Hoje é moda falar em sustentabilidade, observando a
civilização humana e a necessidade de uma harmonia com a natureza, ou seja, uma
relação respeitosa do homem com os recursos naturais. Estamos preocupados em proteger a Terra para que não esgotem os
recursos em virtude do consumo desordenado. O maior inimigo da
sustentabilidade é a ganância, sabemos disso, pois que, por riquezas,
competindo uns com os outros o poder econômico, o homem costuma extrair os
recursos sem se preocupar com o dia de manhã. Por conta disso, assistimos a
grandes desastres ecológicos, além da desigualdade social igualmente desastrosa, e temos crises anunciadas. Alguns ativistas agem
para evitar isso, mas são ações isoladas e insuficientes. Políticos sensíveis
vão a público, discursam e defendem uma nova postura, propondo leis proibitivas
e punições severas, mas o poder econômico, nós sabemos, é especialista em
burlar as leis. Tenho por mim que as leis humanas e suas brechas complexas só
servem para conter os pobres. Os ricos lidam muito bem com elas e alguns as usam para
oficializar seus atos ilícitos. Proponho para esse tema “sustentabilidade” uma
atenção maior para a doença do que para os sintomas. Fico admirado com a
tendências das pessoas, de se apegarem aos sintomas das doenças sem se
preocuparem tanto com a origem do mal. Uma dor de cabeça pode estar anunciando
uma má alimentação e o cidadão prefere tomar um remédio pra controlar a dor e
continuar com os mesmos hábitos. Do mesmo modo são as políticas públicas. Se o
grande problema da sustentabilidade é a ganância, devemos saber o que a gera.
Se sabemos que a cultura da competição humana é o que mais estimula a ambição
do poder pelo dinheiro, a vontade de querer ter mais, mais e mais do que o
outro, devemos refletir sobre o que alimenta essa cultura. Eu, particularmente,
tive experiências empresariais que me fizeram crer que o homem, naturalmente,
se sente mais estimulado pela honra do que pelo dinheiro. E já vivi situações
de perceber que a adoração ao dinheiro é patológica, além de patogênica, e vejo
que o próprio sistema pavimenta o ambiente favorável ao alastramento dessa
doença. A mídia é o veículo para o vírus da competição que leva alguns à grave enfermidade. Sonho
com um governo brasileiro que estimule a honra do cidadão e, a cada programa ou comercial veiculado
para empurrar o homem ao precipício, que a mídia veicule (sem custo para o povo) o equivalente, feito pelo governo com a ajuda de artistas brasileiros, sobre as virtudes
humanas, mostrando o outro caminho. Essa seria a única competição, além das
esportivas, que gostaria de ver e seria um prazer imenso observar as pessoas
mudando a cada dia, a sociedade melhorando e resgatando o Planeta.
Sim, não é impossível. Somos sementes e devemos produzir frutos para glória e honra de Deus e Ele fará com que as sementes brotem e se tornem árvores frondosas. Impossível é continuar por muito tempo como estamos.
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