quinta-feira, 10 de julho de 2014

Depois da derrota


A pior maneira de enfrentar uma derrota é procurar um culpado, apontar erros, fazer cobranças sobre o que já passou... A derrota é oportunidade para aprender, principalmente, a sermos humildes e mais solidários. A superação sobre uma derrota se constrói sobre o perdão, jamais sobre a insistência da troca de acusações. É preciso perceber a força do imponderável e a incapacidade do homem sobre o seu próprio destino. As adversidades acontecem com uns e com outros. Num momento, alguém sofre uma tragédia. No outro, é a vez de outra pessoa. Ninguém está livre de passar por situações difíceis. Nem pode perder a esperança de que sua vida pode melhorar, de uma hora para outra. Como diz Caetano, “cada estrela se espanta à própria explosão”. Não podemos prever o futuro, mas devemos ter esperança. Devemos ter ciência da nossa fragilidade, mas confiar no apoio de Deus. Ganhar ou perder faz parte da vida. O que não podemos perder, como nos ensina Jesus Cristo, é a alma. Para isso, não podemos ter uma atitude destrutiva de acusações, maldizendo irmãos, culpando e aumentando o fardo de quem já sofre com a própria experiência da derrota. Nos momentos difíceis, devemos nos abraçar e apoiar uns aos outros. Sim, estou falando da Seleção Brasileira que tantas alegrias já nos deu. E do Felipão que chamamos assim, justamente pelo carinho que desenvolvemos por ele. O técnico “paizão” que estreita vínculos com os jogadores, estimula, aposta, demonstra lealdade, não pode agora ser apedrejado. O Fred, que tantos gols fez pela nossa camisa, não pode agora ser massacrado. Os alemães são aplicados, entrosados, frios emocionalmente. Os brasileiros são criativos, talentosos e com grande capacidade de improvisação. Ninguém é melhor que ninguém. Os diferentes dons de Deus são distribuídos entre as pessoas. Somos apenas diferentes. O resultado de um jogo, por mais humilhante que seja, não apaga a tradição do melhor futebol do mundo, provado pelo título de pentacampeão e pela propalada admiração mundial. Não temos o direito de invejar os estrangeiros. Na verdade, em nenhum aspecto. Que Deus perdoe nossa ingratidão e continue nos abençoando. Este ano tem eleição e podemos fazer muitos gols, combatendo a corrupção e promovendo o bem comum.

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