Toda organização humana tem como base um conjunto de regras
ou leis que determinam limites aos membros, de forma que o direito de um não
ofenda o direito do outro e, teoricamente, ninguém saia lesado. As pessoas
procuram ser justas na formulação dessas regras, mas não evitam o pior. As
cidades, por exemplo, são consumidas pela violência, apesar de leis rígidas.
Muita gente culpa alguma impunidade, mas até países em que a punição é cruel,
com penas de morte, não conseguem inibir atos de desobediência às leis. Por
mais justas que as leis aparentam ser, os ricos ficam cada vez mais ricos e os
pobres, mais pobres. Artistas e intelectuais de grande importância para a
humanidade morrem de fome. Enquanto um mercenário tirano, frio e calculista cria
um império e aumenta seu poder de opressão. As leis não impedem, aliás até
favorecem pelas suas complexidades, que algumas pessoas se aproveitem delas
para exercerem domínio sobre outras. O vereador fluminense, o tal de Russo, que
disse “mendigo devia virar ração pra peixe” não pode ser apedrejado, a não ser
que jogue a primeira pedra quem se importa com os mendigos. Apenas uma pessoa
de classe média poderia tirar um mendigo da miséria e ajudá-lo a resgatar sua
dignidade. Imagine se cada dez pessoas se juntarem para ajudar uma... Nos
morros cariocas, quando uma família passa necessidade, os vizinhos se unem para
fazer uma “inteira”. Isso não está na lei. Na Bahia, amigos se juntam para
ajudar alguém que enfrenta um momento difícil com uma “vaquinha”. Também não
consta na lei. Essas ações de solidariedade (ou de graça) que se vê em comunidades
normalmente pobres são exemplos de organização que poderiam oferecer ao ser
humano conceitos verdadeiros para uma nova civilização. A Bíblia nos ensina com
o Velho Testamento que ninguém consegue obedecer as leis e, portanto, haja
sacrifício para obter perdão e ficar bem (ou mais ou menos) com Deus. O Novo
Testamento, no entanto, apresenta o único meio possível para que o homem possa
se relacionar com Deus, sob a Sua graça. Para isso, basta reconhecer sua
pobreza de espírito (não ter como retribuir) e sua dependência, arrependendo-se
dos erros constantemente, até que seu espírito seja totalmente purificado e
viva pelo Amor. A partir daí o homem não precisa de lei, pois o Amor lhe motiva
a agir com amável elegância. Ao mesmo tempo que nos ensina a conviver com o
Criador, a Bíblia nos ensina a viver em comunidade (a igreja de Cristo), amando
uns aos outros. Portanto, devemos repensar a nossa sociedade sem graça, cheia
de regras retributivas que só geram injustiças e violência. O Reino de Deus já
está à nossa disposição. Que o Brasil seja o primeiro país a se submeter à
soberania de Jesus Cristo. Esta nota é mais uma da série em que gosto de
repetir: não sou de direita nem de esquerda. São lados antagônicos baseados em
ideologias cheias de regras que tiveram suas chances e não apresentaram solução
na prática. Sou da política do Alto, faço campanha para o Reino de Deus.
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