As promessas de campanha já se tornaram piadas no Brasil e é
compreensível que muita coisa que o candidato quer fazer não consiga, e que,
durante a campanha, a vontade externe em forma de compromisso de fazer, depois a
impotência (pois o poder não é tão grande assim como ele pensava) não o deixa
realizar. Exemplificando, acho aceitável que um político queira fazer uma
ponte, diga que vai fazer, quando candidato, e não consiga realizar a obra,
como governante, porque depende de verbas, apoio da câmara, etc. É um desastre, uma tolice política, mas ele pode ter achado que conseguiria fazer. Agora, é bem
diferente você ser eleito com um posicionamento, um discurso claro sobre um
tema importante, justamente em oposição ao posicionamento do
adversário, e quando for eleito, mudar a posição. Não é questão de evolução,
mudança de pensamento ou incompetência, é um combate ao próprio posicionamento, uma traição a si e ao eleitor. Alem de levantar suspeitas
sobre seu real interesse, ainda compõe uma história de fraude eleitoral. Uma
falsidade ideológica, no sentido político mesmo. O que mudou? O que estimula a insensatez, caso a sua decisão lhe prejudique junto à opinião pública? O que vale perder a identidade política? O que
é mais importante que a sua reputação no universo político?
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