segunda-feira, 6 de maio de 2013
Penalidade
A avareza dos governos para investir bem em Educação e Cultura produz, como sintoma da grave doença, a bestialidade de gastar muito mais com punição do que com programas de formação e orientação para a cidadania. Além de cruel, é inconseqüente esse pretenso anódino que, na prática, aumenta a dor. Apresentar a redução da maioridade penal como uma das soluções é um sinal ainda mais grave da doença e indica o quanto se mergulha no equívoco a sociedade que negligencia os seus jovens, sonegando oportunidade de educação, cultura e, conseqüentemente, de trabalho. Os líderes políticos deste Pais precisam atentar para o que estão frutificando com a ineficiência de suas ações para enfrentar os problemas sociais com sabedoria. Quando o assunto é criminalidade, é preciso entendê-lo como sintoma e, jamais, como doença. É uma espécie de auto-flagelo a preocupação de punir ser muito maior que a de educar. Tive uma formidável experiência com educação ambiental e vi uma cidade inteira mudar o seu comportamento por causa da campanha "Ei! Não jogue o lixo no chão". Dirigida às crianças, a mensagem foi multiplicada pelo público infantil que se comportou como fiscais e sensibilizou adultos, enquanto repreendiam o ato de jogar lixo no chão. Em pouco tempo, a cidade havia assumido a postura no seu emocional. A pedagogia anti-cartesiana faz milagres, quando executada com encanto e boa vontade.
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