terça-feira, 4 de março de 2014

Revolução do amor

Concordei com alegria, quando li, há alguns dias, num artigo do psiquiatra e especialista em comportamento humano, Flávio Gikovate, que “se houver uma nova revolução, esta será de amor”. Sejam as palavras do estudioso abençoadas por Deus porque é do que nós, seres humanos, mais precisamos. Quantas revoluções movidas pelo ódio foram realizadas? E no que deram? É possível conter o ímpeto bélico, depois de uma tomada do poder pela força, de forma que se evite a tirania no estilo de governar? Creio que não. O processo traumático de uma revolução armada se assemelha ao ato de um homem fazer justiça com as próprias mãos, trata-se de uma ação vingativa que, a pretexto de fazer justiça, gera novos atos de violência. Um grupo que precisa usar a força para assumir o controle precisa usar a força para se manter no poder. E não é de força que o mundo precisa, mas de jeito, de liderança autêntica. O Brasil tem dado exemplo mundial de amadurecimento político, há algum tempo, resolvendo problemas pelos meios democráticos, sem conflitos armados. Não podemos agora suscitar violência para resolver as nossas questões. Estamos num ano eleitoral, uma grande oportunidade para conquistar novos degraus de evolução social e política. Temos que pensar também na nossa responsabilidade global. Nossa maior ameaça é a crescente escassez de recursos do Planeta, resultante da exploração predatória. Está na hora das nações se unirem para buscar a sustentabilidade, cultivar os recursos e promover a vida com justiça e sabedoria. Façamos isso por amor às crianças. Que tipo de planeta queremos deixar para os nossos descendentes? Ou seremos inconseqüentes, a ponto de não nos importarmos com o que pode acontecer? Palavras são sementes de sentimentos que geram ações. O efeito borboleta é inevitável. O que se diz é plantio. E gera colheita. Ainda bem que, apesar da imprudência, as mensagens de amor na Internet parecem superar as de ódio e vingança. Creio mesmo na revolução do amor, dita por Gikovate.  Basta que não sejamos tolos de acirrarmos o ódio com radicalismo, e que busquemos o amor e a orientação do nosso Senhor Jesus Cristo. Creio numa tomada natural de consciência, e que as ilusões podem ser desfeitas. A justiça se fará espontaneamente entre as pessoas porque, se não houver culto à cegueira do ódio, a boa convivência entre as pessoas será a busca prioritária de todos. E essa felicidade só existe no amor.

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