sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Arte

Não é segredo pra ninguém que a propaganda, desde sempre, lança mão da arte para emocionar o mercado. Do mesmo modo o faz a propaganda eleitoral. Não existe melhor veículo para transmitir a mensagem do candidato que a música de campanha, que todos chamam de jingle. Quando ela é boa, não é só em melodia, seja qual for o ritmo, mas também há de conter uma argumentação poética estrategicamente bem colocada. Quando é assim, tem pra ninguém. Porque a arte provoca paixão e é tudo do que uma candidatura precisa para obter vitória. Comunicar-se bem com o coração do eleitor. Argumentos racionais, informações e o conteúdo do discurso não se comparam com a poesia, a música, o jeito de discursar. Porque os gestos comunicam mais que as frases. O tom de voz penetra mais que o argumento porque transmite o que sente a alma. A percepção da alma é predominante na decisão do voto e isso se chama paixão. A gente nota claramente quando nenhum dos candidatos desperta paixão no eleitor: há um vazio emocional no processo, uma falta de pegada. Quando é assim, tudo pode acontecer.

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