domingo, 27 de outubro de 2013

Autoridade


Quando li em “O Monge e o Executivo” sobre a diferença entre exercer a liderança pelo poder e pela autoridade, sem me dar conta da amplitude disso, parecia que eu havia desenterrado um tesouro. Foi emocionante ver aquela pérola porque muito da minha indignação com alguns políticos era ver como eles mudavam depois de eleitos. Era triste perceber como tratavam os assessores com ameaça de demissão, submetendo-os a humilhações e exigindo bajulo, em vez de buscar verdadeira lealdade, o que só se obtém estimulando a dignidade. Via que preferiam subjugar do que liderar, na verdade. E o referido livro me abria janelas para entender melhor a situação. Certa vez dei uma palestra sobre esse assunto para uma equipe de governo e alguém que estava presente, ao final, desdenhou o tema, chamando o livro de “auto-ajuda”. Ora, não podemos considerar auto-ajuda um livro que revolucionou o RH de muitas empresas e tem tudo para inspirar a mudança de paradigmas também na política, aliás, uma emergência no Brasil. Eu diria que é de alta ajuda, até porque é baseado nos ensinamentos do Alto, dados por Jesus Cristo. Hoje, oito anos depois que li o livro, gostaria de repassar o conceito de autoridade, essa autêntica liderança que muitos têm e poucos sabem usar. A autoridade é dada por Deus em atributos que vão de carisma ao discernimento, e desenvolvida pela pessoa com atos e palavras que lhe acrescentem admiração, credibilidade, etc. O líder diz uma coisa e aquilo tem uma influência tão grande que muito acontece pelo fato dele ter dito e não precisa ser necessariamente uma ordem. É a capacidade da palavra se tornar ação. No desenvolvimento da autoridade, creio que tem fatores essenciais que se resumem nas ausências de ambição pessoal e de vaidade. Um verdadeiro líder deve saber esperar a sua vez, e não buscar freneticamente pelo momento. Deve ter senso de oportunidade, mas jamais ser um oportunista. Deve estar pronto para servir e jamais querer ser servido. Deve pensar no bem das pessoas, no quanto pode ser útil à sociedade, nunca em si mesmo ou em como pode se beneficiar com isso ou aquilo. Você se vê como um verdadeiro líder quando se sensibiliza mais com o que sofrem os pequenos diante da opressão dos grandes do que com o que fazem contra você. Um bom líder não tem ego. É necessário ter combatido esse mal. Pessoas que não aceitam criticas ou derrotas possuem o ego inflado, são péssimos líderes. Um líder está pronto quando sabe ouvir criticas e nunca procura humilhar ninguém.

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