tanto em capacitação como na qualidade de vida desses
profissionais que conversam diariamente com o futuro deste país. Sinto que o
Brasil que sonhamos é viável, não por causa de mudanças prometidas
por mãos humanas, mas pela misericórdia de Deus que ouviu o clamor do nosso
povo. Tenho fé que ainda este ano daremos um passo decisivo para uma nova história.
terça-feira, 12 de agosto de 2014
Mais Educação
Desde que Cristóvão Buarque aproveitou uma campanha
presidencial para eleger a Educação ao posto de prioridade número um, a maioria dos candidatos, seja proporcional ou majoritário, grifou com honras, no topo das respectivas plataformas, o setor de Educação. Mas acho o tema muito abrangente para ser defendido apenas como investimento em escolas. A má educação se reflete no
comportamento e, quanto mais projeção dos maus exemplos, mais se compartilham
os desvios de valores e a má conduta. Precisamos lembrar que educação não se
trata de conhecimento nem de títulos nem de prêmios, mas de comportamento respeitoso, cidadania, amor
ao próximo. O Brasil
novo que almejamos deve resgatar valores a respeito da cidadania. Devemos investir em escolas públicas, mais ainda numa mensagem governamental que promova a estruturação das famílias. A escola ensina, mas é a família que educa. Sem ela, podemos ter muita gente letrada desrespeitando um ao outro. Temos que pagar bons salários aos professores, num plano de carreira que proporcione prazer em ensinar. Falta educação num pais
que não compartilha dignidade. Educação tem mais a ver com dignidade do que propriamente conhecimento. É evidente que o conhecimento contribui com o comportamento, mas não é tudo. A educação no sentido abrangente depende muito é de amor. O amor político, medida pelo exercício da cidadania, pela cota de participação nos rumos da sociedade, pode contribuir por uma Educação capaz de transformar todo o País. Está aí uma revolução que precisa
acontecer de cima para baixo, pois quem tem mais projeção é quem mais “ensina”. Peço a Deus, constantemente, que erga uma luz de liderança em todo o território nacional, que eleja novos líderes para o Brasil. Nosso povo é humilde, crédulo, disposto a corresponder a uma nova ordem. Só precisa de boa liderança. Que nosso Senhor Jesus, o verdadeiro e único Rei, assuma de uma vez esta Nação.
sábado, 9 de agosto de 2014
No caminho
Desde que me entreguei inteiramente a Jesus Cristo, em
Outubro de 2011, venho exercitando a fé, sob orientação Dele. Tenho recebido muitas bênçãos. Fui obedecendo as orientações de Jesus e, aos poucos, percebendo os resultados, muito
acima das expectativas. Uma das coisas mais importantes, ao meu ver, foi a orientação de trabalhar por
caridade e a viver de caridade. Essa experiência tem pouco mais de dois anos.
Com isso, passei a viver da clara e divina providência. Convidam-me pra comer, minha irmã me dá alguma ajuda, um
amigo pagou minha hospedagem num hotel e depois me emprestou uma casa pra
morar, meus amigos pagam minhas
despesas, quando me convidam pra sair. Isso acontece com naturalidade... E todo trabalho que me encomendam, faço com amor, sem cobrar. Com essa experiência, percebi com mais clareza a mão de Deus cuidando de
mim. Ganhei muito, perdendo o hábito de agir por ambição. Acostumei-me a viver com o que Deus
deseja pra mim. Não ajo conforme meus próprios desejos. Eu trabalho, mas é por amor (não por dinheiro) e tudo que recebo, sinto claramente que vem de Deus. Tenho vivido apertado, sem dinheiro, repetindo roupas, mas tem sido emocionante
notar gestos solidários de amigos, movidos pelo amor do Senhor. É uma experiência maravilhosa. E o resultado, ainda mais. Nos
momentos de muita frustração, quando algo que espero acontecer, que dou como
certo, não acontece, aceito sem revolta. Posso até me entristecer por sair diferente do esperado, mas não me consumo, não me culpo, nem me revolto. Pois sei que só acontece o que Deus quer e só o que Ele quer é
verdadeiramente bom pra mim e para as pessoas da minha convivência. Ganhei resignação, portanto. E a ausência de
ganância também é uma segurança de que não vou atropelar ninguém. Pois é comum que as
pessoas desejem tanto algo e, para conseguir, acabem disputando e passando
outros pra trás, agindo de maneira antiética, com movimentos agressivos
que, queira ou não, machucam pessoas. Neste momento, depois de ver a maneira com que lidei com algo que me contrariou demasiadamente, posso dizer feliz
que a cura é ampla e consistente. Testemunho que Jesus fez esse milagre em mim, transformando-me com processos
lentos, muita elegância, muito carinho. Algumas provações podem ter sido difíceis,
aos olhos de outras pessoas (que me diziam), pois na minha percepção não foram
tanto assim. Até porque a primeira coisa que aprendi foi a depender de Deus. Entrego tudo nas mãos de Cristo. E me sinto constantemente encorajado e animado por Ele. Cresci na fé, ganhei muita paz e confiança, e me sinto livre para amar e viver sob a lei do amor. Dou esse testemunho com muita alegria e vontade de compartilhar a experiência. Ainda tenho muitos defeitos e nem imagino me livrar de todos eles, mas estou satisfeito com o pouco que consegui até agora. Tenho sonhos maravilhosos, inclusive de servir ainda mais a Deus, mas lido com eles com paz, muita confiança de que realizarei tudo o que foi semeado por Ele, mas sem pressa. Pois o tempo pertence ao meu Senhor que sabe todas as coisas.
sábado, 2 de agosto de 2014
Companheirismo e erotismo
Mais importante que a arte de receber pessoas em sua casa, considerada
primordial pelos orientais, é a arte do companherismo, na minha opinião.
Lembro-me de um livro que li na infância, que dizia, mais ou menos assim: “um
companheiro de jornada não pode falar muito nem fazer longo silêncio; para ser
uma boa companhia, há de haver um cálculo preciso pelo equilíbrio”. A dádiva do
companheirismo é uma das coisas mais extraordinárias e agradeço a Deus sempre
por isso. Tenho amigos sintonizados comigo em humor, alegria, entusiasmo e é
sempre maravilhosa a companhia. A amizade é dos compromissos mais prazerosos,
quase não visto como compromisso, exatamente pelo quanto natural se move. Os
bons amigos são leais sem fazer esforços. A lealdade, aliás, é fundamental em
todas as relações e, na amizade, natural e auto-estimulada. Infelizmente, nem
todos os casais são amigos, pois a amizade seria um ingrediente essencial na
boa relação de um casal. A atração erótica, quando cultivada precocemente numa relação amorosa, muitas vezes antes de conhecer e, algumas,
sem sequer saber o nome... Esse avanço da intimidade, antes de outras etapas do
conhecimento, ao longo do tempo, apresenta sintomas quase sempre irreversíveis,
como ciúme exagerado, desconfianças e conseqüente desarmonia. Se o encanto
mútuo é a semente da boa relação, o cultivo exagerado do erotismo, no início,
provém da paixão, normalmente imprudente, que deseja realizar uma colheita
afoita, muito antes da hora. Se a amizade não se desenvolver no início do
processo do conhecimento recíproco, fica difícil surgir depois, quando já se
misturaram os corpos e, inflamados pelo excesso de intimidade, mediante falta
de conhecimento um do outro, as brigas de casal fazem uma rachadura na
estrutura da convivência. Para realizar a força de uma paixão de maneira a
cultivar uma relação com longevidade, há que conter esse ímpeto próprio da
paixão e exercitar o companheirismo. Não estou defendendo, como se fosse um estraga-prazer,
o esfriamento da paixão, nem o calculismo na relação. Ao contrário... A respeito de prazer, não há nada que não fique mais gostoso no exercício
do adiamento. Pior é banalizar. Valorizando, torna-se especial e
duradouro. A arte do companheirismo bem aplicada na relação de casal pode mudar
paradigmas articulados pela onda do sexo livre, estimulada pelo consumismo. Banalizar
o que temos de mais sagrado é a estratégia que o mercado achou para lucrar mais
com a nossa infelicidade.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
Bastidores
Nos bastidores, em que se desenham candidaturas majoritárias, muitas lideranças são interrompidas no crescimento, muitas sementes são impedidas de se lançarem ao solo carente, esse cenário político empobrecido de idealismo e de verdadeiro compromisso com o povo. O
Brasil precisa de mais políticos de bastidores desprendidos, idealistas, que saibam valorizar os jovens talentos, que saibam estimular a participação popular, que não se prendam a interesses, que não tenham medo
de alimentar a ascensão de alguém livre dos vícios, ou seja, fora da "panela". Porque é disso que o nosso país precisa. O verdadeiro líder é o que promove o
crescimento da equipe, seja no governo ou na oposição, oferecendo espaço aos mais entusiasmados, sensatos, honestos e, portanto, corajosos. Não se
exerce liderança com repressão. A verdadeira liderança é motivadora,
libertadora... Os partidos brasileiros, com raras ou talvez desconhecidas
exceções, é uma mesa cheia de pratos fartos de gostos variados, mas dominada por uma minúscula panelinha, quase sempre amarga, protegida por estatutos e astutas articulações. A
participação é inibida. Dificilmente, promove-se disputa de chapas para as
candidaturas executivas, a pretexto de não possibilitar racha no partido. Esse
pretexto esconde a manipulação de dirigentes que temem o surgimento de novas
lideranças. Pouquíssimos mandam e retêm o poder interno dos partidos, tolhendo
qualquer manifestação espontânea de liderança nova. Por isso, são sempre os
mesmos que disputam as eleições majoritárias. Mas digo que se algum partido
brasileiro fosse ousado suficientemente para lançar alguém novo à Presidência do
Brasil, com mentalidade totalmente livre do padrão desgastado e infértil, teria
muitas chances de ganhar as eleições deste ano. Enganou-se quem deu como provável
a vitória da Dilma. Se ela se reeleger é porque não surgiu nada novo. Pois o brasileiro
está cansado, desanimado, incrédulo, caminhando a passos largos para a desesperança na política, o que
seria um desastre. Digo "seria" porque mantenho ainda a esperança de uma extraordinária
reviravolta. Digo aos dirigentes partidários, cujas siglas orbitam o PT ou o PSDB: vocês
estão conformados com a condição de coadjuvante dos seus partidos porque não sabem o quanto poderiam colaborar com a nação brasileira, motivando filiações dos jovens e estimulando o surgimento do novo.
quinta-feira, 10 de julho de 2014
Depois da derrota
A pior maneira de enfrentar uma derrota é procurar um culpado,
apontar erros, fazer cobranças sobre o que já passou... A derrota é
oportunidade para aprender, principalmente, a sermos humildes e mais solidários. A
superação sobre uma derrota se constrói sobre o perdão, jamais sobre a insistência
da troca de acusações. É
preciso perceber a força do imponderável e a incapacidade do homem sobre o seu
próprio destino. As adversidades acontecem com uns e com outros. Num
momento, alguém sofre uma tragédia. No outro, é a vez de outra pessoa. Ninguém está livre
de passar por situações difíceis. Nem pode perder a
esperança de que sua vida pode melhorar, de uma hora para outra. Como diz
Caetano, “cada estrela se espanta à própria explosão”. Não podemos prever o
futuro, mas devemos ter esperança. Devemos ter ciência da nossa fragilidade, mas confiar no apoio de Deus. Ganhar ou perder faz parte
da vida. O que não podemos perder, como nos ensina Jesus Cristo, é a alma. Para
isso, não podemos ter uma atitude destrutiva de acusações, maldizendo irmãos,
culpando e aumentando o fardo de quem já sofre com a própria experiência da
derrota. Nos momentos difíceis, devemos nos abraçar e apoiar uns aos outros.
Sim, estou falando da Seleção Brasileira que tantas alegrias já nos deu. E do
Felipão que chamamos assim, justamente pelo carinho que desenvolvemos por ele.
O técnico “paizão” que estreita vínculos com os jogadores, estimula, aposta,
demonstra lealdade, não pode agora ser apedrejado. O Fred, que tantos gols fez pela
nossa camisa, não pode agora ser massacrado. Os alemães são aplicados,
entrosados, frios emocionalmente. Os brasileiros são criativos, talentosos e
com grande capacidade de improvisação. Ninguém é melhor que ninguém. Os diferentes dons de Deus são distribuídos entre as pessoas. Somos apenas diferentes. O resultado de um jogo, por mais humilhante que seja, não apaga a
tradição do melhor futebol do mundo, provado pelo título de pentacampeão e pela
propalada admiração mundial. Não temos o direito de invejar os estrangeiros. Na
verdade, em nenhum aspecto. Que Deus perdoe nossa ingratidão e continue nos abençoando.
Este ano tem eleição e podemos fazer muitos gols, combatendo a corrupção e
promovendo o bem comum.
terça-feira, 24 de junho de 2014
Pela virtude
A credibilidade dos políticos está abalada. A cada eleição, cresce a
abstenção de eleitores, certamente, com poucas esperanças de alcançar um bom
resultado com a eleição de candidatos. O desânimo de grande parte dos brasileiros é visível. Isso se deve aos erros da
própria classe política que vê passiva ruir a sua autoridade, não importa o
mandato, o cargo, o status... Político, no Brasil, virou termo pejorativo. O
que mais me faz lamentar é o quanto considero nobre a atividade, não só pelo
que se pode fazer, mas também pela exigência de espírito cívico. Um bom político
precisa reunir vocações e conhecimentos interdisciplinares. Precisa ter
sensibilidade para lidar com as relações humanas. Deve ser articulado para se
comunicar, pois a comunicação é sua principal ferramenta. São inúmeros os
atributos que formam um bom líder político e a sabedoria também é necessária,
acompanhada de seus anexos invioláveis e não menos importantes, como a
humildade, a coragem e a sinceridade. Mas, acima de todas essas
características, e certamente o que justifica todas as outras, é necessário a
um bom líder o amor. O amor, no seu significado mais amplo, que se distingue
pelo amor a Deus, acima de tudo, e ao próximo como a si mesmo. É esse amor que
se destaca no espírito de cidadania e leva o líder a se sacrificar pelo bem de
muitos. Esse amor político, na minha opinião, é o que mais tem faltado a alguns
que, em vez de buscar o bem comum, acabam entrando na política por motivos
egoístas ou caindo nas armadilhas do poder. O oportunismo desonesto tem sido uma característica predominante. Quem age com desonestidade não
cresce no amor e, portanto, impede a própria sensibilidade. Quem enxerga mal age
mal. Turva, enfim, a real missão da atividade política. Devido a esse
comportamento, geralmente motivado pela ambição egoísta, a população brasileira
está desanimada e acaba se referindo ao político como bandido. Isso é
lamentável porque a ausência de credibilidade política rouba a esperança do
povo. Se os corruptos só roubassem dinheiro, não fariam tão mal à sociedade.
Mas, quando agem com egoísmo e desonestidade, acabam roubando também a alegria,
a esperança e o ânimo para a manutenção das virtudes, afetando a cultura de
todo um povo. O mal exemplo é um dos piores males porque contagia outras pessoas,
ensina muitos a cometerem o mesmo erro. A Bíblia fala da inveja dos ímpios,
como um perigoso aspecto humano, em potencial. O bom homem vê o ímpio
“prosperar”, isso porque as riquezas iludem, e sente inveja, o desejo de ser
igual para obter aquele aparente benefício. Imagine isso em proporções
midiáticas, como ocorre no Brasil, em que o povo assiste na TV, lê nos jornais,
ouve no rádio, sobre os escândalos e nada ou quase nada, acontece com os
responsáveis. Repetida projeção de políticos e empresários desonestos, enriquecendo-se
ilicitamente, protegidos pela impunidade... Fica difícil para um cidadão
honesto manter sua postura, que, apesar de ser prudência, não deixa de ser um sacrifício por respeito ao
próximo. Mesmo assim, a maioria mantém. O temor a Deus, portanto, é
indispensável para que o caos não se instale e o país não entre em colapso.
Fico triste com essa realidade. Não são todos os políticos que são desonestos,
mas os que o são acabam manchando a imagem de toda a classe. Creio, entretanto, que
Deus ouviu o clamor do nosso povo e já está trabalhando para mudar o Brasil.
Tenho fé que a nossa Nação dará exemplo a todo o mundo, de superação e transformação
da sua realidade. Pois Jesus é especialista em regeneração.
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Exemplo de Jesus
Conheci muitos políticos nessa minha humilde experiência de estrategista
político e publicitário de campanhas eleitorais. E vi algumas disparidades.
Líderes com ideais de direita, demonstrando total insensibilidade com a
multidão miserável, defendendo o privilégio dos ricos, mas sendo muito
atenciosos com os seus auxiliares diretos, procurando atender as necessidades e
perdoando facilmente as falhas. E vi também líderes muito preocupados com os
pobres e os indefesos, com um discurso e posicionamento públicos coerentes, mas
sem a mínima atenção para com a seus pobres e indefesos colaboradores
(próximos). No caso dos políticos de direita, eu achava que a diferença de
comportamento, na intimidade, se tratava de uma compensação que pudesse esconder
a culpa do posicionamento opressivo. E enxergava a incoerência dos políticos de
esquerda, na intimidade, como algo a ser relevado, pois defendia que o
importante era o homem público, já que de perto ninguém é normal. Ao mesmo
tempo, porém, eu alertei alguns que negligenciavam seus subordinados mais
próximo, a respeito do desconforto e mágoa que provocavam entre esses assessores, afirmando que imagem
é o mesmo que jogar uma pedra no meio de um lago: as ondas provocadas podem
demorar de chegar às margens, mas uma hora chegam. Hoje eu digo que Deus, o
nosso Senhor, que a tudo vê e julga a todos conforme o que fazemos abomina as
duas posturas. Pois que Jesus exemplificou o amor ao próximo com o bom
samaritano, aquele que cuida de quem vê em situação de necessidade e cuida,
mesmo não conhecendo, ou seja, reconhecendo o irmão (semelhante, filho de Deus).
Mas Jesus também teve episódios em que revelou piedade da multidão (sem um
líder). Penso hoje que um bom líder é aquele que revela a piedade dos que não vê,
não conhece, mas sabe das necessidades, e que também age com amor e compreensão
com seus seguidores mais próximos, a exemplo de Jesus, que era um líder servidor
para com os seus discípulos, inclusive lavando os pés dos mais próximos. Então,
quero desmistificar o marketing da esquerda e os subterfúgios da direita: todos
somos pecadores e exacerbamos no egoísmo. Mas podemos melhorar. E o melhor posicionamento
político não está entre as trincheiras da esquerda e da direita. Está no
Alto, sob o comando do Rei, nosso Senhor Jesus Cristo. Para o bem e salvação
de todos.
segunda-feira, 16 de junho de 2014
Exemplo de Davi
Admiro toda manifestação de desagravo, que acho um gesto
belo de solidariedade. E acho também que xingamento é uma deselegância inaceitável. Mas desqualificar as vaias contra a presidente Dilma, na abertura da Copa do Mundo no Brasil, com argumentos que enfatizam a velha luta
de classes, sinceramente, considero imaturidade política. Acho uma irresponsável atitude que suscita sentimento de guerra: brasileiros contra brasileiros. Tudo que recebemos com resignação, inclusive
a adversidade que nos corrige, é transformado num bem maior. Alguns correligionários e aliados de Dilma rotularam os manifestantes de "elite", na tentativa de desqualificar o descontentamento evidente de parte da sociedade. Não podemos achar que tudo se trata de comportamento reacionário, pois que a maior reclamação dos descontentes é com os escândalos e a falta de combate à corrupção. Culpar a mídia também é uma forma de evitar a reflexão apropriada e a correção sobre os próprios atos. Ora,
temos que saber sempre que tudo que acontece é porque Deus permite, sempre com um propósito benéfico à evolução humana. Ao meditar sobre
o assunto, lembrei-me do exemplo do Rei Davi que, entrando numa cidade, foi
agredido verbalmente por um homem que também lhe jogava pedras. Em vez de reagir, Davi
assimilou aquilo como algo que merecia, reconhecendo
seus erros. São inúmeros casos de vaias públicas que resultam numa situação melhor para a quem a recebeu, pois a humilhação pública é um dos caminhos da correção. Devemos admitir que nada acontece por acaso. Vejamos o exemplo de Davi: “Então Abisai, filho de Zeruia, disse ao rei: ‘Por que esse cão morto
amaldiçoa o rei meu senhor? Permite que eu lhe corte a cabeça’. Mas o rei
disse: ‘Que é que vocês têm com isso, filhos de Zeruia? Ele me amaldiçoa porque
o Senhor lhe disse que amaldiçoasse Davi. Portanto, quem poderá questioná-lo?’
Disse então Davi a Abisai e a todos os seus conselheiros: ‘Até meu filho,
sangue do meu sangue, procura matar-me. Quanto mais este benjamita! Deixem-no
em paz! Que amaldiçoe, pois foi o que o Senhor lhe mandou fazer. Talvez o
Senhor considere a minha aflição e me retribua com o bem a maldição que hoje
recebo’, (2 Samuel 16:9-12)". Davi não era o homem segundo o coração de Deus
porque era perfeito, mas porque era sensível, reconhecia e confessava seus erros, e corrigia seus atos. Veja como ele livra o seu agressor de uma retaliação. Naquela época, a execução
de um agressor do rei seria normal. Mas Davi tinha um coração misericordioso. Evidente que Deus não mandou o povo xingar a Dilma, pois isso não provém da Sua elegância, mas a permissão do vexame público (com repercussão internacional) é uma grande oportunidade para a presidente meditar sobre os rumos do governo. Portanto, lamento muito essa reação dos torcedores da Dilma contra os
torcedores do Brasil que estavam no estádio. Acho gol contra, pior que o de Marcelo, que inaugurou a Copa com um gol contra a própria Seleção. Não consigo aceitar o argumento de ser mera "dor de cotovelo da elite", pois tive acesso a pesquisas qualitativas que apontam outra coisa. Também conheço pessoas tão pobres quanto eu que estão descontentes, lembrando que o principal motivo do descontentamento é o maior problema do Brasil, a evasão de recursos por causa da corrupção e do desperdício. As ações da Polícia Federal, até 2008, que colocaram na cadeia vários corruptos poderosos, foram inibidas com a saída do diretor geral de então e a consequente perseguição contra o chefe da Inteligência, o delegado e agora deputado federal, Protógenes Queiroz. Com isso, Daniel Dantas, Maluf e outros banqueiros, investidores e políticos estão soltos. Mas a evidência que o tiro foi no pé é que, ironicamente, petistas foram presos. O que esperar do destino de um governo que desanima a nação em que um exemplar servidor recusa propina de 5 milhões de dólares e depois é perseguido dentro da própria instituição? Dizer que os governos anteriores eram corruptos também não é argumento. E ainda faço uma ressalva: se parte da população está revoltada com o atual governo é porque a expectativa era maior e foi frustrada. Lamento essa mania de se nivelar por baixo ou ressaltar avanços louváveis para compensar uma falta grave. Errar é humano, mas é preciso ouvir a consciência e aproveitar os sinais que nos alertam para corrigir os erros, como fez o Rei Davi, superando o grave pecado.
quarta-feira, 11 de junho de 2014
Heroísmo é preciso
Quando Ayrton Senna ganhava uma
corrida e fazia questão de celebrar a vitória com a bandeira brasileira, ele
sabia que estava compartilhando o resultado de sua luta individual com a o
sentimento coletivo. Ayrton servia generosamente ao povo brasileiro os frutos do
seu sacrifício. Enquanto alguns esportistas sentiam vergonha do Brasil, ele enfrentava
o mundo e retaliações da mídia européia com a honra de ser brasileiro. O povo
brasileiro é carente de heróis, capazes de dividir suas vitórias com a Nação e, assim, estimular a todos com a ideia de que "é possível vencermos".
Muitos sucumbem à troca de farpas entre opositores políticos, a quem a ambição
pelo poder é muito maior do que o amor cívico, e entram no jogo orquestrado por parte da mídia, de desvalorizar o Brasil, espalhando um gosto ruim entre os brasileiros, para
forçar a instabilidade governamental, instigando a sua impopularidade. Por
outro lado, os governantes não são prudentes no trato com o dinheiro público,
concentrando-se mais nos projetos de poder do que na honra e na qualidade de
vida da população, agindo com desonestidade, dando margem ao surgimento de
escândalos. Assim, temos um prato cheio para quem tenta a todo custo depreciar
o Brasil para dominar o Brasil. Por conta disso, estamos todos apáticos, sem
grande entusiasmo, diante da Copa do Mundo a ser realizada aqui, embora sejamos
uma das seleções favoritas. Nem lembramos direito de quando nos sentíamos vitoriosos, juntos com Ayrton. Nem como nos alegramos nos mundiais que ganhamos. Pois
colocaram um gosto ruim na nossa boca, estamos envergonhados. Apesar da tristeza, vejo um cenário
apropriado para uma grande mudança no País. Sinto tudo conspirar a nosso
favor. Percebo o quanto o povo espera por algo novo, uma esperança maior, capaz
de nos mover a todos para uma só direção. Já escrevi aqui neste blog que a
maior obra que um governo pode oferecer a seu povo é espiritual, uma obra de
comunicação. Continuo acreditando e sinto que é isso que falta ao povo
brasileiro. Primeiro, através de bons exemplos. O brasileiro precisa enxergar
uma valorização sincera das virtudes humanas, partindo dos líderes políticos e
da mídia, uma comunicação que cultive a cidadania, os bons costumes, o amor ao
próximo. Nas pesquisas qualitativas que tenho visto, a sensação do povo é de
que, no Brasil, só se dão bem os desonestos e que, aqui, “é cada um por si”. Isso
é preocupante. Os governantes deveriam buscar uma solução para mudar isso, diariamente, mas nada fazem nesse sentido. Enquanto isso, alguns opositores querem irresponsavelmente potencializar o
veneno, espalhando um sentimento ruim, em vez de apresentar o antídoto. Porém,
erram, pois em nada semeiam para uma nova esperança. Sinto que as cartas ainda
não estão na mesa do processo eleitoral. Pois o Brasil precisa urgentemente de
uma liderança nova, de um discurso novo, de um farol benevolente, apontando para um
caminho óbvio, mas que ninguém está vendo por causa do desvio dos valores e do
egoísmo cultivado pelos líderes políticos, que agem bem diferente de Ayrton
Senna do Brasil.
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Boa companhia
Diriam os fariseus: “diga-me com
quem andas, que te direi quem és”. Preconceito. Usaram isso para julgar Jesus
Cristo que andava com os pecadores, exatamente porque eram os necessitados da
sua salvação, e não perceberam o Messias, apesar dos sinais inequívocos. Eu trocaria essa frase por algo como: diga-me com quem andas,
quando estás, aparentemente, só que eu te direi como te sentes. Sim, pois creio que mesmo um
ateu, se não lhe é exacerbado o ego, ouve a voz de Deus no seu coração. Por isso muitos são éticos e amam o próximo. Mas
uma pessoa que tem um ego inflado, não. Apesar de Deus jamais lhe abandonar, ele não nota, o ego não deixa. É impossível as duas companhias, pois
quanto mais ego, menos sente Deus na sua vida. Vejamos o que acontece com alguém que anda com o
seu ego gigante do lado... O ego é uma companhia melindrosa, buscando o tempo
todo por notoriedade, comparando-se com os outros, a todo instante. Passa por
alguém que não lhe cumprimenta, o ego já tenta lhe impor alguma mágoa, pois
é muito sensível ao desprezo: "EU sou tão importante, como pode essa pessoa me ignorar"? Questão egocêntrica... O ego é aquela companhia que lhe instiga para a
briga pelo menor motivo e, até por isso mesmo, lhe deixa morrendo de medo de tudo,
principalmente de ser desprestigiado. O ego lhe induz ao erro, pois está sempre
julgando e dando um gosto ruim a todas as possibilidades. Quanto mais inflado,
mais terrorista: “eles estão olhando torto pra MIM, do que será que estão
rindo”? Mas o ego pode ser também um grande incentivador (ao erro): "EU sou o melhor
daqui, vou mostrar a eles quem EU sou”. O ego é um grande
competidor. Ama humilhar os mais fracos e, com a mesma covardia, borra-se, diante dos que
julga mais forte. Essa é a influência de quem anda com o ego. Vejamos o que
acontece com quem anda com Deus... Alguém não o cumprimenta e Deus te diz pra ter compaixão, nunca se melindrar. Compreender que a pessoa está mal humorada ou pode estar sofrendo algum estresse, geralmente, por não confiar que o Senhor cuida dele também. Estresse é falta de fé. Pois quem segue a Jesus, mesmo na adversidade, mantém a paz. Diante de qualquer perigo, Deus nos acalma, como se dissesse “fique tranqüilo,
nenhum mal vai lhe acontecer”. Andando com o Senhor, você trata melhor as pessoas. Deus é aquele Amigo que divide a piedade com você, compartilhando sua visão e sentimentos sobre as dores de cada pessoa, seus problemas pessoais, nos estimulando a amar e, portanto, nunca julgar. O Senhor Jesus nos anima a ajudar as pessoas e nunca cobrar coisa alguma, pois Deus se agrada dos atos de caridade. A cobrança é um sintoma da ausência ou deficiência do amor. Com
Deus você pode fazer uma reclamação a respeito de alguém, com a certeza de que
Ele não lhe estimulará a se vingar daquela pessoa, o que seria bem diferente da resposta do
ego que sempre nos exalta e, assim, nos instiga à hostilidade vingativa. Deus nos conduz a perdoar, sorrindo, nos ensinando a não guardar mágoa de ninguém. A companhia de
Deus não é só agradável, alegre e bem humorada, mas é construtiva e a gente vai se
tornando uma pessoa melhor, a cada dia. Eu sugiro que leiamos o Evangelho,
imaginando Jesus ao nosso lado, dizendo aquelas coisas a respeito de tudo... E,
depois, iniciarmos um exercício de imaginar Jesus nos aconselhando no dia-a-dia,
baseado no Evangelho... Quando menos esperarmos, estaremos com Ele. E perceberemos pelo espírito, Ele sorrindo e nos dando a maior força... Não obstante a isso, também nos corrigindo e nos conduzindo ao arrependimento dos pecados.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
Auxiliar
Tenho um amigo que conseguiu ajudar e a elevar algumas pessoas. Tem um talento incrível para encaminhar jovens,
estimular gente profissionalmente, apontando caminhos, dando conselhos, mas,
acima de tudo, transmitindo carinho. Ontem estive com ele e um dos seus, e foi fabuloso admirar o mestre e o aprendiz, conversando de igual
para igual. Depois que o “aluno” saiu, falei para o amigo, o quanto gostara de
ver a estatura atual do seu pupilo e enfatizei o talento de formar
pessoas, lamentando inclusive não ter conseguido o mesmo com alguns que
passaram por mim. Admiro essa vocação que obtém resultados humanos visíveis,
que podem ser contemplados facilmente. Alguns professores desperdiçam essa
missão, muitos patrões perdem essas oportunidades que Deus oferece. Porque todo
relacionamento, seja com quem for, contém esse natural objetivo de auxílio ao
crescimento pessoal. Ao me referir ao exemplo do meu amigo, estou focando
precisamente a relação de trabalho patrão ou chefe com empregado ou
subordinado. Que iniciativa maravilhosa de alguém, ao ter ascensão profissional sobre outra,
aproveitar a oportunidade para ensinar com paciência e elevar com generosidade e, jamais, para tolher ou rebaixar. O
exercício do perdão é essencial nessa, como em toda relação, pois ninguém consegue conviver
com alguém por um longo período sem passar pela necessidade de perdoar,
evitando conflitos graves e o rompimento, sempre um desperdício para ambas as partes. Devemos sempre mirar a superação dos problemas, sem rupturas que deixam ressentimentos e inimizades. A compreensão se faz indispensável,
do contrário o afeto nem chegaria a existir. Há que compreender as diferenças e
as limitações do outro, para amar. Fico imaginando os estragos que fazem os
patrões incompreensivos, exigentes demais e, muitas vezes, invejosos... As
humilhações, assédios psicológicos costumam mutilar
espiritualmente, rasgam almas. Este amigo, a quem me refiro, se sente honrado pela
obra que tem realizado. Certamente, recebeu esse dom de Deus e, portanto, age como um cuidadoso ourives
humano... Mas quem não teve, até agora, paciência, tolerância e boa vontade
com pessoas que Deus colocou na sua vida para serem bem cuidadas, faça como eu,
peça perdão apaixonado ao Senhor, completamente arrependido, e busque em Jesus Cristo a
correção. Pois estamos nesta vida, essencialmente, para aprender a amar e ajudar o próximo.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
Depreciar?
Não seria preciso atacar o Brasil para disputar as eleições, não mesmo. Nem boicotar a Copa pra conseguir melhor aplicação das verbas. Nem promover baixa auto-estima para ganhar a opinião pública. Quem promove isso, o faz por medo ou por falta de argumentos e de convicções ou por não saber o que fazer ou por excesso de ambição pelo poder e, entre esses, estão os mentores. É preciso atentar para as consequências dos nossos atos, pois o que semeamos colhemos. Como o marido que trai a esposa ou xinga a própria casa, e depois não consegue reverter a separação... Como a esposa que fala mal do marido e depois não consegue manter o casamento, nem amparar os filhos... Como os filhos que desonram os pais e depois sofrem com as consequências no relacionamento familiar... Tem brasileiro dando tiro no pé. Tem gente graúda, com interesses egoístas, dando risada da nossa auto-mutilação psicológica. Política se faz com elegância, inteligência. Jamais com o fígado. Essa onda de que o Brasil não presta, de chamar o Brasil de atrasado, não passa de discurso manipulado para o bem de quem deseja tomar o poder a qualquer custo. Ou reverter a política econômica para se beneficiar. Mas quem não mede esforços para tomar o poder, depois, não tem escrúpulos para conter a marcha do egoísmo. Do mesmo modo, atento para os ataques pessoais contra autoridades. O festival de pedradas... E não falo só da oposição, pois que o partido que está no poder também tem agido com deselegância, logo quem deveria dar o exemplo!!! Tenho lamentado o que vejo, pois não merecemos. O País tem dado um show de evolução política, sem guerras, sem grandes conflitos... Não podemos transformar este pleito eleitoral numa batalha inconsequente, nem precisamos disso. Basta agir com serenidade e firmeza, e conseguiremos combater a corrupção e, portanto, a evasão absurda de recursos. A quem interessa o caos??? Queremos decência? Ajamos com decência. Queremos respeito? Tenhamos respeito. Queremos um país mais justo? Sejamos justos. Não existe outro meio de colher o que se quer, sem semear a semente desejada. Por acaso, nós, brasileiros, achamos que, plantando abacaxi, vamos colher tomate?
sexta-feira, 23 de maio de 2014
Símbolo de liberdade
Os interesses que mobilizam historicamente os EUA na sua
política internacional, interferindo no destino de diversos países de todo o
mundo, contrariam o seu símbolo principal, a Estátua da Liberdade, em Nova
York. De acordo com o historiador William Blum, desde 1945, “os EUA tentaram
derrubar mais de 50 governos, muitos democraticamente eleitos; interferiram
grossamente nas eleições de 30 países; bombardearam a civilização de 30 países;
usaram armas químicas e biológicas; e tentou assassinar líderes
internacionais”, conforme artigo publicado por John Pilger, em Carta Maior. A
interferência na Ucrânia, no entanto, aponta o agravamento de erros, dando
cobertura a neonazistas e manipulando informações que chegam distorcidas ao
povo americano. É lamentável o que se desenha no Leste Europeu e tudo indica
que os líderes políticos e das forças armadas americanas não aprenderam muito com o 11/09. Como tenho um olhar místico e procuro analisar tudo, levando em
consideração a fé de que Deus tem o controle de todos e todas as coisas e, com um plano perfeito,
escreve a história da humanidade, enquanto tentamos desobedecer a sua
vontade... Gosto de lembrar que as Américas, o mundo novo descoberto em meados
do segundo milênio depois de Cristo, tem dois países emblemáticos: Estados
Unidos, no norte, e Brasil, no Sul. Um é rico e tem a estátua da liberdade, um
gesto de amizade da França para a comemoração do centenário da Independência
dos EUA. O outro é pobre, mas é rico de recursos naturais, e tem o Cristo
Redentor como seu símbolo principal. Não quero fazer comparações, mas me
pergunto porque Deus fez essa homenagem ao Brasil? O seu Filho amado,
representado no promissor país, preservado de grandes fenômenos e tragédias
naturais, enquanto que a “poderosa” nação, que interfere em todo o mundo, ficou
com uma simbologia estéril, que para o Senhor deve parecer mais uma tentativa
da arrogância humana de criar valores próprios. Estou dizendo isso porque o
Filho de Deus é que significa a verdadeira liberdade para os seres humanos, nos
planos Dele. O Salvador está no Brasil, na Terra Maravilhosa. E isso será
explicado um dia.
terça-feira, 13 de maio de 2014
Cartão amarelo
Esse alvoroço de um pequeno segmento da sociedade brasileira contra
a Copa no Brasil... Sinceramente, não vejo nem patriotismo nem cidadania,
embora os argumentos pareçam altruístas, cheios de idealismo. Mas o motivo real
do movimento me parece mesquinho. Lembro o fato de ser um ano eleitoral e que
alguns setores poderosos do mercado, mais precisamente os especuladores da
economia, se manifestam contra a tendência política do País, na direção da igualdade
social. Que o Brasil vem combatendo paulatinamente a miséria é algo que
precisamos reconhecer. Mas os poderosos especuladores controlam parte da
imprensa e conspiram contra essa política. E agora parecem tomados pelo desespero.
Prevêem o sucesso da Copa como algo que pode favorecer o atual governo. Nesta corrente
“pra frente”, aparecem agarrados (ou algemados) alguns desavisados,
simpatizantes da extrema direita, que, embora não pertençam à elite, a defendem,
sem saber exatamente o que estão fazendo, como meros seguidores do egoísmo. Vejo
inveja igualmente nos ataques ao programa Bolsa Família, uma clara revelação do
egoísmo no ápice da crueldade preconceituosa. Quem ama o dinheiro odeia pobre. São
os que destilam ódio contra os beneficiários do programa, através de
manifestações preconceituosas nas Redes Sociais, essa abençoada tribuna que vem
ajudando a fortalecer a democracia brasileira, uma vez que enfraquece a mídia
controlada pelo poder financeiro. A manifestação da extrema direita também é
legítima e saudável e nos ajuda a enxergar a conjuntura atual. Já comentei
neste blog que entendo a Copa como uma grande oportunidade para o Brasil se
projetar internacionalmente. Cheguei a dizer, como se desse um grito de
torcedor, que o mundo irá se encantar com o Brasil. E reitero esse sentimento,
pois confio na simpatia do nosso povo, encantador pela simplicidade e acolhedor
por natureza. Contra os argumentos de que o futebol aliena o povo, devo lembrar
que as manifestações do ano passado aconteceram às vésperas e durante a Copa
das Confederações, com a Seleção Brasileira ganhando, conquistando o campeonato.
Muitas águas ainda vão rolar no processo eleitoral deste ano e, para quem acha
que as cartas já estão em cima da mesa, recomendo que espere mais um pouco.
Sabemos que ainda temos que conquistar muito. Precisamos retomar o efetivo
combate à corrupção, lembrando que todos os setores são prejudicados pela
inaceitável evasão de recursos. Mas estou otimista e sinto no coração: Deus
ouviu o clamor do nosso povo.
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