Quando li em “O Monge e o Executivo” sobre a diferença entre
exercer a liderança pelo poder e pela autoridade, sem me dar conta da amplitude disso, parecia que eu havia desenterrado um tesouro. Foi emocionante
ver aquela pérola porque muito da minha indignação com alguns políticos era ver
como eles mudavam depois de eleitos. Era triste perceber como tratavam os
assessores com ameaça de demissão, submetendo-os a humilhações e exigindo
bajulo, em vez de buscar verdadeira lealdade, o que só se obtém estimulando a
dignidade. Via que preferiam subjugar do que liderar, na verdade. E o referido
livro me abria janelas para entender melhor a situação. Certa vez dei uma
palestra sobre esse assunto para uma equipe de governo e alguém que estava presente,
ao final, desdenhou o tema, chamando o livro de “auto-ajuda”. Ora, não podemos
considerar auto-ajuda um livro que revolucionou o RH de muitas empresas e tem
tudo para inspirar a mudança de paradigmas também na política, aliás, uma
emergência no Brasil. Eu diria que é de alta ajuda, até porque é baseado nos
ensinamentos do Alto, dados por Jesus Cristo. Hoje, oito anos depois que li o
livro, gostaria de repassar o conceito de autoridade, essa autêntica liderança
que muitos têm e poucos sabem usar. A autoridade é dada por Deus em atributos
que vão de carisma ao discernimento, e desenvolvida pela pessoa com atos e
palavras que lhe acrescentem admiração, credibilidade, etc. O líder diz uma
coisa e aquilo tem uma influência tão grande que muito acontece pelo fato dele
ter dito e não precisa ser necessariamente uma ordem. É a capacidade da palavra
se tornar ação. No desenvolvimento da autoridade, creio que tem fatores
essenciais que se resumem nas ausências de ambição pessoal e de vaidade. Um
verdadeiro líder deve saber esperar a sua vez, e não buscar freneticamente pelo
momento. Deve ter senso de oportunidade, mas jamais ser um oportunista. Deve
estar pronto para servir e jamais querer ser servido. Deve pensar no bem das
pessoas, no quanto pode ser útil à sociedade, nunca em si mesmo ou em como pode
se beneficiar com isso ou aquilo. Você se vê como um verdadeiro líder quando se
sensibiliza mais com o que sofrem os pequenos diante da opressão dos grandes do
que com o que fazem contra você. Um bom líder não tem ego. É necessário ter
combatido esse mal. Pessoas que não aceitam criticas ou derrotas possuem o ego
inflado, são péssimos líderes. Um líder está pronto quando sabe ouvir criticas
e nunca procura humilhar ninguém.
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