quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Confiança

Quantas roubadas? Quantos tropeços? Quantas decepções uma pessoa precisa ter para dar por falida toda ilusão da vida? Não precisa ser um político experiente para descobrir que não dá para confiar plenamente nas pessoas, não de olho fechado. Basta ser gente. Até aquele amigo de longas datas pode ter uma data de fraqueza, um dia ruim... E lhe trair. Então, como viver? Desconfiado? Que gosto tem a vida do avarento que esconde os seus proventos com medo de serem tomados? Ah, aí está o centro da questão. Não precisa desconfiar nem temer se você souber que o que pode ser roubado, na verdade, não é seu. Este ano eu fui furtado. Tiraram coisas de casa, aparelho de TV, DVD, home theater e projetor de telão (um cinema em casa que eu gostava muito), entre outras coisas. Um serviço de inexperiente... Fiquei até constrangido de ter percebido quem o fez, e logo tive piedade, antes mesmo de lamentar o ocorrido. Fiz uma oração para que Deus perdoasse o que fizeram, que Ele tratasse como se eu tivesse dado todos aqueles objetos. Até porque me sentia em pendência, por pura inoperância: queria dar as coisas que me sobravam e não sabia como nem a quem. Depois disso, dei todo o restante que havia na casa e, como estou solteiro, passei a morar em hotel. Em suma, é preciso ter consciência de que seu verdadeiro tesouro é o que ninguém pode roubar. E confiar em Deus. Com isso, viverá em paz e sem precisar desconfiar de ninguém, até porque só quem tem um ego grande é que se ofende com traições. Quem não alimenta a própria vaidade e ama o próximo tem compaixão de quem comete um erro grave com quem lhe ama.

Nenhum comentário:

Postar um comentário