quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Bom combate


No artigo anterior, fiz uma reflexão a céu aberto sobre o efeito de um pequeno ato contra alguém e como isso deve se propagar nos corações humanos. Penso que somos condutores de energias, negativas e positivas. Se alguém nos faz um mal e não sabemos lidar com isso, guardando mágoas, não perdoando o ofensor, ficamos com aquela energia represada em nosso coração. De alguma maneira vamos deixar escapar e, quase sempre, isso acontece com as pessoas que mais amamos. Brigamos por nada, ofendemos a fundo, e não nos livramos daquela energia, mas disseminamos a outros condutores que, se não souberem perdoar, conduzirão a outros. Tenho defendido, dizendo a pessoas que me permitem esse tipo de conversa que é preciso matar o mal no peito. Não podemos devolver ao ofensor com a mesma moeda porque estaríamos aceitando e ampliando o mal. Matar o mal no peito é exercer o que São Paulo chamava de “bom combate”. Normalmente, o que se ofende em nós é o ego (pai do orgulho e da vaidade), a origem do mal em nós. É uma parte do nosso ser que quer competir com Deus, saber mais que Ele o que é certo e o que é errado, e ser o nosso próprio deus. Combatendo o ego, você estará realizando o bom combate. Difícil de ser abatido, ele sempre tenta voltar a prevalecer. Quando você recebe nova ofensa, o ego quer se levantar, tentando aproveitar o momento de fraqueza para governar. Se você se revoltar com a ofensa (ou mesmo uma indiferença), trata-se dele lhe dizendo “você não merece isso, devolva a ofensa, vamos nos vingar”. O mundo estimula as pessoas a alimentarem o ego. A propaganda, normalmente, usa esse artifício para vender produtos, status, etc. Mas é o pior que se pode fazer a um ser humano. O ego é o próprio inferno na vida da pessoa, o causador de intrigas, de um comportamento soberbo e da postura reativa. Preciso acrescentar que não é fácil combater o ego, esse primeiro passo para melhorar os seus relacionamentos. É preciso se entregar a Jesus Cristo de corpo e alma. Pois Ele é o único capaz de lhe capacitar para essa luta que parece impossível aos olhos humanos. Chamo de entrega o amor, aquele amor louco para o qual você diz “estou na sua mão”. Ame a Deus acima de tudo, entregue-se a Ele, e deixará gradativamente de fazer o mal, de semear contra a obra de Deus.

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