quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Brasil

A vitória do amor é visível na evolução brasileira. E vou dizer porque... Muitos países cresceram com a concentração dos esforços na disciplina, mas cresceram às custas de tristeza, dizimando gerações em guerras e outras crises de relacionamento humano. Outros países se desenvolveram com investimentos pesados em Educação (nada contra, ao contrário, acho até que devemos investir mais), mas transformaram o conhecimento em escravidão e a produção virou o objetivo principal (não a vida) e a maioria acaba trabalhando que nem robô. Roubaram-lhe a vida!! Então, ficam os olhos do mundo admirando a nova potência mundial... A inveja produz a tristeza e uma admiração equivocada. “Aquele país sim é desenvolvido, pois tem o trem-bala”, diz alguém, triste por apontar que aqui não tem nada disso. Não atenta para o fato de que o trem-bala rouba a paisagem do passageiro e torna a vida dele mais dedicada à produção (trabalho/dinheiro) do que à apreciação da vida. As paisagens do Brasil, francamente, não merecem um trem-bala (embora eu ache que teremos, um dia), mas o bom mesmo era um bondinho... Muitos, que nem os de antigamente (da Lapa) ou como o do Pão de Açúcar... Porque aqui a gente pode se divertir, enquanto se desenvolve devagar e sempre. Há miséria? Sim, mas estamos superando isso, desenvolvendo também a solidariedade, e a nossa pobreza trabalhou nossa humildade a ponto de sermos hospitaleiros, e dos mais simpáticos do mundo. Há analfabetismo? Sim, e também o pior deles, o político, mas estamos superando isso também com bom humor, dando risada, fazendo piada, vivendo... Tem uma camada social que sofre por falta de recursos, sim, é aquela que produz os sambas e os forrós mais belos, as músicas mais alegres do mundo. Isso não justifica a fome e, graças a Deus, os índices estão melhorando. Mas não estamos matando gerações para que isso aconteça. Tudo acontece com a lentidão necessária para ser bem estruturado, um desenvolvimento equilibrado. Quando Sérgio Buarque classificou o brasileiro de “um povo cordial”, na verdade, ressaltou o fato de que, entre os povos do mundo, era o mais desenvolvido em "amor ao próximo", que resulta em cidadania da melhor espécie (não por mera responsabilidade). Porque o amor diminui a ambição (ainda bem), mas torna a vida mais agradável. O Brasil tem muitas imperfeições, mas isso é próprio de uma sociedade humana e todos os países têm as suas. O bom é que o bom do Brasil é mais apropriado para viver. E o que há de melhor que viver???

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