Hoje li uma nota de um religioso que me causou tristeza,
dizia dos tipos de cristão, usando o termo “cada tipo” e dizendo que todos
serão puxados na rede e aqueles que não prestarem serão jogados fora. É verdade
que isso está na Palavra de Jesus, mas estranho alguém que esteja em comunhão
com Deus usar um tom de ameaça e transparecer até uma torcida para que alguns
sejam jogados fora. Muitos são os mistérios da Palavra, mas tenho comigo que a
chave está no coração. Um coração orgulhoso lê de um jeito totalmente diferente
de um coração pobre, humilde. Na minha experiência pessoal, posso afirmar que
Deus me deixou muito, mas muito mesmo, mais tolerante com as pessoas e, digo
mais, com uma misericórdia que jamais tive. Pessoas que antes eu via cheias de
defeitos, e que chegava a querer distância, hoje enxergo um valor imenso, dou
atenção e quero ouvi-las e compreendo os defeitos, que enxergo bem menos, como
algo que elas não se deram conta, mas que um dia vão corrigir, se Deus quiser. Mais defeitos vejo em mim, o que pouco via. E sei que não me ofendo mais com as provocações porque combati meu ego. Meu ego
era que não gostava do ego dos outros. Então, ao ler uma nota preconceituosa ou
ver religiosos com desprezo a alguns que julgam maus, lembro de Cristo dizendo
que veio para curar os que precisam. Como confio no seu poder e bondade, sei
que Ele salvará a todos, inclusive os orgulhosos que se acham mais cristãos ou
mais bondosos que outros, a exemplo dos fariseus que rejeitaram Cristo porque
andava com pecadores. Com receio de errar, também arrisco compartilhar minha
interpretação sobre separar o joio do trigo, que me parece tirar o mal de todos
os corações, e não separar pessoas más das boas. Já que somos todos iguais
perante Deus.
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