terça-feira, 2 de outubro de 2012

Coragem

Este ano deparei com campanhas em que tive que avaliar criações de outros publicitários e decidir se deveria manter ou mudar. Uma usava como teaser a palavra “Fé”. Na ocasião, uma colega se apressou: “Já sei, você vai logo mandar tirar aqueles adesivos que eles mandaram fazer”. Eu disse: não. Como posso tirar justamente o que me move e move a tantos e é capaz de mover montanhas? Mantive a Fé. Na outra campanha, que peguei já bem adiantada, a maior preocupação da agência que havia criado a propaganda era se eu pretendia mudar o slogan. Novamente, disse: não. Como posso mudar um slogan sobre o qual concordo com o posicionamento e a filosofia contida? Não mudei nada da campanha, até porque a estratégia estava correta, havia sido bem estudada. Ao invés disso, acrescentei, somei com o que faltava: paixão. Por ironia, o slogan era “coragem para mudar”. Não tive coragem... (rs) Neste caso, por sensatez. Registro isto aqui para deixar bem claro que, quando defendo a mudança de um conceito numa campanha, eu o faço com ausência de vaidade e excessivo zelo pela verdade e o sucesso do cliente. Faço o meu trabalho com amor, não com o ego.

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