terça-feira, 1 de abril de 2014

Dia da verdade


Podemos nos divertir e rir, viver descontraídos, leves, tranqüilos, mas não podemos nos desleixar quanto aos conselhos sábios, transmitidos pelo nosso Criador, através das Escrituras Sagradas. É preciso guardar a serenidade da sabedoria para rir com a proteção da sensatez. A mentira não pode ser considerada estratégia de humor, um meio para fazer rir. Mesmo que desperte alguma risada aquela cara de bobo do enganado, mesmo que sejam risonhos os efeitos de uma mentira inocente... Não podemos nos dar ao hábito. Porque este costuma formar o caráter e o destino, por conseqüência. Aquela antiga parábola popular do menino que enganava a todos, fingindo se afogar, e, mais tarde, quando estava realmente se afogando, não fora salvo porque achavam que ele estava fingindo... Lembra? Nossos avós nos contavam. Pois é uma história singela e, por isso mesmo, merece toda a nossa atenção. Primeiro, devemos lembrar que toda mentira tem o objetivo de enganar, seja por brincadeira ou por interesse, sempre rouba alguma coisa de outro. Está embutida na mentira a velha e nociva competição entre as pessoas, aquilo que sempre impede a fluidez do amor. Então a mentira é instrumento de competição. Diz um compositor brasileiro que “para acabar com a malandragem tem que prender todos os otários”. Nem funcionaria, mesmo que não fosse injusto. Porque entre os malandros, um engana o outro. Aliás, os malandros se enganam, quando acham que obtiveram alguma vantagem sobre sua vítima. Eles não sabem, assim como os otários, o que acontece no mundo espiritual, não enxergam o tribunal, não percebem como acontece a justiça final. Os malandros não têm idéia de como e o quanto pagam, quando tiram algo de outro. Então, precisamos ser humildes porque não sabemos de nada. E quem sabe diz que a mentira é pecado. O maior engano do malandro é a respeito de Deus, pois sua malícia não suporta a obediência. Não consegue pensar que, quando o Pai que nos ama infinitamente diz pra não fazer algo, é porque aquilo vai nos fazer mal. Porque o malandro, ao crescer em malícia e temer sempre ser enganado, desconfia de tudo. Então, pra ele, o pecado é puro prazer e sua proibição, uma tentativa enganosa de algum estraga-prazer. O malandro não consegue imaginar que alguém lhe queira bem. Porque ele se acostumou a querer se sobressair sobre o outro, vai sempre achar que todos agem assim, construindo dessa forma o seu próprio inferno. Por ser hoje o dia primeiro de Abril, dedico este artigo aos otários com uma citação de Jesus: “bem aventurados os que têm sede de justiça porque estes serão saciados”.

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