sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Território

Toda vez que um candidato ou governante, ao me consultar, apresentava algum receio do adversário, eu procurava tranqüilizá-lo dizendo que há uma estratégia infalível. Costumava usar uma ilustração que aprendi com o jornalista Antônio Melo: “não tenho medo de tubarão. Enfrento qualquer tubarão, desde que ele venha brigar comigo no meu território, na areia da praia. No território dele, nas águas do mar, é que eu não vou brigar com ele”. E assim eu convencia o cliente a mudar seu comportamento diante das críticas do adversário. E o ajudava a definir o melhor terreno como campo de batalha (o debate político). Em alguns casos, o governante precisava parar de se defender dos problemas na saúde, o setor que estava em má fase, e passar a falar da importância dos investimentos na educação, onde tinha mais obras, argumentando inclusive o benefício futuro para outros setores, como a saúde por exemplo. Com essa mesma estratégia, vejo a luta do bem contra o mal. Não é possível combater o mal nas trevas, ou seja, no território dele. É preciso atrair o oponente para a claridade, para a luz da verdade. A claridade é ambiente impróprio para a sobrevivência do mal.

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