sexta-feira, 18 de abril de 2014

Liberdade 2


Se a virtude está no meio, a liberdade está entre as ideologias, entre os partidos políticos, no espaço vago entre as torcidas dos times de futebol. É como num texto dizer coisas nas entrelinhas para se comunicar pelas frestas e, assim, driblar a censura, senão política ou social, do próprio ego. Porque a cobrança é poderosa, quando você faz parte somente de uma parte do todo. Cobrança inclusive da auto-imagem. Ser livre é residir entre essas partes, resistir à pseudo-proteção das “panelinhas”, e abrir mão do prazer fugaz de pequenas vitórias partilhadas de maneira mesquinha. Se você se identifica com um dos lados, cuidado para não excluir o outro que também tem algum pedaço seu. Se é pra fazer parte que seja do corpo de Cristo que não combate pessoas, mas o mal. Jesus Cristo nos ensina a amar o inimigo. Isto também quer dizer que não se pode abraçar uma causa como se os oponentes a ela tivessem que ser eliminados. Abraçar os ensinamentos do Messias, aliás, é largar todos os demais ideais que não contemplem o amor. É preciso perceber que ideologia é vazia de amor, pois se baseia em regras. É racional, dura, fria. Pode ajudar uma comunidade em determinado momento, para se livrar de uma exploração, mas depois essa mesma comunidade sofre com a rigidez de uma nova opressão. É muito comum em partidos políticos a “briga” interna por espaço e a arma normalmente é o patrulhamento ideológico, flagrando entre os próprios  militantes a ausência de liberdade. Quem não é livre não liberta. Quem se arma não ama. Desapegar-se de agremiação, rótulo, time e todo tipo de classificação que separe a humanidade é a única maneira de se sentir parte do todo e se harmonizar com o Céu e a Terra. O desequilíbrio existente no Brasil, em que o poder econômico manipula informações pela mídia, está diminuindo com a participação da sociedade na Internet. Estão com os dias contados os métodos políticos que nas campanhas eleitorais atacam adversários e disseminam ódio entre os eleitores. Pois é notável como os tiros, cada vez mais, saem pela culatra. Então, é hora de se libertar. Animo o leitor a confiar em Deus. E não se sentir na obrigação de procurar um lado para defendê-lo de outro ou, pior, atacar o outro. É importante que a gente se posicione, que manifeste nossa opinião, defenda nosso ponto de vista. Mas faça isso com amor e por amor. Não o faça por estar numa determinada trincheira e precisa trocar tiros. É tempo de paz.

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