O mundo tem ensinado o homem a viver cada vez mais seu
individualismo. A ideia de liberdade, de independência, tem guiado muita gente
nas escolhas dos caminhos e do estilo de vida. As metrópoles estão repletas de
homens e mulheres vivendo sozinhos, e de tal forma se acostumam que
dificilmente conseguem mais estabelecer uma união, criar uma família. Pensam
dez vezes, antes de enfrentar uma convivência em que teriam que exercitar a
tolerância, a paciência, a harmonia, enfim, o amor. A cultura consumista da
sociedade que vive do lucro tem o individualismo como motor, pois quanto mais
solitário, o homem resumido a consumidor terá ansiedade para suprir o seu
constante vazio. O prazer do consumo é como uma droga de efeito cada vez mais
rápido. Passada a “onda”, novo consumo é exigido. A convivência em família, em
que a empatia e a solidariedade são bastante exercitadas, acaba atrapalhando a
estratégia de mercado, reduzindo a corrida frenética pelo poder aquisitivo e
pelo consumo. As pessoas se distraem nos seus relacionamentos e freqüentam
menos os supermercados, magazines, relojoarias... O mercado estimula o ego que,
por sua vez, se isola no individualismo, conspira contra a família e mantém o
homem escravo do dinheiro e das coisas (que podem ou não comprar). Estamos no ápice
desse movimento cultural voltado para o consumo exagerado. É quando tudo acontece
para que haja uma onda contrária em prol do equilíbrio e da vida. É quando tudo
pode acontecer para que haja significativa transformação.
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