O julgamento humano é falho. Desde que Eva aceitou os
argumentos da serpente e Adão a acompanhou, isso está mais que claro. O casal
ganhou de "prêmio", pela altivez de achar que podia seguir seus próprios
critérios, o livre arbítrio, estendido a todos os descendentes, o que tem
causado muito sofrimento, ao longo dos milênios, pelas más escolhas humanas. O mais
grave problema do julgamento humano é a presença da malícia. O ego cobra do
escravo, o próprio ser, que não seja enganado por outro para que fique evidente
que ele é mais esperto, melhor e pode mais. Essa competição pautada pelo ego
produz a malícia como uma espécie de proteção, ou seja, a manutenção de uma falsa
superioridade, sem a qual pode ser enganado, humilhado, “derrotado”. Jesus
mostrou-se como exemplo de ausência de ego, pois, obediente ao Pai, deixou-se
ser traído, humilhado e crucificado. Não era enganado porque sondava corações e
lia pensamentos. Mas permitia que tudo acontecesse, conforme a vontade de Deus
Pai. Assim, produziu exemplo de como deveria ser o homem que não se conforma
com a herança de Adão e Eva. Dizer sim a Deus é abrir mão do livre arbítrio,
tomando uma consciência superior. É dizer não ao julgamento humano e buscar a
orientação espiritual para fazer a vontade divina. E isso inclui o julgamento
próprio e do próximo. Com isso, o homem se livra das culpas, pois que pelos
olhos de Jesus, uma vez que se arrependeu dos pecados, está livre de todo mal.
Sabe-se filho de Deus, pois que se sente resgatado pelo bom Pastor. E vê a
todos como irmãos que precisam de ajuda para também se salvarem. Não cabe ao
irmão julgar o outro, mas sim ajudar e animar nas virtudes. Ao ler o livro de
Oséias, da Bíblia Sagrada, é possível entender como Deus nos enxerga julgando
ou reclamando do irmão, por pior que ele pareça. Então, devemos aceitar todo
episódio de nossas vidas com resignação, acreditando antes que Deus está vendo
tudo e vai produzir justiça no tempo certo. Abrir mão do livre arbítrio requer
desapego, fé e conhecimento da Palavra de Deus. Confiar (sentir) que Deus nos
ama e deseja pra nós muito mais do que podemos desejar é a essência de uma
consciência superior que nos eleva à vida em abundância. A melhor escolha é
deixar que Ele nos conduza. Porque temos a eternidade com Ele e, sem Ele, nada.
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