sexta-feira, 1 de novembro de 2013

As leis e o amor


Toda organização humana tem como base um conjunto de regras ou leis que determinam limites aos membros, de forma que o direito de um não ofenda o direito do outro e, teoricamente, ninguém saia lesado. As pessoas procuram ser justas na formulação dessas regras, mas não evitam o pior. As cidades, por exemplo, são consumidas pela violência, apesar de leis rígidas. Muita gente culpa alguma impunidade, mas até países em que a punição é cruel, com penas de morte, não conseguem inibir atos de desobediência às leis. Por mais justas que as leis aparentam ser, os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres, mais pobres. Artistas e intelectuais de grande importância para a humanidade morrem de fome. Enquanto um mercenário tirano, frio e calculista cria um império e aumenta seu poder de opressão. As leis não impedem, aliás até favorecem pelas suas complexidades, que algumas pessoas se aproveitem delas para exercerem domínio sobre outras. O vereador fluminense, o tal de Russo, que disse “mendigo devia virar ração pra peixe” não pode ser apedrejado, a não ser que jogue a primeira pedra quem se importa com os mendigos. Apenas uma pessoa de classe média poderia tirar um mendigo da miséria e ajudá-lo a resgatar sua dignidade. Imagine se cada dez pessoas se juntarem para ajudar uma... Nos morros cariocas, quando uma família passa necessidade, os vizinhos se unem para fazer uma “inteira”. Isso não está na lei. Na Bahia, amigos se juntam para ajudar alguém que enfrenta um momento difícil com uma “vaquinha”. Também não consta na lei. Essas ações de solidariedade (ou de graça) que se vê em comunidades normalmente pobres são exemplos de organização que poderiam oferecer ao ser humano conceitos verdadeiros para uma nova civilização. A Bíblia nos ensina com o Velho Testamento que ninguém consegue obedecer as leis e, portanto, haja sacrifício para obter perdão e ficar bem (ou mais ou menos) com Deus. O Novo Testamento, no entanto, apresenta o único meio possível para que o homem possa se relacionar com Deus, sob a Sua graça. Para isso, basta reconhecer sua pobreza de espírito (não ter como retribuir) e sua dependência, arrependendo-se dos erros constantemente, até que seu espírito seja totalmente purificado e viva pelo Amor. A partir daí o homem não precisa de lei, pois o Amor lhe motiva a agir com amável elegância. Ao mesmo tempo que nos ensina a conviver com o Criador, a Bíblia nos ensina a viver em comunidade (a igreja de Cristo), amando uns aos outros. Portanto, devemos repensar a nossa sociedade sem graça, cheia de regras retributivas que só geram injustiças e violência. O Reino de Deus já está à nossa disposição. Que o Brasil seja o primeiro país a se submeter à soberania de Jesus Cristo. Esta nota é mais uma da série em que gosto de repetir: não sou de direita nem de esquerda. São lados antagônicos baseados em ideologias cheias de regras que tiveram suas chances e não apresentaram solução na prática. Sou da política do Alto, faço campanha para o Reino de Deus.

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