segunda-feira, 22 de julho de 2013

Leitura


Sempre tive um problema que dificultou minhas leituras. Ao ler um livro, não demora muito, um determinado parágrafo me remete a pensamentos, principalmente quando o tema é interessante. Em vez de eu me prender mais ainda à leitura e continuar recebendo as informações, mergulho em sonhos remetidos pelo escrito. Meus olhos continuam lendo o livro, minhas mãos passam as páginas, mas ali está uma espécie de robô em leitura automatizada. Porque a minha mente se aventura sobre um tapete mágico lançado aos céus. Estou ali escrevendo um outro livro, voando na imaginação, discorrendo o mesmo tema ou não. Quando algo acontece e eu volto a mim, noto que passei umas sete ou vinte páginas, e tenho que voltar ao ponto em que minha alma se desligou do corpo. Imagine, caro leitor, em quanto tempo eu consigo ler um livro de tamanho médio, seguindo nesse ritmo. Em compensação, escrevo na imaginação vários livros, enquanto leio um. Isso não acontece quando leio a Bíblia. Algum fenômeno me prende realmente ao texto. Em vez de criativo, sou receptivo. Não consigo ler muito, pois preciso fechar o Livro Sagrado para meditar um pouco sobre aquilo que li. Mas noto um respeito espontâneo da minha inquieta alma que não se aventura como em outras leituras. A Bíblia, ao contrario de outros livros, não me faz imaginar. Leva-me a pensar com disciplina e, principalmente, me remete ao auto-conhecimento. E sempre me faz compreender melhor a minha relação com Deus, desenhando melhor meu papel no mundo, na vida. Santa escrita, esse presente de Deus, a Bíblia.

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