Para se construir a civilização ideal é preciso ordem,
portanto, mister também a obediência. Não se faz uma Nação com a valorização de
comportamentos individuais rebeldes. Parece ser interessante a imagem de alguém
com rebeldia, desobedecendo as leis, demonstrando sua inconseqüência que muitos
confundem com coragem ou liberdade. Porque parte da gente é má e aprecia a
transgressão, confundimos o desafio às leis com heroísmo. Nesse contexto, as
virtudes são vistas equivocadamente como covardia. Quando um indivíduo enfrenta
um sistema injusto e desafia opressores, é chamado de herói e eleito líder.
Mas, se seus métodos forem violentos, se a sua reação ao sistema é armada, não
espere um sistema justo e pacífico estabelecido por ele, depois de uma
revolução. “Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará”, disse
Jesus em Mateus 24.12. Pela defesa necessária à vida humana, devemos preservar
o sentimento de amor. Devemos tomar cuidado, portanto, para não seguirmos um
movimento político estimulado pelo ódio ou pela vingança. Há que haver um
equilíbrio e uma lembrança constante: precisamos de líderes que saibam obedecer
às leis. Estes prestarão contas ao povo e não serão tentados a uma postura de
tirano, com os egos inflados pela vitória de uma luta liderada por eles. Porque
quem não segue as leis, não segue a ética, não segue os preceitos de Deus. É
preciso ter postura de cordeiro para se sacrificar pelo próximo, para seguir o
bom Pastor e ter liderança sobre o rebanho. Não foi à toa que Cristo fez
analogia do povo de Deus com rebanho de ovelhas. Além de provocar a aversão da
vaidade do ego machista ou feminista, exigindo, portanto, uma mudança interna
para aceitar a realidade espiritual, a analogia revela uma grande
característica: a disposição para seguir o mestre, atributo óbvio entre os
cordeiros, que seguem uns aos outros e obedecem ao pastor, o que se vê também entre
os talmidins, discípulos ou aprendizes.
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