quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Máscaras

Sempre defendi e continuo insistindo que é uma grande perda de tempo investir na aparência, em detrimento da espontaneidade. Quando a pessoa ingressa na política, a primeira coisa que pensa é que deve parecer algo, e fica procurando um modelo a travestir. O resultado é desastroso. Quando sucessivos atos falhos não revelam a verdade, a ausência de autenticidade tira o brilho do “ator”. Uma vez, tentaram me contestar nessa teoria com um equívoco: “Duda Mendonça investiu na aparência do Lula e ele ganhou sua primeira eleição a presidente, depois de várias tentativas frustradas”. Não é verdade. Duda Mendonça tirou a máscara de Lula, que espontaneamente sempre fora simpático e amável no contato pessoal e, quando ia para a televisão, falava grosso e briguento, como se fosse um tirano. Quanto ao terno bem cortado que ele passou a usar, foi um investimento na coerência – um traje condizente à candidatura de presidente. Elegância não é máscara, trata-se de evolução.

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